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4518 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 187

As corporações de bombeiros são então pedidos os mais variados serviços, desde o clássico ataque aos males apocalípticos do fogo até aos que concernem ao socorro da vida dos seres dos domínios da ruralidade.
As suas missões não são aqui de índole tão supletiva como o são nos centros urbanos onde os recursos existem com outra dimensão.
As corporações que servem os meios rurais são forçadas a prestar uma gama de socorros que evolve sacrifícios da mais transcendente importância.
Daqui que aos municípios não possa ser indiferente a existência destas corporações e a sua vida em condições de plena eficiência.
Outra das lições a extrair traduz-se no reconhecimento do valor da mística que domina o lema fundamental de todas as corporações de bombeiros, ou seja o de «vida por vida».
Esta nobilíssimo princípio, que envolve a total doação dos soldados da paz à tarefa de servirem a vida alheia, impõe o seu fortalecimento em moldes de verdadeira justiça.
Não pode esquecer-se que, em grande número são voluntários os que integram muitas das corporações de bombeiros espalhadas por esse Puís, e nomeadamente pelo mundo rural.
Vivem essas corporações tremendas dificuldades emergentes de aflitiva falta de recursos, que vai sendo suprida a golpes de generoso altruísmo.
Impõe-se também que o seu prestígio e o devotamento das pessoas que as servem sejam encarados em função da sua alta utilidade social.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Na verdade, todas as corporações de bombeiros são, como já disse, elementos imprescendíveis à estabilidade do viver dos nossos dias.
Como a da Figueira da Foz muitas outras corporações já têm ao longo de uma vida cheia de ancianidade uma valiosa folha de serviços prestados à causa sagrada da humanidade.
Isso se anota com verdadeiro regozijo.
Nestes conturbados tempos, em que o materialismo ensombra tantos pensamentos não consentindo que os sentimentos de fraternidade custa dominem a pobre humanidade, o centenário de uma operante corporação de bombeiros merece, efectivamente, sei bem comemorado.
É, que, no mar encapelado dos interesses desse vil materialismo uma centúria de bem-fazer é um suave bálsamo e uma nobre lição!
Bem haja por isso o corpo de bombeiros da Figueira da Foz, e que o nobre empenho que possibilitou & sua vivência e possibilitou a sua vivência e possibilita certamente o seu engrandecimento possa frutificar e seja havido como princípio a seguir na dignificação e resguardo dos valores da nossa vida.
Disse.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vai passar-se à

Ordem do dia

O Sr. Presidente: - Continuam em discussão as Contas Gerais do Estado e da Junta do Crédito Publico de 1963.
Tem a palavra o St Deputado Sousa Meneses.

O Sr. Sousa Meneses: - Sr. Presidente e Srs. Deputados: A vida financeira do Estado foi mais uma vez submetida à apreciação dos Portugueses através da Conta Geral do Estado referida ao ano económico de 1963. Continua-se, e muito bem, a dizer a verdade sobre a forma como os dinheiro públicos são governados não se escondem as quebras no ritmo da vida económica nacional onde elas se verificaram, em contrapartida, vangloriam-se os êxitos onde eles se obtiveram. Nós habituámo-nos a isso e por isso criticamos ou louvamos com a mesma naturalidade e verdade com que o Estado apresenta a sua Conta.
Esta Câmara enobrece-se quando critica e não se diminui quando louva porque, quero ciei, a grande maioria dos seus membros apenas e só deseja colaborar com o Poder Executivo na melhor e mais perfeita administração da causa pública.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - O mal está quando na crítica procuramos o óptimo, e não é possível atingir mais do que o bom ou quando no louvor tratamos de excepcional aquilo que deve ser considerado como normal e natural.
Nestas duas atitudes extremas, mais frequentes do que seria para desejar se encontram algumas das razões que podem afectar a colaboração entre o Governo e a Câmara a crítica mal fundamentada ou excessivamente ambiciosa leva o criticado a perder o respeito e a consideração por quem a faz, o louvor exagerado cria no atingido uma sensibilidade tal que muitas vezes, o incapacita de ver claro e de actual desinteressadamente.
Ora a Conta, pela verdade que mostra, e o parecer da Comissão de Contas desta Assembleia, pela crítica e louvor que faz, são exemplos bem edificantes do que deve sei a colaboração entre os Poderes Executivo e Legislativo, e, por isso, com muito gosto felicito sinceramente o relator do parecer, que em verdade se pode chamar autor, por nos dai um exemplo de trabalho profundo, de crítica séria, de elogio natural, sobre a forma como o Governo administrou a Nação no ano de 1963.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - E aproveito, neste despedida de legislatura, para desta tribuna expressar ao Sr. Eng.º Araújo Correia a minha muito grande consideração e o meu reconhecido agradecimento, como membro da Comissão de Contas da Assembleia Nacional, pelo muito que mo ensinou nas conversas que ao longo destes quatro anos mantivemos sobre estes problemas.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - A Conta de 1963 mais uma vez se apresenta dominada por três factores poderosos as despesas de defesa, a execução do II Plano de Fomento e a satisfação das necessidades dos serviços. A mim interessa-me especialmente apreciar a Conta no que respeita as despesas de defesa e nestas, as despesas extraordinárias, e desejaria apreciá-las de acordo com o seguinte esquema.

Enquadrar a generalidade do problema nos parâmetros de uma economia de guerra para mas objectivamente tirar algumas ilações na ordem política.
Provar, à semelhança do que fiz em relação à Conta de 1961, que uma elevada percentagem do dinheiro gasto com a defesa deve ser considerado como elemento motor, poderoso, na aceleração do