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26 DE NOVEMBRO DE 1947 5

Cymbron Borges de Sousa e outros Srs. Deputados na sessão de 24 de Março de 1947;
Em 6 de Outubro de 1947. - Um mapa do movimento de carga e passageiros efectuado pelos navios nacionais que escalaram os portos das ilhas adjacentes durante o ano de 1942, elaborado pela Junta Nacional da Marinha Mercante, ainda em satisfação do requerimento apresentado pelo Sr. Deputado Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa e outros Srs. Deputados na sessão de 24 de Março de 1947;
Em 6 de Outubro de 1947. - Os elementos fornecidos pelo Ministério da Educação Nacional em satisfação dos requerimentos apresentados pelo Sr. Deputado Querubim do Vale Guimarães nas sessões de 28 de Fevereiro e 22 de Março de 1947;
Em 6 de Outubro de 1947. - Os elementos fornecidos pelo Ministério da Educação Nacional em satisfação do requerimento apresentado pelo Sr. Deputado Afonso Eurico Ribeiro Cazaes na sessão do 4 de Fevereiro do 1947;
Em 27 de Outubro de 1947. - Os elementos fornecidos pelo Ministério das Comunicações em satisfação do requerimento apresentado pelo Sr. Deputado Mário Correia Carvalho de Aguiar e outros Srs. Deputados na sessão de 24 de Março de 1947;
Em 27 de Outubro de 1947. - Os elementos fornecidos pelo Ministério das Colónias em satisfação do requerimento apresentado pelo Sr. Deputado Frederico Bagorro de Sequeira na sessão de 21 de Março de 1947 ;
Em 27 de Outubro de 1947.- Mais elementos fornecidos pelo Ministério da Educação Nacional, ainda em satisfação do requerimento apresentado pelo Sr. Deputado Afonso Eurico Ribeiro Cazaes na sessão de 4 de Fevereiro de 1947.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Está na Mesa a proposta de lei de autorização de receitas e despesas para 1948. A proposta vem acompanhada de esclarecimentos fornecidos pelo Sr. Ministro das Finanças e vai baixar à Câmara Corporativa e seguidamente à Comissão de Finanças desta Assembleia.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Cumpro o doloroso dever de comunicar à Assembleia que no intervalo das sessões legislativas faleceram os Srs. Deputados Joaquim Saldanha e Rocha Paris, que foram durante várias sessões legislativas membros ilustres desta Assembleia, à qual deram relevo com o brilho das suas intervenções e o encanto da sua camaradagem.
Penso que a Câmara quererá exprimir o seu sentimento pelo falecimento destes dois nossos saudosos colegas.

O Sr. Silva Dias: - Sr. Presidente: na qualidade de Deputado pelo concelho de Viana do Castelo e, além deste motivo, pelo dever que a amizade nos impõe e também pela recordação de uma vida realmente vivida na política do País em todos os seus períodos de ansiedade, de lutas e de vitória, eu não poderia deixar de recordar nesta abertura de sessão legislativa a figura gentil do nosso ilustro colega Dr. João da Rocha Paris, que a morte levou quando muito dele havia ainda a esperar.
O Dr. João da Rocha Paris serviu com denodada nobreza as suas ideias, combatendo incansavelmente pela grandeza da Nação. Serviu com enternecido amor a sua terra, como presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo.
Por isso ele deixou em todos nós uma saudade imperecível.
O Dr. João da Rocha Paris morreu para os nossos olhos e para o nosso convívio terreno, mas o seu espírito gentil continua a acompanhar-nos e a incitar-nos ao combate por tudo o que ó nobre e é digno de ser vivido até ao sacrifício da própria vida.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. Marques Teixeira: - Sr. Presidente: ouvi, emocionado, o discurso do nosso distinto colega engenheiro Silva Dias, como também li, com emoção profunda, o artigo brilhante e sentido escrito por S. Ex.ª no Diário da Manha. E aproveito o ensejo para ter por meu o mesmo sentimento de piedade e de respeito para com a memória do distinto Deputado Sr. Rocha Paris.
Cabe-me também o encargo de, como Deputado, o mais modesto, pelo círculo de Viseu, invocar aqui a memória gentil do Dr. Joaquim Saldanha.
Nesta conjuntura e deste lugar, ao invocar a pessoa querida do Dr. Joaquim Saldanha, colega leal que foi de todos nós nesta Assembleia, cujo elenco tamanhamente enobreceu e a que deu tanto lustre, sinto o meu coração extravasar de dor e a minha alma imersa em amargura cerrada.
Sei que no Egipto, sob a forma do culto dos mortos, era uso corrente gravar se com um filete de ouro muito fino os feitos dos que mais se haviam distinguido ao atingir, pelos seus méritos e virtudes, os pontos cimeiros da vida social.
Reconheço, Sr. Presidente, que a minha voz, sem colorido nem vibração, está imensamente longe de ser instrumento comparável ao tal filete de ouro dos egípcios e que para recordar a figura moral, tão gentil, do Dr. Joaquim Saldanha, por tantos títulos notável, mais não possuo do que uma sinceridade vívida e a pura eloquência do coração.
A morte deste saudoso amigo chocou-me brutalmente. Sabia-o torturado por uma doença grave, mas dado que me fui informando amiúde da sua evolução até ao ponto em que junto do mim haviam chegado notícias mais tranquilizadoras, a ocorrência triste do seu decesso, de que só tardiamente tive conhecimento, abalou-me profundamente. E sinto ainda hoje uma acelerada mágoa por lhe não ter podido render as minhas homenagens derradeiras.
Mas, sozinho, fui um dia destes, com o coração enlutado, ao campo santo de Abraveses orar, fervorosamente orar, junto da modéstia da sua última jazida, a qual-soube-o então - o carinho e a devotada ternura de sua viúva o filhos, que em vida tanto o estremeceram e hoje o choram amarissimamente, transformarão num sepulcro condigno.
Que, afinal de contas, meus senhores, todos concordaremos com a afirmação de que efectivamente o túmulo mais pomposo que pode ter um homem é uma boa reputação, e essa, em verdade, teve-a e legou-a o Dr. Joaquim Saldanha.
No anfiteatro desta Câmara fica agora deserta por algum tempo a carteira n.° 61. Encantando-nos com a simplicidade e a bonomia do sou espírito, edificando-nos com as suas manifestações de lealdade e de franqueza, dando aos trabalhos desta Assembleia o valioso contributo da sua inteligência esclarecida, ali se sentara, desde largos anos, o Dr. Joaquim Saldanha, cujas virtudes parece agora mais se avivarem por entre as sombras da morte, tal como as estrelas mais lucilam no negrume da noite.
Evoco, admiro e venero a sua memória, apreciando as altas qualidades de chefe do família modelar que o enobreceram; a pureza e a integridade do seu carácter, do mais fino quilato, que caldeou à posição ideológica e política em que só situara, de monárquico de arreigadas