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192 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 174

cessários ao desenvolvimento económico da índia Portuguesa.
A província de Macau tem os problemas particulares do turismo, das dragagens e dos aterros.
E, finalmente, Timor necessita reconstruir a cidade de Díli e desenvolver o fomento agro-pecuário.
Pois a tudo se atende na proposta governamental do Plano de Fomento submetido à discussão da Assembleia Nacional, para dar incremento à vida progressiva do ultramar.
Há, portanto, unidade e coesão na variedade contida em cada uma das parcelas da terra portuguesa.
Mas para haver contínua harmonia na execução do Plano de Fomento, cujos problemas dependem dos Ministérios da Economia, das Finanças, do Ultramar, das Obras Públicas, da Marinha, das Comunicações e da Educação Nacional, resulta a necessidade imperiosa de existir uma coordenação superior interministerial.
Na elaboração da proposta de lei houve realmente o cuidado de atender a este factor importante, que terá de garantir o melhor êxito a execução do Plano de Fomento.
A sua direcção superior ficou confiada a um Conselho de Ministros restrito sob a presidência do Presidente do Conselho ou do Ministro da Presidência.
Na proposta de lei do Plano do Fomento tudo se encontra previsto para se alcançar a sua alta execução e a sua alta finalidade.
Em todo o caso tenho uma sugestão a fazer, assim como duas alterações a indicar, e ainda me desejo referir às dificuldades que no ultramar podem surgir na execução do Plano de Fomento.
A sugestão refere-se à maneira prática, mais segura e rápida de efectuar a travessia dos rios das nossas províncias ultramarinas, substituindo as demoradas e perigosas jangadas por embarcações de atracarão frontal, isto é, de tipo ferry-boat.
É sabido que os barcos de atracação lateral têm a vantagem de dispensar disposições especiais de atracação, mas apresentam o inconveniente da demora na entrada, arruinarão e saída das viaturas.
Os barcos de tipo ferry-boat têm a desvantagem de exigir disposições especiais de atracação mas facilitam rapidamente a entrada, arrumação e saída das viaturas devido à circunstância de atracarem do proa e do ré.
É este tipo de barcos que eu ouso indicar, onde for aconselhado, em substituição de numerosas, incómodas, demoradas e perigosas jangadas, que ainda são utilizadas na travessia de rios do nosso ultramar.
Esta sugestão não representa novidade alguma para nós.
A utilização de barcos de tipo ferry-boat para transporte de passageiros e viaturas faz-se no Estado da índia na travessia dos rios Mandovi e Zuari.
As travessias do Mandovi em Betim, ligando Goa com o Norte daquela província ultramarina, assim como a do rio Zuari em Cortalim, ligando a estrada de Goa para Margão, são feitas satisfatoriamente por embarcações de tipo ferry-boat.
E já houve até quem propusesse a substituição de jangadas da província da Guiné por embarcações daquele tipo.
Não há, pois, nada de novo para nós nesta sugestão e apenas pode ter a vantagem de lembrar o emprego de tais embarcações na travessia dos nossos rios do ultramar.

O Sr. Presidente: - Como a hora vai adiantada, se V. Ex.ª não visse inconveniente nisso, poderia suspender as suas considerações para as prosseguir na sessão de amanha.

O Orador:-Nesse caso interrompo por aqui as minhas considerações e ficarei com a palavra reservada para a próxima sessão.

O Sr. Presidente: - O debate continua na sessão de amanhã, à hora regimental, com a mesma ordem do dia. Está encerrada u sessão.
Eram 19 horas e 30 minutos.

Srs. Deputados que entraram, durante a sessão:

André Francisco Navarro.
António Carlos Borges.
António Jacinto Ferreira.
António Raul Galiano Tavares.
Carlos Mantero Belard.
Carlos Monteiro do Amaral Neto.
Délio Nobre Santos.
Herculano Amorim Ferreira.
Jaime Joaquim Pimenta Prezado.
José Dias de Araújo Correia.
José Diogo de Mascarenhas Gaivão.
José Pinto Meneres.
Luís Filipe da Fonseca Morais Alçada.
Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque.
Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Abel Maria Castro de Lacerda.
Alberto Cruz.
António de Almeida.
António Calheiros Lopes.
António de Matos Taquenho.
Artur Rodrigues Marques de Carvalho
Augusto César Cerqueira Gomes.
Carlos de Azevedo Mendes.
Daniel Maria Vieira Barbosa.
Elísio de Oliveira Alves Pimenta.
Henrique dos Santos Tenreiro.
João Carlos de Assis Pereira de Melo.
João Cerveira Pinto.
Joaquim de Moura Relvas.
Joaquim de Oliveira Calem.
Joaquim de Pinho Brandão.
Jorge Botelho Moniz.
José Cardoso de Matos.
José Gualberto de Sá Carneiro.
José dos Santos Bessa.
Manuel Cerqueira Gomes.
Manuel Lopes de Almeida.
Manuel Marques Teixeira.
D. Maria Baptista dos Santos Guardiola.
D. Maria Leonor Correia Botelho.
Vasco de Campos.

O REDACTOR - Luís de Avillez.

IMPRENSA NACIONAL DE LISBOA