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4 DE MARÇO DE 1952 373

Movimento alfandegário de Ponta Delgada

Valores da exportação nacional e estrangeira

Ano de 1938

[Ver Tabela na Imagem]

Movimento alfandegário de Ponta Delgada

Valor da exportação para consumo (bordo)

Ano de 1938

[Ver Tabela na Imagem]

O desequilíbrio acentua-se durante a guerra. Em 1942 o valor das importações foi de 78:980.704$20 e o das exportações de 29:527.478$15, não contando com o valor da exportação para bordo, cujo montante não deverá, a avaliar pelo de 1938, modificar sensivelmente o resultado do confronto entre as cifras principais.
Restam os números dos anos de 1948, 1949 e 1950.
Os quadros organizados à semelhança dos que se referem ao ano de 1938 dão os seguintes valores globais:

Movimento alfandegário de Ponta Delgada

Valores da importação

[Ver Tabela na Imagem]

Movimento alfandegário de Ponta Delgada

Valores da exportação

(Incluindo a exportação para bordo)

[Ver Tabela na Imagem]

Os saldos negativos são, respectivamente, de 71:323.967$, 44:890.709$ e 27:694.097$. Representam um desesperado esforço de aproveitamento e desenvolvimento dos recursos naturais, uma progressão da interesse para o equilíbrio da balança comercial. Apesar disso, a demonstração feita por todos os números citados é tão forte e tão impressionante que já não na usará admiração alguma o facto de se terem inscrito, em poucos dias, mais de 12:000 indivíduos quando, em fins do ano de 1948, o governador do distrito de Ponta Delgada mandou abrir nas câmaras municipais da ilha de S. Miguel registos para os que desejassem emigrar e de terem ultimamente partido para a ilha Terceira, com o fito de se empregarem em determinadas obras que por lá estão agora em curso, cerca de 4:000 homens, muitos do quais já regressaram sem terem conseguido trabalho.
Os factos, quando são assim, tiram-nos, às vexes, a vontade de acreditarmos neles. Mas a extraordinária sobressaturação populacional de S. Miguel não é negada por ninguém.
Foco parte de uma passagem do primeiro relatório - relatório-síntese - feito pelo Dr. Mário Matias, que em Janeiro de 1949 foi à Madeira e a S. Miguel estudar e conhecer «as dificuldades dos trabalhadores daquelas ilhas»:

... a situação de milhares de trabalhadores de S. Miguel é, sem exagero, confrangedora ... e, por isso, carece de medidas de emergência ...

Destaco os termos em que a Junta da Emigração, ao apreciar, em 7 de Março de 1949, o problema demográfico português, colocou o problema de S. Miguel:

Os Micaelenses, reduzida notavelmente, desde 1922, a possibilidade de continuarem a emigrar