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4510 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 186

provenientes da Circunscrição Florestal da Marinha Grande E ainda é fácil verificar que a origem desta diferença de recebimentos se situa no resultado da venda de arvoredo, que, de resto, é, muito naturalmente, a principal fonte de receita daquela Circunscrição Florestal.
O quadro que inserimos a seguir dá-nos uma indicação sobre o número de árvores vendidas de 1957 a 1964 pela Circunscrição Florestal da Marinha Grande e do rendimento arrecadado proveniente dessa venda E nele encontramos uma nítida diferença de receitas entre 1962 e 1963, da ordem dos 12 870 contos, número que se aproxima igualmente do que foi apontado pelo nosso ilustre colega Eng º Araújo Correia.

[ver tabela na imagem]

Também se verifica neste quadro a circunstancia curiosa de o preço médio do arvoredo ter atingido no ano de 1961 a sua mais elevada expressão unitária - 410550-, decaindo logo em 1962 para 240$70 e continuando a descer até ao valor de 176J70 em 1964 O facto de no ano de 1961 a árvore - não só por uma questão de qualidade, mas também por outras várias circunstâncias - ter alcançado um preço médio unitário superior a 400$ explica o montante do rendimento obtido, mas ]á em 1962 ele só se justifica por virtude de um substancial aumento do volume de arvoredo abatido, pois que o seu preço unitário desceu para a casa dos 240$.

O Sr Sousa de Meneses: - V. Exa. pode dizer-me a que preço as fábricas compram a tonelada de eucalipto?

O Orador: - O preço é muito variável Varia entre 150$ e 300$.
Pausa.

O Orador: -Haverá também, naturalmente, cabimento para uma explicação acerca da variação de preços unitários e do número de árvores abatidas, em cada um dos diferentes anos considerados, nas matas da Circunscrição Florestal da Marinha Grande, mas, para não me alongar demasiadamente por pormenores de ordem técnica, apenas direi que no rendimento do ano de 1962 se acham incluídos cerca de 2000 contos provenientes de abates realizados em mata cujo ordenamento só prevê cortes de arvoredo de cinco em cinco anos, e que a partir desse mesmo ano, sensivelmente, os cortes culturais e finais têm incidido em algumas zonas do Pinhal de Leiria, onde o arvoredo se apresenta de mais fraca qualidade, e em outras zonas que se apresentam com densidade que se julga conveniente reduzir consideràvelmente.
Suponho, meus prezados colegas, ter dado explicação sobre a «aparente» quebra de receita em 1963 nos serviços florestais.
Sr Presidente Termino as minhas singelas considerações sobre os assuntos que me propus tratar nesta intervenção Essas modestas considerações permito-me dá-las à atenção do Governo, ficando sinceramente convencido de que essa atenção funcionará em te t mós convenientes.
Tenho dito

Vozes: - Muito bem, muito bem!
O orador foi muito cumprimentado.

O Sr Presidente: - Vou encerrar a sessão O debate continua amanhã sobre a mesma ordem do dia.
Está encenada a sessão.
Eram 18 horas e 15 minutos.

Srs. Deputados que entraram durante a sessão:
Alberto dos Beis Faria.
Alberto Ribeiro da Costa Guimarães.
André Francisco Navarro.
Aníbal Rodrigues Dias Correia.
António Burity da Silva.
António Calheiros Lopes.
António de Castro e Brito Meneses Soares.
António Marques Fernandes.
António Martins da Cruz.
Armando José Perdigão.
Bento Benoliel Levy.
Francisco Lopes Vasques.
Henrique dos Santos Tenreno.
João Rocha Cardoso.
Jorge Augusto Correia.
Jorge Manuel Vítor Moita.
José Dias de Araújo Correia.
José Luís Vaz Nunes.
Júlio Alberto da Costa Evangelista.
Manuel Homem Albuquerque Ferreira.
Manuel Nunes Fernandes.
Manuel Seabra Carqueijeiro.
Manuel de Sousa Rosal Júnior.
Simeão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães.
Tito Castelo Branco Arantes.

Srs. Deputados que faltaram à sessão.
Agnelo Orneias do Rego.
António Augusto Gonçalves Rodrigues.

ntónio Tomás Prisónio Furtado.
Armando Francisco Coelho Sampaio.
Augusto César Cerqueira Gomes.
Carlos Monteiro do Amaral Neto.
Ernesto de Araújo Lacerda e Costa.
Fernando António da Veiga Frade.
José Guilherme de Melo e Castro
José Manuel Pires.
José Pinheiro da Silva.
José Pinto Carneiro.
José dos Santos Bessa.
D. Maria Irene Leite da Costa.
Olívio da Costa Carvalho.
Purxotoma Ramanata Quenin.
Rogério Vargas Moniz.
Urgel Abílio Horta.
Virgulo David Pereira e Cruz.
Vítor Manuel Dias Barros.
Voicunta Srinivassa Sinai Dempó.

O REDACTOR - Luis de Avillez.

IMPRENSA NACIONAL DE LISBOA