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Sessão de 7. e 8 de Julho de 1925

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O Orador:.— Eu explico n V. Ex.a Ba: rece-me que as suas palavras queriam •dizer o seguinte: ' . .

• V. Ex;a disse ao Sr. Ministro do Interior:. «É absolutamente preciso que .V. Ex.a saiba, presidindo ao acto eleitoral, que é "necessário haver umas eleições absolutamente livres, como se exigem em .pura democracia, mas quere-se ,a liberdade que seja condicionada péla b.oa, defesa republicana». , . '

,. O Sr. Ribeiro de Melo (em aparte]: - -V. Ex.a é um. óptimo advogado mas uni péssimo parlamentar,

O Orador :~r-'A.frase .que eu citei é que destrói tudo aquilo que queiram dizer e •cantar hinos em íarn boa democracia, em que, apelando para ps tempos da propaganda, para os tempos om que -havia idealj ideal que desapareceu por completo, se até este pobre Pais parece, marchar às cegas, sem o ideal colectivo, se ôsíc País parece dar .esse .sinal de tristeza, não .admira que os bons republicanos a que S. Ex.a se referiu, estejam hoje dosilucli-, dos • daquilo que "eles julgavam .como elixir da salvação nacional.

Sr. Presidente: estou.convencido que o Sr. Germano Martins não presidirá ao. acto eleitoral, não sei quem .presidirá,, mas se porventura for S. Ex.a digo,.e repito: íipesar de não conhecer pessoalr mente S. 'Ex_.a, sendo um verdadeiro e autêntico republicano, tem- de apelar para •Qs • seus bens princípios da dpmocrada> tem.de'fazer umas eleições absolutamente livres, de forma a não iludtr quem quer £[ue seja. . •

. O orador não reviu.

.O Sr. Rodrigo Álvares Cabral:—r Sr. Presidente :'pedi- a palavra não para apreciar se a crise ministerial foi bem ou mal resolvida —apesar de entender que .foi0 bem resolvida—ou sobre a declaração minis.terial. ' • .

Esse cargo pertence -ao leader do meu partido, que se desempenhou e muito bem dessa missão.

Sr. Presidente: pedi. a -palavra para saudar o Governo, que é composto por verdadeiros homens de bem, e bons republicanos, entre -os .quais, eu .peço licença para. destacar os .nomes de dois ilustres

polegas, Srs. Gaspar de Lemos 6 Augusto Monteiro, meus companheiros de,trabalho nesta casa do Parlamento, há corça de lO^anos. ' •

. Este1 Governo é chefiado por um homem que, devido ao seu estorço e verdadeiro talento, muito tem conseguido a bem da Pátria e da República. . \ , Este Governo tem bastantes cousas â fazer, entre elas parecerme que está em primeiro lugar a equiparação dos vencimentos dos funcionários civis, e militares; se as-circunstâncias do Tesouro não permitirem .que os que menos recebem sejam equiparados aos que'mais ganham, entendo que SQ podem fazer, as cousas -no sentido de aproximar o mais possível os seus vencinien-tos, pois não; se percebe que uns sejam considerados como filhos e outros como enteados. ,. ', ,. ;

- Pelo que- respeita k pasta da Agricui-* tura, Sr. Presidente, lembro-me que an4 te,s de ser criado este Ministério se di/.ia qoe havia necessidade de um Ministério especial, a fim- do .que se pudesse conseguir muitas cousas- que eram consideradas necessárias . a bem da economia.nacional. . o •

-• O .que é facto é" que já o Ministério está criado há muitos,.anos e'pouco se tem conseguido.

. Quando assumiu a gerência desta pasta q nosso correligionário, o Sr. Visconde de Pedralva, congratulei-me por ver ali um profissional, mas o que é certo é que S.' Ex.11 saiu e pouco ou nada fez: nomeou uma grande comissão para reorganizar os serviços do Ministério, mas essa comissão é tam grande que poucas vezes tem pó- -dido reunir a sua maioria: , .

Nomeou, também, S. Ex.a.uma outra comissão para tratar da carestia da vida e não me consta que até hoje alguma cousa tenha feito; pelo menos para o pú-hlicq nada tem" vindo do trabalho. dessa comissão.

• Pêlo Ministério da Instrução foi.publicado um decreto que vai contra a • íoi n.° 1:670 e,proíbe aos engenheiros a construção urbana, tenha ou não carácter ar- . .quitectónico.

Faço -tenção de apresentar no Senado, um projecto de lei modificando esse decreto.