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Sessão da 7 e 8 de Julho de 1925

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talvez não lho doem tempo a V. Ex.a nos dias quo possa ter como Governo para resolver este problema, mas fica sabendo ao menos que houve um Senador da República quo lhe gritou nesta casa do Parlamento os problemas máximos da nacio: nalidade portuguesa: dar assistência aos quo por diversas circunstâncias estão inválidos e dar fortalecimento físico àqueles que pela própria natureza são válidos. -

E quanto aos problemas de minúcia que nesta declaração ministerial vêem, eles sofrem do gratnde vício de origem.

De vez em quando sou convidado por amigos a fazer uma conferência.

Faço-as sem terem a publicidade devida, não porque os meus camaradas da imprensa se recusem a prodigalizar-me adjectivos porque ou sou querido por todos eles, mas eu faço isso em segredo, como em segredo ou faço a minha missão de propaganda.

Há 4 dias fui a Mafra.

Falei com todos os militares naquilo que era mais interessante, dizendo-lhes que na sociedade as classes estavam desorganizadas e que era preciso haver um consórcio entre militares e civis.

Eu que prego a boa doutrina, lá o foi fazer em volta dos problemas da educação física, encontrando a mesma má organização. Oficiais que tinham sido recrutados para fazer os seus cursos de educação física e a quem deviam dar quatro meses de subsidio, apenas lhes deram dois, tendo, por esse motivo, que regressar às suas unidades porque não podiam sustentar-se visto terem família a seu cargo.

Chamo pois, para estes problemas a atenção do Sr. Presidente do Ministério e dos seus colaboradores, porque ôles cons7 tituem um assunto máximo pára Portugal.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Catanho de Meneses (para explicações:— Sr. Presidente: porque sou membro da Janta Parlamentar do meu Partido, j ulgo-me obrigado a dar a V. Ex.a e ao Senado uma explicação, e essa explicação vou dá-la não só em satisfação a V. Ex.a e ao Senado, mas em homenagem e satisfação ao nosso ilustre colega Sr. José Pontes.

O Sr. Senador José Pontes quando co-

meçou a falar-disse- que ninguém lhe havia • observado que. ele não devia ou não era praxe falar depois de.falar aquele que pediu a palavra em nome da maioria.

S. Ex.a disse —e mais uma vez o poderá confirmar— que essas palavras não. saíram da'minha boca.

O Sr. José Pontes: — Sim, senhor.

O Orador: —S. Ex.a teve, como tem sempre, a extreíjia gentileza de me comunicar que desejava falar sobre o assunto que tauto o preocupa, e eu imediatamente respondi a S. Ex.a que com muito gosto ò ouviria, e compreende V. Ex.a e o Senado que seria até um crime da minha parte privar o Senado, da bela oração de S. Ex.3

O Sr. José Pontes interessou-se por um problema altamente humanitário/ fundamental para à raça portuguesa, que é a educação física.

Não podia eu dizer uma palavra só que significasse oposição a que S. Ex.a usasse da palavra como tão brilhantemente usou.

E -agora, V; Ex.a que teve a bondade de me conceder a palavra, permita-me que ainda dê uma explicação que é devida.

Hoje, dirigindo-me ao Sr. Torres Garcia pelo facto de eu ter tido a honra de haver sido companheiro de S. Ex.a no Ministério- apresentado pelo Sr. Rodrigues Gaspar, cometi uma omissão de que a minha consciência me acusa-, porquanto havia um outro membro do Governo a quem igualmente mo devia dirigir e que por lapso deixei de fazer. Refiro-me ao Sr. Lima Basto. S. Ex.a foi também meu querido companhairo, num Gabinete presidido pelo actual Presidente do Ministério.

Já conhecia S. Ex.a, mas é evidente que o facto de aproximação fez-me descobrir mais uma vez aqueles dotes de carácter, inteligência, dedicação e altruísmo pelo seu País1, motivo por que me permito tributar-lhe as minhas homenagens.