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Diário das Sessões do Senado

ao Partido Republicano Nacionalista, que não tinha maioria no Congresso, foi entregue o Governo.

Não foi o Partido Eepublicano Português que contribuiu para a queda clêsse Governo, porque ele Dão teve culpa das diferentes opiniões que existiam nos homens mais eminentes nesse Partido.

Assim, vi com desgosto que o Governo da presidência do Sr. Barros Queiroz, meu velho amigo, caiu em pouco tempo, e era natural que esse facto muito me desgostasse, porque bastante insisti com S. Ex.a para que aceitasse esse alto cargo, a tal ponto que mais parecia que se tr «atava de um correligionário meu.

Também, quando do Governo da presidência do Sr. Ginestal Machado, eu vi com desprazer a sua queda, e tanto assim que, após um determinado movimento, poderiam transparecer facilidades para que S. Ex.a continuasse na sua obra administrativa.

Os partidos só se elevam com estes precedentes.

Preguatou o Sr. Augusto de Vasconcelos porque não fazia uso o Chefe do Estado do direito de dissolução.

S. Ex.a sabe que dificuldades de vária" ordem isso traria, e o que noutros tempos era fácil de fazer já outro tanto hoje não acontece.

Nós não podemos ter vida política e parlamentar à inglesa.

Para que tal acontecesse, era preciso transplantar o viver inteiro da sociedade inglesa para aqui com um certo número de factos que não podemos reproduzir aqui.

Somos um País latino. O Partido Nacionalista tem defendido à outranse, em outras ocasiões, Governos com outras características.

Mas Governos extra-parlamentares e Governos em que se representam muitas correntes, dá o resultado, sem otensapara os seus componentes, de se verem assediados pelos seus correligionários, e produzir-se uma obra de episódios, desligados inteiramente.

l Queremos dar de novo este espectáculo ao País?

"^Qupremos dar razão aos inimigos da República?

£ Pois tantos homens públicos com assento nas duas casas do Parlamento não conseguem organizar um Governo que seja útil ao País?

Então acabem-se com os partidos, porque não têm.finalidade nem objectivo.

Não estão no Governo representantes da ^Acção Republicana e independentes.

Estes aceitaram a organização do actual Governo como está, levados pelo seu amor à causa pública.

Os accionistas?

Trata vá-se de um Governo partidário, e não podia considerar partidários pessoas que o não são.

São pessoas, decerto, que nos merecem toda a consideração, e algumas delas foram nossas correligionárias.'

Diz o Sr. Mendes dos Reis que as negociações foram levadas de tal forma que nem um simples aperto de mão foi trocado à despedida.'

Isto não é assim.

Não quero, por palavras minhas, perturbar a sociedade portuguesa e especialmente a sociedade política. Não tenho eu a culpa de não encontrar as pessoas que procurei incessantemente. Houve um eq uí voco?

Não foi meu, nem das pessoas com categoria que encarreguei de procurar um dos sub-leaders, para lhe ser dada aquela satisfação que deve ser dada a todos os homens públicos. Já vêem V. Ex.as que eu não me esqueci de ninguém.

Procurei todos, porque evidentemente, não estava no meu espírito ser descortês fosse 'Com quem fosse. Só não procurei os monárquicos, porque não podia contar com a sua solidariedade no Governo, dado o abismo que nos separa.

O Sr. Procópio de Freitas: — <íV. p='p' de='de' os='os' procurou='procurou' políticos='políticos' ex.a='ex.a' todos='todos' chefes='chefes' agrupamentos='agrupamentos' _.='_.'>

O Orador: — Suponho que sim. Procurei todos que estavam no Congresso. Mas, se houve uma lacuna, eu penitencio-me em público, pedindo as maiores desculpas, porque não é próprio do meu carácter desconsiderar seja quem for.