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21 DE NOVEMBRO DE 1952 1061

Importação de folha-de-flandres

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Exportações totais de conservas de peixe

A folha-de-flandres é utilizada para diversos fins, mas é sobretudo consumida pela indústria de conservas de peixe, que deste modo se encontra à mercê das contingências do abastecimento, em especial nos períodos de alta de preços ou de escassez da matéria-prima.
As necessidades actuais do País, segundo os elementos fornecidos pelos organismos, suo actualmente as seguintes:

Base:1951

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Mostram estes números que as exigências do consumo anual da
folha-de-flandres tendem presentemente para a ordem das 22:000 toneladas, absorvendo a indústria das conservas, só por si, 70 por cento do total e distribuindo-se o restante por vários outros sectores da actividade económica.
A escassez ou a irregularidade do abastecimento determinam assim graves repercussões na indústria conserveira, cuja importância económica se mede não só pela mão-de-obra que ocupa - cerca de 21:000 operários -, como pelo volume tradicional das exportações, cuja média, nos últimos anos, foi de 550:000 contos.

Exportações totais de conservas de peixe

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Mas a irregularidade de laboração da indústria conserveira reflecte-se também noutros sectores que dela estão praticamente dependentes, como o da pesca, na qual se ocupam para cima de 30:000 pessoas e que encontra na indústria de conservas a saída natural para a sua produção.

2. Reconhecida a vantagem de produzir a matéria-prima indispensável para abastecimento de uma das nossas primeiras indústrias de exportação, houve que estudar cuidadosamente a viabilidade técnica e económica do fabrico nacional de
folha-de-flandres, para que não possa ser onerada com preços superiores às cotações internacionais uma actividade económica que, devido a outros factores, tem de suportar apertada concorrência nos mercados externos.
Apesar dos estudos que serviram de base à planificação das actividades da Companhia Portuguesa de Siderurgia, concessionária da licença, houve que rever esse aspecto do problema e confirmar as possibilidades económicas da indústria, em face de alguns e definitivos esclarecimentos que a importância do empreendimento exigia.
As conclusões do estudo, efectuado por técnicos qualificados, permitem avançar com segurança.

3. Como 1.ª fase do empreendimento, está projectada e em curso a instalação de uma fábrica para laminagem a frio e estanhagem, com importação de aço laminado a quente. Estas operações utilizam como principais matérias-primas o estanho, ácido, óleo de palma e dissolventes, de produção abundante em Portugal. Para uma produção anual máxima de 25:000 toneladas está calculado o dispêndio, no País, entre aquelas matérias-primas e - os trabalhos de laboração, de um valor superior a 90:000 contos.
O empreendimento projectado poderá abastecer normalmente o mercado nacional nas condições correntes de qualidade e preço e a sua realização tem em vista assegurar o auto-abastecimento do País, com os inerentes benefícios para a sua economia.
A ultimação dos trabalhos exige um investimento de 120:000 contos.

VIII

Celulose e papel

1. Actualmente a nossa indústria de papel está na dependência do estrangeiro quanto à aquisição de pasta de madeira, que constitui a mais importante das suas matérias-primas.
Em períodos de perturbação do mercado internacional, como os que temos atravessado, esta dependência não só põe em risco as possibilidades de laboração da indústria de papel como provoca ainda no mercado in-