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388 DIÁRI0 DAS SESSÕES - N.º 75

Do laranjas o principal fornecedor foi a Espanha, seguindo-se-lhe a Palestina, a África do Sul, o Brasil e os Estados Unidos.

De maçãs o principal fornecedor foram os Estados Unidos, seguindo-se-lhe a Austrália, o Canadá e a Nova Zelândia.

Portugal, em relação a estes países, forneceu-lhe ridícula quantidade, sendo certo que de algumas variedades, principalmente da Espelho, podia fornecer-lhe mais.

A insignificância dos fornecimentos Portugueses evidencia-se com o seguinte quadro: [Ver Tabela na Imagem]

De pêras o principal fornecedor foram os Estados Unidos, seguindo-se-lhes a Bélgica, a Austrália, a África do Sul e o Canadá.

De pêssegos o principal fornecedor foi a Itália, seguindo-se-lhe a África do Sul e os Estados Unidos. E de notar que a Holanda lhe envia também apreciabilíssima quantidade.

De uvas de mesa o principal fornecedor foi a Espanha, seguindo-se-lhe a Holanda, o África do Sul, a Bélgica e só depois Portugal.

É elucidativo o quadro discriminativo que segue: [Ver Tabela na Imagem]

É de lamentar que Portugal, reunindo excepcionais qualidades para produzir uvas de mesa, - esteja abaixo da Holanda e da Bélgica, países que precisam de fazer as suas culturas em estufas, produzindo por isso frutos de inferior qualidade.

Do exposto se destaca que a nossa exportação foi especialmente de ananases, uvas e maçãs, frutas cujo valor vem diminuindo, como pode ver-se do quadro:

Valores médios por quilograma no mercado inglês [Ver Tabela na Imagem]

É de salientar que temos magnífico clima e solo para produzir as frutas cujo valor aumenta, v. g. cerejas e ameixas, e outras cujo valor se mantém, como pêssegos e pêras, e que a nossa posição atlântica, pela proximi-

dade deste país, nos daria grande vantagem sobre o sul da Espanha e Itália, onde os progressos nos evidenciam que com eles poderíamos concorrer, desde que decididamente nos lançássemos nessas culturas.

E porque não fazê-lo?

Nos anos que se seguiram, por falta de tempo, não me foi possível conseguir dados tão completos, podendo apenas destacar que Portugal enviou para a Inglaterra as seguintes frutas: [Ver Tabela na Imagem]

Frutas secas [Ver Tabela na Imagem]

Produtos hortícolas [Ver Tabela na Imagem]

Passando um olhar rápido aos quadros atrás referidos, vemos que a nossa posição tem melhorado de ano para ano no que se refere a ameixas (anos de 1937 e 1938), a uvas, amêndoa em casca, amêndoa em miolo e batatas, sendo nítida e animadora no que se refere a melões e cebolas.

Os aumentos em referência a estes dois últimos produtos explica-os a guerra de Espanha, mas hoje impõe-se-nos fazer todos os esforços para os manter.

Exposto em linhas gerais o que tem sido para nós o mercado de Londres, sugerem-se-nos as seguintes perguntas:

Ocupamos situação de harmonia com as nossas condições climatéricas e posição atlântica?

Que política devemos seguir para a conquistar?

Tentando responder, direi:

E incontestável que o nosso solo e clima dá frutos a concorrerem com os melhores do mundo, distinguindo-se pelo seu embriagante perfume, magnífico paladar e até apresentação, desde que sejam convenientemente tratados.

E incontestável que essas qualidades os impõem nos mercados estrangeiros.

É ainda incontestável que a nossa posição atlântica nos dá condições de vantagem para disputar lugar de destaque nos bons mercados mundiais, tanto nos do norte da Europa como nos da América, pelo que é doloroso concluir pela insignificância da nossa situação, impondo-se, consequentemente, a pergunta:

A que atribuí-la?

Em meu modo de ver, tudo se resume no seguinte: é necessário acompanhar: a propaganda com argumentos