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Sessão de 7 e-8 de Julho de 1920

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Faça V. Ex.a todos os esforços que a soa inteligência, que o seu amor à República lhe sugerirem para que nós não assistamos — queiram perdoar que assim diga—a esta humilhação de ver as estradas absolutamente intransitáveis.

Eu creio que nunca as estradas se encontraram tío estado em que presentemente, se encontram,; são um verdadeiro calvário, repito-O;, para o" transeunte.

Não se 'esquéça,V. Ex.a desse problema e terá prestado à República um relevante serviço.

Eu vou terminar' porque estou a cansar a Câmara- (JVâo apoiados) e direi ao Sr. Presidente do Ministério o seguinte:

—V. Ex.a veio da Câmara dos Deputados com a aprovação de uma moção por l voto. Não lhe dê cuidado o facto porque a abundância de' votos-pode ser -uma pléctora que não significará nada de momento.-:>- * -

V. Ex.a não 'precisa dos meus conselhos senão por aquilo que me pode dar a experiência, mas há muita gente que morre de saúde. • ' -'",•-• /

V. Ex:a tem o amor. ao País,'a lealdade, a dedicação necessárias-'pkra se conservar nas cadeiras do ' Poder -emquanto tiver a consciência de que 'é'útil à República.

Os votos que eu faço —^ e faço-o em nome deste lado da Câmara-—-• é para "que S. Ex.a se conserve AÍ durante . muito tempo. Uma das cousas que*tem embaraçado o regime republicano é precisamente o facto dè'os Ministérios se demorarem- s tarn pouco tempo no Poder.-

É o País que sofre conrisso e V. Ex.a bom o sabe, já V. Ex.a poT amor a esse princípio e arrastando com todas a s.dificuldades, como eu já presenciei, dia a dia, hora a hora, com aquela 'tenacidade que é a sua glória de .estadista, V. Ex.* conseguiu a ordem nas ruas, um pouco -de ordo-m nos espíritos, arrumou as contas do Estado, sossegou .todo o País.

Que V. Ex.a tenha uma época igual, que V. Ex.a-seja feliz na; sua administração, são os votos que ;eu faço em nome deste lado da Câmara, e creia que o faço convencido que todo este lado da Câmara me acompanha nestes votos; •

Muitos -apoiados da esquerda da Câmara.

O orador não reviu. • .' >

O Sr. Augusto de;" Vasconcelos: — Sr. Presidente : 'depoiâ do glacial acolhimento da maioria-ao Governo, desde as medidas palavras dó"seu- leader e das suas sábias advertências até ;ao silêncio das suas fileiras, 'cumpro o grato dever de cumprimentar tí Governo da Presidência do Sr." António Má*fia da Silva.

Digo giat,o-dever'-porque eu conto no Ministério velhos amigos .a quem muitOL quero, .o Sr. Presidente do Ministério, o Sr. -Ministro..-do Interior, o Sr. Ministro -dos- "Estrangeiros"?e- o Sr. Ministro das Colónias, e se a outros Ministros não me ligam laços de. amizade tarn íntima de quási todos pos'èo dizer que sou amigo e tenho deles a opinião que pela sua inteligência, merecimentos e pelos seus serviços à República, merecem certamente ser chamados àrgovernação do Estado. - Do Sr. Presidente1 do Ministério sou amigo varpara.,40 .anos — ai de nós —e já éramos adversários nessa época, já S. Ex.a dernonstrâva qualidades eleitorais combatendo listas- que eu defendia, e não esqueço que sempre adversários pela vida fora lhe devo;-o • inestimável serviço de concorrer para;'deitar--abaixo o Governo a que eu presidi, o que nã"o impediu de sermos sempre - amigos, nem que esses laços de amizade se tenham estreitado mais e mais .e -que eu reconheço os bons serviços prestados- à República -por S. Ex;.a . :V,V': -,-

O Sr. Ministro'-do •• Interior é um velho republicano q"ue todos nós apreciamos.

Diz-se dele «o bom Germano», e .não se "dê a esta maneira de dizer uma significação pejorativa; quem conhece S. Ex.a sabe .a bondade do. s,eu.coração o os primores do. seu carácter. .- •

Tenho muita pena qub o Sr. Ministro dos-Estrangeiros Jnílo esteja presente,-e tenho tanto mais1 pena'porque sei que é a doença a causa dássa: ausência. Aproveito o ensejo para fazer votos pelas suas melhoras. "... .;••••. • , - -, - - •••-.-

,jMas entãoV'se osMinistros são de tam •excelente qualidade'como é que eu tenho em seguida-de, dizer que o meu partido não lhe dá a; sua confiança e que eu não -lhe posso dar o 'meu voto ?

Parece queiíá ruma ^contradição nessa atitude. Mas^nãaí-íhá.. ' '