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110-(4) DIÁRIO DAS SESSÕES - N.º 115

Quanto ao custo de primeiro estabelecimento dos albufeiras, o plano confiado à Junta para estado e execução das obras pode hoje ser assim apresentado, com exclusão da acção da guerra sôbre os preços:

Número de projectos estudados - 13.
Área a beneficiar pelos projectos, incluindo só a primeira parte da obra da Idanha - 69:340 hectares.
Energia produzida em consequência da beneficiação hidroagrícola - 449,28 milhões de kWh.
Custo total da beneficiação - 1.107:335 contos.
Custo por hectare, incluindo a produção de energia - 15.969$95.
Capacidade das albufeiras de rega e de fôrça motriz - 1:270 milhões de metros cúbicos.
Área regável pelas albufeiras, incluindo a segunda parte da obra da Idanha - 71:465 hectares.
Custo das albufeiras por metro cúbico da sua capacidade - $28.
Custo das albufeiras por hectare regado - 5.037$40.
Área com projecto já executado ou em execução, em percentagem da área total estudada e que terá projecto concluído em 1941 - 17,2.
Área já em exploração hidroagrícola, em percentagem da área total estudada e que terá projecto concluído em 1941 - 3,1.
Quantia despendida com a área que já entrou em exploração, em percentagem do custo total de beneficiação que foi estudada e que terá projecto concluído em 1941 - 2,1.
Custo dos projectos cuja construção está autorizada em percentagem do custo total dos projectos estudados em 1941 - 16,5.

Do exposto se vê que os projectos que formam o plano e que já entraram em exploração têm área que é somente 3,1 por cento da estudada do mesmo plano e que a quantia que com eles foi despendida representa 2,1 por cento do orçamento dos projectos estudados. Também indicam os números apresentados que o custo das albufeiras para a rega e produção de energia são iguais a:

Por metro cúbico da capacidade .........$28
Por hectare regável............... 5.037$40

E porque estes dois valores são sempre os que melhor definem o custo das obras de rega e o seu aspecto económico, por u criação das albufeiras ser em toda a parte a parcela mais dispendiosa do regadio, crê-se que é útil deixar aqui registados alguns números do custo de primeiro estabelecimento de algumas, por serem, números médios, o que se fez no mapa x.
Bastantes das albufeiras dêste quadro (todas as do caso português) destinadas à rega fornecem em água também para força motriz, porque as condições, económicas favoráveis dos aproveitamentos de fins múltiplos impõem-se em toda a parte nos aproveitamentos de fim único (só energia), o que nunca é demais sublinhar.

MAPA I
Custo de primeiro estabelecimento do algumas albufeiras

«Ver quadro na imagem»

(a) A correspondência de preços está feita na base de:
1 Franco ........ 1$00
1 Libra ........100$00
2 dólar......... 23$00
1 peseta........ 3$00
b) Êste preço deve ser observado tendo em conta a disponibilidade indicada em (C), muito inferior à dos outros exemplos, o insuficiente. Para a dotação normal de 8:000 litros por hectare, o custo das albufeiras espanholas sobe para 5.617$12 por hectare. Atenção merece também a disponibilidade indicada em (D), que permite elevar o regadio dos campos de Cantanhede ao Vouga, do projecto do Mondego, a mais 25:000 hectares com a dotação de rega dêste projecto.

Nas zonas de regimes hidrometeorológicos de características iguais ao de Portugal, em que o período intenso da rega, Maio a Setembro, coincide com a máxima redução dos escoamentos das águas fluviais, a combinação da rega com a produção de energia ajusta-se à mais perfeita solução técnica e económica da obtenção de força motriz. De facto, o custo de primeiro estabelecimento das albufeiras (60 e 70 por cento do conjunto), o mais caro, quer da beneficiação hidroagrícola, quer do aproveitamento hidroeléctrico, encontra na combinação referida, sempre acompanhada do alto benefício da regularização de caudais, a melhor justificação, porque, sendo os seus encargos cobertos em muito pela produção da energia, a rega passa a efectuar-se sob despesas muito reduzidas. E quanto ao valor de custo da energia hidroeléctrica e seu regime de produção, há a assinalar que este tem informe abonador e orientador no conhecimento que a todos oferece a experiência, hoje generalizada, das albufeiras de fins múltiplos, a que nem sequer a falsa idea