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Diário das Sessões*dó Senadè

da riqueza portuguesa, porque embora esta seja criada, se não houver meios do-transporte rápidos ,não há produção que valha. ' .

É necessário 'que a agricultura produza,: mas é necessário que o comércio transporte, quer dentro do continente, quere para fora. Hi indispensável que as vias aceleradas sejam de -tal maneira disseminadas, quer pelo País, quer no Ultramar, que os produtos não.estejam a apodrecer muitas vezes, por falta de transporte.

• • Infelizmente,. Sr. Presidente, Q não preciso de estar a carregar as cores desse facto, quási todas as .nossas estradas estão intransitáveis, e elas são* insuficientes para o transporte dos iprodutoS' úteis à vida e à economia nacional.

Sr.. Presidente: no Ministério das Colónias está um homem que eu não tenho a honra de conhecer.: .

. Porém informações fidedignas dizem-me que. S. Ex.a é um. colonial distinto, um oficial da armada digno da admiração de todos e um republicano de velha data. ,. Regozijo-me que à frente desse Ministério, em que há problemas tão difíceis a resolver, e sobretudo no actual momento em que se desenham umas ambições ilimitadas sobre os nossos domínios coloniais, ambições que não são legítimas.. . .

Acusam nos, porventura, de não sermos coloniais na acepção da palavra em que a têm aqueles que .tem unicamente o fito de obter h nossa custa largos tratos de terreno, sob 'a acusação de que nós não sabemos fazer administração color nial. .'••:•

Mas,- Sr. Presidente, o passado e o presente, e sobretudo desde que o regime republicano se implantou, responde a essa calúnia, de que nós temos, provado que em matéria colonial somos não só, como o passado areai»? os melhores coloniza-dores do mundo, mas também temos qualidades administrativas, e se.porventura falências tem ha vi do,-são estes actos da vida pública que realmente justificam esses -intervalos, em que parece realmente que a vida nacional e colonial porventura pararam.

Ao lado do Sr. Ministro, das. Colónias, e em função com o nosso poder colonial, está o Sr. Ministro dos- Estrangeiros, republicano de sempre, ,con> .inteligência

viva, espírito combativo e quê à causa da República tem também empregado o melhor dos seus esforços. Já naquela pasta S. Es.a se tem distinguido pela maneira como conseguiu integrar-se nos serviços daquela difícil pasta, e principalmente-^, hojf; dados os graves problemas que dependem realmente duma actividade e inteligência grandes, .qualidades estas que se encontram no actual titular da pasta dos Estrangeiros.

Ainda há pouco surgiu um caso que-parece se tem querido avolumar, e eu quero crar que a inteligência do actual titular da pasta dos Estrangeiros há-de-conseguir que esse caso não tenha senão' o valor restrito dum caso simples.

É necessário evitar., e já o Ministério do Interior empregou os meios nesse sentido, que se deixe lavrar a idea de que nós somos inimigos da Espanha, que queremos porventura hostilizá-la, quando, a verdada é que povos irmãos, -nascidos no mesmo berço da história, da qual nos destacamos pelo-,valor étnico, pela raça, pelos costumes e' pela língua, não obstante nós, afirmando sempre a nossa independência e o nosso espírito de absoluta independência, contudo, nós queremos gro-var à Espanha que não nos animam actos de hostilidade contra o povo irmão, respondendo eomo é nosso dever, como era vários lances, da história tem respondido-a Nação Portuguesa.: '

A pasta dás Finanças é a mais difícil de dirigir, pelas Finanças correm os problemas máximos da vida portuguesa; os impostos- que." sofrem do mal dê origem, que fazem; por vezes com- que reclamações justes cheguem àquele Ministério.

A pasta das Finanças é daquelas que exigem do seu titular a máxima atenção,-o ináximc esigindo^se que pague" quem deve pagar; e aliviando-se os pobres> aqueles que ápe-. nas vivem do produto do seu 'trabalho e porventura de unva nesga de terra, cujo produto muitas- vezes não lhes chega para umr simples almoço. "• - • • :; • >