O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

808-(142) DIÁRIO DAS SESSÕES - N.º 100

[Ver Quadro na Imagem]

De todas as indústrias agrícolas, a das frutas é uma das mais prometedoras. Os recentes progressos na ciência de nutrição, exemplificados pelo emprego de dietas cientificamente calculadas durante largo espaço de tempo em período anormal e difícil, mostraram a importância do consumo de frutas.
Ora Portugal parece ter condições extremamente propícias à produção de grandes quantidades de fruto, que podem ser cultivados em circunstâncias remuneradoras.
Logo que se normalizem as condições económicas o financeiras da Europa, há-de haver certamente procura de frutas em larga escala. Tudo indica por isso que seja feito um esforço sério e rápido no sentido de intensificar a produção nacional, não apenas nos pomares que existem, mas também por criação de outros, plantados com árvores de qualidade conveniente, robustas e sãs.
Parece ser de grande vantagem a produção, nos viveiros do Estado, e naqueles que sejam bem orientados, de muito maior número de árvores para plantar. Nota-se hoje a falta - e em grande número de casos o custo é bastante alto. A Junta Nacional de Frutas poderia auxiliar grandemente este objectivo.
A receita mais importante é a que diz respeito à Junta Nacional das Frutas, que cobra mais de 80 por cento do total.

Azeite

21. Não têm sido normais as colheitas de azeite nos últimos anos e isso tem levado a grandes dificuldades no abastecimento de gorduras, desde o período final da guerra até agora. As dificuldades acentuaram-se com a falta de gorduras de outra origem.
Nos três organismos que tratam deste assunto - dois referem-se ao azeite: à produção e exportação, e um às oleaginosas.
Todos somados tiveram em 1944 cerca de 6:130 contos de receita, como pode ler-se nos números, discriminados, que seguem:

[Ver Quadro na Imagem]

A produção do azeite diminuiu bastante nos dois últimos anos. A média de 1935-1944 dá 633:067 quintais métricos. Os números são:

Quintais métricos
1935-1944 .............. 633:067
1944 ................... 396:965
1945 ................... 442:160

Os três distritos maiores produtores de azeite, em 1945, foram:

Santarém .............. 96:971
Castelo Branco.......... 66:675
Portalegre ............. 58:585
Total .................. 222:231

Estes três distritos tiveram cerca de metade da produção total do País.
Em muitas regiões ainda é bastante rudimentar a cultura da oliveira. Experiências feitas por lavradores mais progressivos mostram que é possível tornar mais regular a produção e aumentar apreciàvelmente o rendimento económico do olival. Já foram feitas tentativas de educação técnica em matéria de portadores, com alguns resultados práticos vantajosos.
Seria de grande conveniência .estabelecer nos centros oleícolas mais importantes, que têm características climáticas e geológicas diferentes, campos experimentais que permitissem aos proprietários rurais seguir os processos de cultura mais avançados e avaliar assim pràticamente da sua eficácia e do acréscimo no rendimento resultante.