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Diário das Sessões do Senado

verdadeiramente ao seu mester sem outras preocupações que não sejam o pào dos seus filhos e o interesse da sua família.

Mais duma vez, desta -cadeira que a Nação me confiou, tenho proclamado o que penso sobre direito de propriedade. O direito de propriedade ó para mim um direito sugrado, mas nos seus justos limites, sem prejuízo da colecíividada.

Respeito o trabalho de cada um,-mas também respeito o capital. Por isso gostei de ver que o Sr. Presidente do Ministério fntrelaçou estas duas palavras capital e trabalho, e as ligou pela palavra alianya, porque todo o ideal de quem respeita o capital e o trabalho é a uaião duma cousa o outra.

Eu adoro, Sr. Presidente, o trabalhador, aquele cuja preocupação é procurar o pão dos seus, e devo -dizer que entre capital-ouro e capital-trabaího, este último é o do maior valor, porque o capi-tal-ouro não produz e o capital-trabaího é produtivo.

O que é mester, é reconhecer acs dois a justa modida do seu poder e a eficácia de cada um. E isso o que pretende S. ExA

É claro que dizendo istc, eu reprovo absolutamente todos aqueles que queiram negar a propriedade a cada um, e aegá-la principalmente por meio de processas que são absolutamente anti-humanitários.

Oxalá que V. Ex.a possa conseguir isso, porque realmente a nossa legislação sob o ponto t de vista sócia! já é muito importante. É certo, como V. Ex.a diz, que as medidas que decretou, quando.foi Ministro do Trabalho, foram citadas em França, em diversos jornais.

Por consequência, estou convencido de que V. Ex.a, animado desse espirito de equidade entre o capital e o trabalho, há de fazer uma obra que soja apreciada tanto pelo capital, como pelo trabalho.

Sr. Presidente: não posso também dói-xar de dirigir-me daqui, embora mal o possa fazer nesta ocasião, porque creio que S. Ex.3 está muito ocupado em ouvir várias pessoas, ao Sr. Ministro da Agricultura.

Eu tive a honra de ser colega do Sr. Ministro da Agricultura no Ministério do Sr. Rodrigues Gaspar. Apreciei as qualidades de trabalho, de inteligência, de isenção e de patriotismo de S. Ex.a. Es-

pero, pois, que pondo em prática a orientação a respeito da agricultara, realize acuilo que tantas vezes pôs em conselho de ministros. Agora vejo essa proposta também no programa, ministerial .

S. Ex.a sabe melhor do que eu que este País, como muitos lhe tem chamado, é, no que diz respeito a subsistências e artigos de primeira necessidad*3, um verdadeiro País de mendigos. Nós vamos buscar tudo- ou quási tudo ao estrangeiro, e a mim horroriza-me pensar, que antes da guerra em. 1914, se gastavam. 30:000 contos aproximadamente -na importação, isto quando a nossa moeda estava valorizada. O que fará agora, com o escudo desvalorizado mais de-vinte-vezes; há-de acontecer serem1.aos milhares de contos que temos de mandar para o estrangeiro.

ÊSSR assunto, Sr. Presidente, está bem entregue nas mãos de S. Ex.a

Espero que ele faça, com que êste-Pds, que tem apenas 57 por cento se-tanto, de terrenos cultivados^, promova a cultura daqueles que o não estão, e ao-mesmo tempo com medidas prudentes, saiba recompensar 'o lavrador do eslôrço-que ele faz.

Outro assunto que eu' desejo abordar é o assunto relativo às estradas, ao que se chama no programa ministerial estra-, das ordinárias querendo contrapô-las naturalmente-às estradas por via férrea.

O Sr. Ministro do Comércio sabo que-nós temos pouco mais ou menos uns 20:000 quilómetros de estradas. Mas a estrada é para o transeunte um verdadeira calvário. S. Ex.a deve ter experimentado-isso muitas vezes. E um problema cuja solução urge, é um problema inadiável. Eu tenho visto, Sr. Presidente, qu& em todas as declarações ministeriais se lança a promessa de que o problema das estradas vai ser resolvido.

Agora nesta declaração vejo também a mesma promessa feita.