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Diário das Sessões ao Senado-

pação para com esse homem, que faz lembrar um incendiário, que deitou togo a tudo isto o, longe de procurar sdvsr a casa incendiada,, foge, porque não quero arriscar nem um decímilímetro da sua pele.

. Seria conveniente também que se obstasse aos conluios entre liomens de negócio e homens do Poder* .. Não sei se efectivamente esses conluios existem, mas o que posso dizer é quo-as aparências • pelo menos iludem e indicam que certos conluios existem, e que ainda -não conseguiu penetrar no espírito dos políticos portugueses h, ne-. cessidade de arripiar caminho por uma vez; e que aquela máxima 'dos tempos de Roma, de que 'à mulher de César não basta ser honesta, é necessário que c pareça, deve ser seguida pelos políticos da nossa terra, que olhem verdadeiramente aos interesses nacionais e que ponham acima de tudo e através de tudo a honra e o bom nome de Portugal. . Frala o Sr. Presidente do Ministério na aliança do capital com o trabalho, e o Sr. Catanho de Meneses cantou.um hino . muito interessante á essa aliança.

Eu estou convencido de que o Sr. Presidente do Ministério quando sair das bancadas do Poder há de deixar o capital & o. trabalho abraçados de tal inaceira que talvez, se S. Exia não foge a tempo, fique' esmagado nesse abraço.: - '

- OFaço votos para que S. Ex.a consiga • como «gen-eralíssinjo.», segundo aqui já: foi'; classificado,, evitar-aqueles escolhos, que 'lhe vão ser• postos na caminho, só-.' brejtudjo^Tia' outra:. Câmara -que eu- ouço > aqui dizer que é a única Câmara polítisa,.; com ^reprovação! e .muito bem do Sr. Ei-be'ÍTO'de'Melo, que «ntende que ambas as•• Gamaras "são políticas.- . . '> ' i. Desejo ."também que o . Sr. António' Maria da. Silva -consiga singrar muito •• tempo para .convencimento dó: todos, de.' cfue. não há possibilidade de emenda dpn- > tro da .República',' o que S. Ex.a ao sair das cadeiras do Poder consiga,pelo neiiòs , ver i na eadejc, atpíolas pessoas que se ap'urarem serem responsáveis "dos crimes • quo têm manchado 'a República, e:que até •. hojo'. não houve a força suficiente e ne- -. cessaria, para &'• fazer, 'como igualmente •. desejo que S. Éx.a'.consiga de qualquer: maneira" dizer -ao País "quê não é verda-

deira, aquela afirmação que lhe é feita pelo seu correligionário José Doiningues dos Santos de que-tinha dentro da sua polícia nem mais nem menos do 'que um elemento dos mais perigosos dá Legião-Vermelha.

S. Ex.a conseguirá assim convencer Os seus adversários, que estão precisamente dentro do seu Partido, que.as acusações-que lhe são feitas não são verdadeiras, e ficaremos sabendo, se realmente o Avante-foi ou não um elemento indispensável para1 a vida ministerial1 do Sr. António Maria da Silva -e se S. Ex.a o protege ou. não.*

Isto posto, esperarei que o Sr. Presidente do Ministério responda concreta-mente às proguntas que eu lhe fiz,/tanto' no que respeita h sua pasta, a da Guerra, como de outras,, isto pela necessidade que-há de se conhecerem os verdadeiros criminosos- que se averigúem existir dentro daqueles escândalos a que nie referi há' pouco.

S. Ex.a dirá se está ou não resolvido a -fazê-lo, para .então a todo o tempo*ajustarmos contas, e faço votos para que a e-confraternização». da família-republicana vá até ao. ponto de satisfazer a-vontade cio Partido Nacionalista que pede e clama, tal como as crianças pedem a emulsão de S.cott, que vá ao Poder com a dissolução sim, porque é impossível a vida de qualquer Governo seu com'as actuais Cama-.' rãs. . . v......•' < • . - -.;

Faço igualmente votos para que esse Eartido, cujos Governos' não tênvconse-g-uido orna vida contínua e seguida, possa ' arrancar aos olhos do País mais uma ! ikisão de 'que é possível uma experiência conservadora-dentro da República:-; • ; - Portanto, é de crer-que o S-r. 'Ministro do. Interior, :se porventura; presidir a'o -aeto eleitoral, -ao. contrário do quo queria •• o ilustre Senador Sr. Ribeiro de Melo,'"' níio faça-política'dentro-'.do Ministério.-- *

S. Ex.a presidirá'ao acto eleitoral den-~. tro do possivol,; eomb rnmto-bemv'disse ò -meu .amigo- §r.:>Ih> Tomás ."de Viihena;•'; livre, sem coacções e sem aquelas violén- , cias que mostraram sempre a atitude -dos Ministros no Terreiro > do"; Paço ds que 'a República tem dado sobejas-provas5. ' '