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11 DE MARÇO DE 1953 809

Assim:

QUADRO I

Plantações efectuadas posteriormente à entrega das glebas:

a) Árvores de fruto:

Oliveiras .............. 36 740
Figueiras .............. 13 128
Pessegueiros............. 3 306
Marmeleiros ............. 2 949
Ameixieiras ............. 2 629
Macieiras .............. 338
Romãzeiras ............. 201
Pereiras. ............. 221
Laranjeiras ............. 140
Cerejeiras. ............. 64
Nespereiras ............. 38
Castanheiros............. 20
Damasqueiros ............ 14
Aveleiras .............. 13
Tangerineiras ............ 11
Amendoeiras. ........... 10
Nogueiras .............. 3
Limoeiros ............. 2
59882
6) Árvores florestais:

Eucaliptos.............. 543
Choupos .............. 6
Pinheiros mansos. ..... 1
550
c) Bacelos: Bacelos ........... 19 834

QUADRO II

Culturas arvenses

Colheitas de tubérculos e sementes efectuadas no ano de 1952:

Batata (quilogramas) ......... 234 510
Milho (litros) ............ 108 300
Centeio (litros). .......... 57 135
Trigo (litros) ............ 41 715
Feijão frade (litros) .......... 17 775
Feijão de cor (litros) ........ 6 345
Aveia (litros) ............ 6 990
Cevada (litros) ............ 840
Milho miúdo (litros) ......... 15
Grão (litros) ............. 45
Tremoço (litros) ........... 255
Ervilha grão (litros) ......... 105
Serradela (litros) ........... 30
Fava (litros) ............. 2

QUADRO III

Obras executadas após a entrega das glebas (poços, noras, tanques, fontes e represas)

Poços:

Empedrados ............. 85
Por empedrar ............ 523
Noras.................. 9
Tanques ................ 36
Fontes ................. 6
Represas ................ 5

Alexandre Herculano escrevia (vol. IV dos Opúsculos):

A paixão da terra, tão forte e tão nociva no grande e no mediano agricultor, anda em dobrada violência no coração do proletário rural.

Que sacrifícios, que tenacidade, que imaginação, que indústria para alcançar propriedade! Quando ele chega a poder proferir, ide pé sobre os helgas do chão esmontado e valado, as palavras mágicas "o meu foro" essa fronte, habitualmente inclinada para o solo, com os olhos fitos na enxada, ergue-se e ilumina-se de esperança no futuro e de confiança no presente.

As grandes áreas não cultivadas incitam à adopção das sesmarias, trazendo à torra, o gozador atraído pela cidade, uma vez que o sentido social da vida exige que a terra deixe de ser "bem de renda" para se converter em "bem de trabalho".

Referindo-se a esse aspecto, escrevia ainda Herculano:

A lavoura feita de longe, com o que se tenta conciliar a gloriola ou a necessidade de ser cultivador e as diversões que só se encontram nos grandes centros da população é o semiabsentismo.

De 1874 a 1934 a superfície produtiva do continente, tomando como base o primeiro destes anos, aumentou apenas de 100 para 156,7 e a área cultivada (Inquérito Económico-Agrícola, por Lima Basto, 1934, vol. 4.º) subiu de 100 para 232,5, enquanto que as partes agrícola e florestal só elevaram, respectivamente, para 177,7 e 398,8.

A superfície inculta mas produtiva baixou de 100 para 64,4 e a cultivável para 33,6.

Quero dizer: ao passo que em .1874 apenas eram produtivos perto de 52 por cento da superfície total do País e 28,5 por cento eram cultivados, contra 44,3 por cento de superfície inculta mas cultivável, em 1934 esta última reduzia-se a 14,9 por cento e a produtiva elevava-se a 63,3 por cento.

Não obstante ter aumentado consideravelmente a área cultivada (Cadernos do Ressurgimento Nacional-Colonização Interna, Secretariado Nacional da Informação, Cultura Popular e Turismo), extensas superfícies podem ser económicamente chamadas ao cultivo e outras vastas regiões susceptíveis de produzir maiores colheitas.

Perante a decadência a que Milha chegado a agricultura de trigo e de cevada o a consequente carestia destes géneros os estabelecia-se nas leis das sesmarias (1367-1383):

Se o senhor das propriedades não as puder lavrar iodos, lavre por si as que lhe aprouver e as mais faça-as cultivar por ou trem ou dê-as a lavrador por quota porciária ou a pensão certa, ou a foro. Cada lavrador há-de ter tantos bois quantos forem necessários para a sua lavoura.

E em seguida: