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Diário àag Sessões do Senado

proposta; mas, se S. Ex.a não puder vir, ,j para que havemos de estíir a faxer confusões e a perder tempo:

Posto o requerimento à votação, foi aprovado.

O Sr. Ribeiro de Melo : — Bequeiro a contraprova.

Feita a contraprova, verificou-s e o mesmo resultado.

O Sr. Ministro da Marinha (Fereirn chi Silva): — Sr. Presidente: tendo tido a honra de receber uma oonm_úcí>çào de S. Ex.a o Sr. Presidente do Sonado participando-me que nesta Câmara tinha sido aprovado por unanimidade um voto do • congratulação peia forma come a Divisão Naval' Colonial cumpriu a sua missão e ao mesmo tampo outro voto referindo se à minha pessoa como Ministro da Ikri-nha, julguei do meu dever vir aqui. para, em meu nome e no da armada, agradecer a esta alta Câmara as provas cê apreço e cortesia que quisera ter pars. com a armada e para com o meu Ministério.

Na parte que me diz especial respeito essa manifestação de apreço muito me sensibilizou, embora não a atribua ao :i:ou valor pessoal mas à alta benevolência o gentileza desta Câmara," mas assim peado ainda mais me obriga a acentuar o meu profundo reconhecimento.

Ao ilustre Senador Sr. Afonso do Lemos, que quis ter a iniciativa cessa proposta, devo dizer que me sinto profundamente comovido e que as palavras que aqui foram proferidas calaram fundo no meu coração, dando-me alento para prosseguir no cumprimento da missão que como Ministro da Marinha me cumpre.

Tenho a honra, pois, de apresentar ao Senado da República os meus mais profundos agradecimentos.

Tenho dito.

O Sr. Afonso de Lemos (para explicações) :—Sr. Presidente : pedi a palavra simplesmente para dizer que desde que um Senador apresente uma proposts na sua Câmara e essa proposta seja admitida deixa de ser do Senador que a apresentou para ser. de todo o Senado,

Se apresentei essa proposta é porque, de facto, entendi ser de inteira justiça assim proceder.

O Sr, Presidente : —Esta proposta foi rejeitada pela Secção. Está em discussão o voto da Secção.

O.Sr. Gosta Júnior: — Sr. Presidente:

0 Sr. Kibeiro de Melo fez uma proposta para ser concedida urna pensão de 100$ ao cidadão José Antunes, ex-servente contratado da Caixa Geral de Depósitos, em virtude de estar cego e de essa cegueira ser proveniente do seu trabalho.

Ora, Sr. Presidente, pelo atestado médico do Sr. Dr. Xavier da Costa, um dos mais distintos médicos oftalmologistas 'da nossa terra-, verifica-se que a cegueira\do referido iudividuo não foi adquirida em sor v iço porquanto é devida a atrofia ner-vótica.

Mas lia ainda um facto mais curioso, que é a data em que este indivíduo esteve ao ssrviço da Caixa, de onde saiu voluntariamente.

Peço licença à Câmara para ler o seguinte :

Leu.

Por -consequência este Sr. José Antunes saiu voluntariamente do serviço da Caixa e não foi mandado embora em virtude de ter cegado ao serviço.

O Sr. Ribeiro de Melo (interrompendo):^— f;Pode V. Ex.a garantir sob sua honra que José Antunes cegou depois de ter saído do serviço da Caixa?

O Orador:—Sim, senhor, e até mesmo com a carta dele que vou ler à Câmara. Leu, Faltar a vista não é estar cega.

O Sr. Bilbeiro de Melo: — Não venha V. Ex.a agora com as suas habilidades scientíficas.

O Orador: — Eu durante 2õ anos de prática profissional ainda não vi nenhum doente nestes casos que demorasse menos de 3 anos a ficar completamonte cego.

Eu sou assistente no Instituto de Oftalmologia onde passam por ano 2:000 a •3:000 doentes principalmente com atrofias Jo nervo óptico e até hoje ainda não vi doente nenhum a não ser por traumatismo ou por tumores cerebrais que ,