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Sessão de 16 de Julho de 1925

reito oão, quanto a mim, porque S. Ex.a o tenha defendido de maneira a convencer-nos da utilidade da sua aprovação.

As considerações que S. Ex.a apresentou são aquelas que todos nós sentimos individualmente. _ v -

A electrificação da linha de Cascais, sem dúvida alguma, vem trazer-nos á comodidade e conforto de que até agora estava desprovida. Se amanhã electri-ficada fosse a via, mais rápidas seriam as 'comunicações e talvez até mais baratas, o que seria um benefício. Mas, do que não resta dúvida, é de que o transporte, pelo menos, seria muito mais cómodo.

Mas não se trata disso; trata-se apenas de saber, e de mais a mais aquele famoso exemplo do r.aminho de ferro que vai dar a Nice veio reforçar a opinião dns pessoas que não aprovam esta proposta de lei, se esse benelício tem de ser conseguido à custa do cerceamento das receitas do Estado.

S. Ex.a sabe muito bem que essa maravilha, a que S. Ex.a se referiu, não foi feita com diminuição das receitas do Estudo, antes pelo contrário.

Houve uma grande vantagem para o Estado e para os poderes públicos com aquele novo caminho de ferro, porque lhes veio trazer uma receita enorme.

Não se isentou de impostos o material empregado nesso caminho de ferro.

Ora, Sr. Presidente: se esta Companhia que pretende fazer a exploração desta linha está em condições de a poder fazer por si, <_ que='que' nas='nas' pedir='pedir' de='de' suas='suas' estado='estado' necessidade='necessidade' uma='uma' aduaneiras='aduaneiras' ao='ao' _.='_.' p='p' receitas='receitas' há='há' diminuição='diminuição' vir='vir' _='_'>

Que ela peça ao Estaco que lhe dispense todas as facilidades para levar a cabo esse empreendimento,, está bem.

O Estado, por todas as suas repartições, deve auxiliar todas as empresas que pretendam beneficiar este país, evitando demoras longas >nas repartições públicas, etc.

Estes são os favores que o .Estado pode dispensar, o que não deve negar à Companhia do Es-toril. Mas ir até ao ponto de se lhe mandar entregar o material que ela importa, isentando-o do pagamento de direitos é um benefício que o Estado não está em condições de poder conceder-'

O que pode é dar-lhe o maior número de facilidades.

O Sr. Álvaro Cabral: — E teria só a lucrar com isso.

O Orador : Para' mim é muito mais apreciável .ter magníficos hotéis na ivgião •do Estoril, ter magníficas casas de recreio que eu frequentaria sem deniinuir a minha qualidade de Senador e sobretudo de cidadão.

Prrtiro beneficiar de todos esses confortos, e louvar as pessoas que levaram a efeito essa obra de progresso para uma povoação, a ficar desprovido deles. < E com este intuito, nós sabemos bem que a indústria do jogo, que entre nós não está regulamentada, é pelo menos consentida na Madeira.

E à frente dessa empresa está um homem que todos nós admiramos, que os jornais elogiam,, que é o Sr. Vieira de Castro.

S. Ex.a sendo um grande industrial que tem explorado com vantagem várias indústrias, não teve pejo, antes pelo contrário, em subsidiar a indústria do jogo no Funchal.

Á colónia inglesa é quem sustenta aquele grande hotel chamado Ritz Hotel.

Há outros; mas esse é o mais caro e luxuoso, e é esse que vive da indústria do jogo.

Eu que faço esta afirmação, é porque já participei das suas comodidades. Evidentemente que isto não envergonha a população .daquela bela ilha -da Maíloira. nem o Estado Português ou as suas leis.

tal facto tem acaso beneficiado a vida na Madeira?

Não, 'porque a vida no Funchal é uma das mais caras do território português.

O Sr. Álvares .Cabral (interrompendo) : — . Fui sempre assim, não é de agora esse facto.

O Orador: — Se foi sempre assim deve--se concluir que a Madeira não beneficiou da especulação da indústria do jogo nem dos grandes .benefícios que atraem o turismo.