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4 DE MARÇO DE 1952 375

quantitativo dos desempregados, sempre que tenham a conveniência de o fazer. Designadamente, os trabalhadores rurais são rebeldes a inscreverem-se nas listas do desemprego. Muitos não acreditam no benefício que da inscrição lhes pode vir e alguns até desconhecem que existe no País um serviço encarregado de lhes dar trabalho.
Por outro lado, há quem preconize uma mais pronta mobilidade de visão e um mais justo sentido das oportunidades na distribuição e aplicação das verbas, para o que se deveria ter sempre presente o quadro do desemprego no seu conjunto, de modo a acudir com a possível largueza às classes trabalhadoras - a rural, por exemplo - mais castigadas, designadamente nas regiões e nas épocas em que as crises mais se sentissem.
O comentário nasceu do facto de se ter subsidiado por vezes a construção civil, quando a mão-de-obra especializada tinha as formidáveis construções em curso no País.
E é tempo de recordar a Exposição de Obras Públicas, por onde passaram quinze anos - 1932-1947 - de labor intenso e de realizações que varreram, sem dúvida, as tristes expectativas em que nos mergulharam anos sucessivos de derrota e de aviltamento.
Restaurou-se o poder de concepção, voltaram a correr as fontes da energia, dignificaram-se os processos de querer e os métodos de realizar, repôs-se no verdadeiro sentido o significado de construir, precisou-se o conceito de obra pública e o aspecto das coisas passou a ter em Portugal outra elevação, outro cunho, outra força comunicativa, que a pouco e pouco, quase sem nos apercebermos, nos foi enchendo de razões de orgulho, de satisfação e de crença.
Dois quadros do números tirados do Livro de Ouro da Exposição:

I

Importância das comparticipações autorizadas
(excluindo as anuladas)

(Valores em contos)

[Ver Tabela na Imagem]

II

Indicação sumária das importâncias gastas pelo Ministério das Obras Públicas e
Comunicações nos períodos de 1932 a 1946

(Valores em contos)

[Ver Tabela na Imagem]

832:162 contos de comparticipações em quinze anos, implicando um considerável volume de obras no total de 1.800:000 contos e m ais 16.481:500 contos real e efectivamente gastos pelo Ministério das Obras Públicas em muitos milhares de obras públicas no espaço de catorze anos.
Procurando, tanto quanto possível, conseguir números mais próximos, solicitei ao Comissariado do Desemprego o mapa que segue. As importâncias dele constantes são as que foram efectivamente pagas pelo Comissariado, e não as concedidas, não figurando também aquelas com que contribuíram as entidades comparticipadas:

[Ver Tabela na Imagem]