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1056 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 225

Muito obrigado, Sr. Prof. Mário de Figueiredo, pelas suas palavras. Tenho o maior prazer, a maior alegria em afirmar neste lugar a minha grande considerarão pela sua inteligência, pelo sou aprumo, pela dignificarão que traz a esta Casa a sua inteligência brilhantíssima.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador:- Não tenho propriamente que responder às pessoas que intervieram neste debate. Afinal entre nós há questões de pormenor e a diferença de pormenor, de um modo ou do outro de realizar, não é diferença pela qual valha a pena estar a terçar armas.
Só se o Sr. Prof. Mário do Figueiredo me permito, como me pediu, para concretizar o problema da liberdade de escolha do médico, eu farei meia dúzia de linhas, onde me parece que o problema é posto de maneira a elucidar convenientemente VV. Ex.ªs
A medicina coloca a liberdade de escolha do médico dentro do condicionalismo das outras liberdades de escolha; não a crê ilusória só porque o doente não pode escolher do entre todos os médicos do Mundo ou de entre todos os médicos do País; considera-a real, electiva, quando o doente vai até ao médico que, por uma ou várias razões psicológicas, escolheu do entre os que estavam ao alcance da sua escolha.
E é esta razão ou razões psicológicas que interessam à medicina; é a sua existência e a sua importância como factor activo, de real actuação no jogo terapêutico, que a medicina quer defender.
O essencial é que o doente chegue ao médico com ambiente interno de confiança; nos lugares em que há vários médicos, chega melhor se pode ir até àquele que preferir; onde há só um médico, também chega em bom ambiente, porque a sua confiança está livre de querelas.
E depois disto passaria a ter de responder à elucidação que o Sr. Ministro das Corporações mandou a esta Câmara. No sentido perfeito das minhas responsabilidades, entendo que não devo responder. Nesta elucidação são gastas algumas páginas a procurar demonstrar à Câmara e ao País que é difícil encontrar uma linha contínua de ideias minhas e que através destes anos, nos problemas que pus à Previdência, há mais do que flutuação: há verdadeiras contradições.
Eu podia, se lesse os textos donde foram desarticuladas essas passagens, demonstrar o contrário. Hás renuncio a fazê-lo, e renuncio pelo respeito que me deve a função. A função não é património de um homem; está para cima dos homens. Qualquer Deputado teria o direito de se sentir, e eu também me sinto, porque, além de tudo, repito, venho da velha trincheira, tenho servido o regime o melhor que sei e posso, e saio desta tribuna, como sempre tenho estado, com as mãos limpas de pedir e vazias de receber.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Dou por encerrado o debate sobre o aviso prévio do Sr. Deputado Cerqueira Gomes.
Vou encerrar a sessão. A próxima será na segunda-feira dia 23, às 10 horas e 30 minutos, tendo por ordem do dia o debate sobre as Contas Gerais do Estado e as contas da Junta do Crédito Público, que já estava marcado para a sessão de hoje, a apreciação do Protocolo adicional ao Tratado do Atlântico Norte, que já tem parecer da Câmara Corporativa, e o projecto do Sr. Deputado Abel de Lacerda, que altera o artigo 5.º do Decreto n.º 38 906 (defesa da riqueza do nosso património artístico).
Está encerrada a sessão.

Eram 21 horas.

Sr s. Deputados que entraram durante a sessão:

Abel Maria Castro de Lacerda.
Afonso Eurico Ribeiro Cazaes.
Américo Cortês Pinto.
André Francisco Navarro.
António Augusto Esteves Mendes Correia.
António Calheiros Lopes.
António Cortês Lobão.
António de Matos Taquenho.
António Pinto de Meireles Barriga.
António de Sousa da Câmara.
Augusto César Cerqueira Gomes.
Avelino de Sousa Campos.
Caetano Maria de Abreu Beirão.
Carlos Alberto Lopes Moreira.
Carlos Vasco Michon de Oliveira Mourão.
Daniel Maria Vieira Barbosa.
Délio Nobre Santos.
Diogo Pacheco de Amorim.
Ernesto de Araújo Lacerda e Costa.
Frederico Maria de Magalhães e Meneses Vilas Boas Vilar.
Gaspar Inácio Ferreira. Herculano Amorim Ferreira.
Jerónimo Salvador Constantino Sócrates da Costa.
João Alpoim Borges do Canto.
João Ameal.
Joaquim Dinis da Fonseca.
José Dias de Araújo Correia.
Luís Filipe da Fonseca Morais Alçada.
Manuel França Vigon.
Manuel José Ribeiro Ferreira.
Manuel Maria Múrias Júnior.
Manuel Marques Teixeira.
D. Maria Leonor Correia Botelho.
Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque.
Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.
Ricardo Malhou Durão.
Ricardo Vaz Monteiro.
Tito Castelo Branco Arantes.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Alexandre Alberto de Sousa Pinto.
António Bartolomeu Gromicho.
António Júdice Bustorff da Silva.
Artur Rodrigues Marques de Carvalho.
Carlos Mantero Belard.
Carlos Monteiro do Amaral Neto.
Elísio de Oliveira Alves Pimenta.
Henrique dos Santos Tenreiro.
Joaquim dos Santos Quelhas Lima.
José Cardoso de Matos.
José Garcia Nunes Mexia.
José Gualberto de Sá Carneiro.
Luís Maria da Silva Lima Faleiro.
Manuel Lopes de Almeida.
Manuel de Sousa Meneses.
D. Maria Baptista dos Santos Guardiola.
Vasco de Campos.

O REDACTOR - Luís de Avillez,

IMPRENSA NACIONAL DE LISBOA