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Sessão de 16 de Junho de 1925

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Este funcionário, que saiu espontaneamente ...

O Sr. Ribeiro de Melo: — Não apoiado.-

O Orador: — ... do serviço seguindo o critério scientífico não merece a pensão, e só lha poderia dar por razões de humanidade.

Eu, como médico oftalmologista que sou — dos mais humildes égerto"—e como Senador da República, não podia, para honra do Senado, deixar de dar a minha opinião, porque, se me calasse, cometeria um crime perante a minha consciência, visto que a minha obrigação era elucidai-os meus colegas que neste caso estão com poeira nos olhos, em frente deste atestado.

Eu não posso dar o meu voto ao projecto, mas se o Sr. Presidente do Ministério por razões de ordem sentimental declarar que se deve dar a pensão u este revolucionário civil eu dar-lho hei declarando desde já que nesse caso o darei também a todos os projectos, qae estabeleçam pensões a outros revolucionários civis.

O

O orador não reviu.

O Sr.-Ribeiro de Melo: — Cabe-me agora a vez, Sr. Presidente, do dar resposta a algumas das considerações que fez o Sr. Silva Barreto, considerações que ' S. Ex.a declarou fazer em nome da maioria. *

O Sr. Silva Barreto esquece-se algumas vezes de que não é ele a pessoa mais indicada para falar em nome dos sentimentos de republicanismo, dos sentimentos de respeito por todos aqueles próceres da República que o Senado tem homenageado.

Julga o Sr. Silva Barreto todas as vezes que algum dos seus colegas prejudica os seus desejos de abreviar uma discussão que ele tem por fim única e exclusivamente dimmuir o prestígio desses homens republicanos e amesquinhar as intenções do Governo do Sr. Vitorino Guimarães, traduzidas agora por uma proposta do lei pedindo pensões para a família de João Chagas e para a mãe; uma senhora velhinha, do oficial da armada grande republicano que foi Fiel Stockler.

O Sr. Silva Barreto disse que o Sr. Mi-

nistro das Finanças dera o seu acordo a que a pensão de João Chagas se tornasse extensiva à filha e que a proposta era da iniciativa do Sr. Artur Costa.

Eu> apelo para este Sr. Senador que não apresentou proposta nenhuma no sentido de tornar extensiva a proposta de pensão à filha de João Chagas.

O Sr. Artur Costa (interrompendo): — Isso é verdade. Simplesmente o Sr. Silva Barreto quis referir-se à pensão à família de França Borges. Daí é que veio o equívoco.

Eu explico a" V. Ex.a que não veio da Secção o nome dessa senhora ao lado do do irmão porque nós fomos informados de que ela estava já casada. Não representa menos consideração pela memória de João Chagas. „

O Orador: — Absolutamente de acordo com o Sr. Artur Costa. Eu fazia-lhe a justiça de o julgar uma pessoa que timbra em ser a mais justiceira possível nas suas apreciações. -

Quando apelei para o Sr. Artur Costa, tinha a certeza do que S. Ex.a viria confirmar o que eu di/ia, que era unicamente de que o Sr. Silva Barreto nem sempre traduz a expressão rigorosa da verdade do que se passa nas Secções.

O Sr. Silva Barreto disse e repetiu que a proposta que tornava extensiva a pensão à filha de João Chagas tinha obtido o acordo do Si1. Mjnistro das Finanças. Não é exacto. O Sr. Silva Barreto enganou-se como se engana muita gente boa.

Este Sr. Senador não tem aquela memória prodigiosa de que S. Ex.a pretende fazer gala para nos convencer ou para atirar com o número esmagador da maioria sobre as nossas considerações e sobre as pretensões que defendemos bem ou mal, consoante podemos com os nossos poucos argumentos, mas pondo nelas a mesma. sinceridade que S. Ex.a costuma usar.