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21 DE NOVEMBRO DE 1952 1057

servas hídricas de uso interanual parece ser menos económica do que a instalação de centrais térmicas de apoio. É sempre indispensável, portanto, a existência de um apoio térmico, que as centrais já instaladas suo suficientes para prestar no actual momento, desde que se efectuem algumas obras de conservação e adaptação.
De futuro, porém, dada o acréscimo da produção de energia hídrica e a falta de folga em relação ao consumo, torna-se indispensável aumentar a potência térmica disponível para complemento e reserva da rede eléctrica nacional.
Assim se justifica a instalação de uma nova central térmica, com uma potência da ordem dos 50 mW, a localizar junto de um jazigo carbonífero, de forma a queimar os combustíveis pobres da produção nacional.

4. Mas não basta produzir energia: é necessário também assegurar o seu transporte e distribuição.
É a rede de transporte que liga não só as centrais aos grandes centros consumidores, como elas próprias entre si, com vantagem para a segurança e regularidade do serviço e garantia de uma melhor utilização das disponibilidades energéticas.
Ora, os novos aproveitamentos demandam naturalmente o seu sistema de interconexão, precisamente como as ligações de novas linhas e o incremento da circulação da energia exigirão que sejam ampliadas várias subestações. Além disso, torna-se urgente completar a rede actual, lançando a linha de Setúbal-Ferreira do Alentejo.
Por seu turno, é a grande distribuição que leva a energia às sedes de concelho e às principais indústrias, assim como é a rede da pequena distribuição que a faz chegar, depois, às freguesias e aos centros populacionais.
As baixas capitações de consumo em muitos distritos e a reduzida percentagem das freguesias rurais neles electrificadas mostram quanto é ainda insuficiente o nosso sistema de distribuição de energia eléctrica:

[Ver Tabela na Imagem]

5. É indispensável, portanto, a electrificação de algumas zonas do País e em especial das províncias do Algarve, Baixo Alentejo e Trás-os-Montes, onde se verificam as mais baixas capitações de consumo e que se encontram desligadas da rede geral. Simultaneamente há que remodelar e ampliar esta rede, visto ser deficiente e incapaz de arcar com o aumento de circulação de energia nos próximos anos.
Por outro lado, a insignificante electrificação das freguesias rurais de alguns distritos, designadamente de Bragança, Évora e Beja, que o mapa acima inserto patenteia, mostra também a necessidade de actuar na rede de pequena distribuição, de modo a que ela possa desempenhar, entre outras, as suas funções de impulsionadora da agricultura e da indústria.
Tem-se procurado ampliar e intensificar a rede de pequena distribuição, mediante comparticipações do Fundo de Desemprego, as quais somaram 32:000 contos entre 1940 e 1951.
Reconhece-se, porém, que o auxílio desse Fundo não é suficiente para a sua remodelação e desenvolvimento, de modo a satisfazerem-se as características técnicas mínimas e a difundirem-se, em ritmo acelerado, os benefícios da electricidade.
Mas, como o que interessa sobretudo é auxiliar a electrificação rural e a electrificação urbana dos concelhos pobres, não se incluem neste plano a remodelação e a ampliação normais das outras redes de pequena distribuição.

6. De acordo com o programa traçado, prevêem-se as seguintes despesas nos seis anos de 1953 a 1958:

Contos

a) Aproveitamentos hidroeléctricos:

Cabril................................. 400:000
Salamonde.............................. 165:000
Caniçada............................... 225:000
Bacia hidrográfica do Douro (1.ª fase). 750:000 1.590:000
b) Apoio térmico....................... 200:000
a) Rede de transporte:

Interligação das novas centrais......... 100:000
Ampliação de subestações................ 60:000
Linha Setúbal-Ferreira do Alentejo e Subestação 40:000 200:000
d) Rede de grande distribuição:

Electrificação do Baixo Alentejo e Algarve 60:000
Electrificação de Trás-os-Montes......... 50:000
Complemento da electrificação de outras províncias e remodelação da rede geral 130:000 240:000
e) Rede da pequena distribuição das zonas rurais e das urbanas dos concelhos pobres.......................................... 200:000
Total......................................................... 2.430:000

IV

Siderurgia

1. O enorme desenvolvimento da siderurgia no Mundo durante este século tem sido obra não só dos países industriais, que entretanto aumentaram a sua produção, como de alguns países predominantemente agrícolas ou atrasados, que criaram a sua metalurgia do ferro. A expansão da indústria siderúrgica nestes últimos foi estimulada, sem dúvida, pelas dificuldades de abastecimento emergentes das duas guerras mundiais. Independentemente disso, porém, está na lógica do processo da