O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1062 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 168

terno acentuadas oscilações de preços -, em virtude da evolução das cotações nos mercados fornecedores.
O quadro seguinte reproduz o movimento das importações o o seu valor unitário nos últimos anos:

[Ver tabela na imagem]

2. Com o início da exploração da Companhia Portuguesa de Celulose, considerada indústria-base por decisão do Conselho de Ministros de 24 de Abril de 1947, e com a ampliação, já efectivada, de outras instalações, ficarão satisfeitas na sua quase totalidade as exigências, em quantidade e qualidade, das matérias-primas necessárias à indústria do papel.
O empreendimento da Companhia Portuguesa de Celulose está em plena actividade de montagem, esperando-se que em fins do ano corrente inicie a sua laboração.
Consiste a sua 1.ª fase no fabrico de pasta química, papel Kraft e papel pelo sulfato, branqueado.
A laboração Via fábrica, a plena capacidade, permitirá obter as seguintes produções, em toneladas:

Pasta não branqueada ................ 8:200
Pasta branqueada..................... 5:800
Papel Kraft ........................ 15:300
Papel pelo sulfato, branqueado ..... 2:700

32:000

3. Decorridos três anos de exploração, está previsto o início, em 2.ª fase, do fabrico de papel de jornal em qualidade e quantidades suficientes para o consumo nacional.
O equipamento actual é adequado a esta produção, a qual se iniciará logo que estejam afinados os aspectos tecnológicos que respeitam a este fabrico a partir de madeiras nacionais.
As importações de papel de jornal foram as seguintes no último decénio:

[Ver tabela na imagem]

Em 195l, para se manter um ritmo de abastecimento semelhante ao dos três últimos anos, foi necessário, após inúmeras diligências, importar 66:401 contos de papel, o que se traduziu num aumento de preços de quase 90 por cento em relação a 1949.
Também no aspecto de estabilidade dos preços se afigura, pois, de indiscutível vantagem a autonomia de abastecimento, que virá a ser assegurada ao País pela Companhia Portuguesa de Celulose.

4. A viabilidade económica do empreendimento está garantida através dos indispensáveis estudos técnicos. A localização foi também cuidadosamente escolhida em face de todos os condicionalismos impostos à exploração, entre os quais avulta o problema da água.
Calcula-se o dispêndio necessário à instalação da 1.º fase do estabelecimento da Companhia Portuguesa de Celulose em 279:000 contos, representando os produtos da exploração, avaliados por cotação inferior às actuais, o montante anual de 105:000 contos, que ascenderá a 180:000 logo que a fábrica entre em plena laboração.
A matéria-prima utilizada é a, madeira de pinho, cujo consumo, em verde e com casca, se prevê atingir 150:000 toneladas, com a possibilidade de se aproveitarem toros de árvores de configuração inaplicável a fins diferentes da queima.
Este consumo representa apenas uma parte das disponibilidades anuais do País, que, aliás, se encontram em franco crescimento.
Terá, no entanto, de admitir-se a possibilidade de revisão da política de exportações de madeira se, em face das demais necessidades do mercado interno, o seu ritmo puser em risco o património florestal do País ou provocar uma alta inconveniente do preço das destinadas ao consumo nacional.
Tudo aconselha, de resto, a ir substituindo progressivamente a exportação de madeira em bruto pela exportação de pasta e outros produtos, em que essa madeira entra como principal matéria-prima.
O quadro seguinte mostra a contribuição das nossas malas na composição da balança de comércio externo:
Números em toneladas

[Ver tabela na imagem]

5. Calcula-se que a execução da 2.º fase da fábrica de Cacia, a executar durante a vigência deste plano, exigirá o dispêndio de 65:000 contos.

IX

Comunicações e transportes

Estão presentemente a executar-se vários programas de melhoramento e expansão das nossas vias de comunicação e meios de transporte. Mas o acréscimo progressivo da produção de mercadorias, o mais largo movimento comercial e o maior volume dos rendimentos distribuídos hão-de necessariamente traduzir-se num tráfego cada vez mais intenso de pessoas e de bens. Torna-se, pois, indispensável, não só acelerar a realização dos programas em curso, como formular outros, na sequência ou na falta deles. Por isso se prevêem no presente ,plano os investimentos a seguir discriminados.