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10 DE DEZEMBRO DE 1966 799

instalada nessa zona a fábrica que lhes garanta preços compensadores para o material lenhoso.
Mas há que vencer grandes pressões daqueles que procuram manter esta floresta como reserva de abastecimento às suas fábricas distantes.
O factor distância de transporte do material lenhoso limita no aspecto económico o raio de abastecimento de cada unidade fabril, e, por isso, a instalação da fábrica na própria bacia do Tâmega será a única maneira de evitar que a produção silvícola regional seja prejudicada em cerca de 30 000 contos anuais perdidos em transportes inúteis, além de todos os outros prejuízos para o desenvolvimento económico e social da região. Isto numa 1.ª fase, porque com a ampliação futura o esbanjamento em transportes seria ainda maior; transportes com base em matérias- primas de importação que causariam desgaste das estradas e congestionamento no tráfego sem qualquer compensação.

Vozes: -Muito bem, muito bem!

O Orador: - Também a secção dos produtos florestais da Corporação da Lavoura, «verificando a riqueza florestal, actual e potencial, da bacia do rio Tâmega, entendeu de recomendar que na escolha definitiva da localização de alguma das fábricas já autorizadas ou a autorizar seja ponderada a conveniência de não onerar a produção de tão importante zona florestal com excessivos encargos de transportes até à fábrica ou fábricas que os possam utilizar».
Cientes da necessidade de assegurar a esta região atrasada a indispensável promoção económica e social, vieram já ao Governo as entidades oficiais (administrativas, políticas e corporativas) apoiar esta justa pretensão da lavoura da bacia do Tâmega.
Nós, conhecedores do drama da agricultura e dos problemas daquelas famílias agrárias, que ao abandonarem a terra deixam atrás de si o vazio, solicitamos para o caso a melhor atenção do Governo. E este, como defensor do bem comum, que é, ao acautelar as necessidades das indústrias instaladas, não pode deixar de defender os legítimos interesses dos lavradores.
Para este problema, de enorme relevância na vida regional, solicitamos a decisão do Governo tão depressa quanto for possível, e que a solução seja a adequada à plena realização do interesse geral.
Sr. Presidente: Ao intervir no debate da proposta da Lei de Meios para 1967, quero salientar o grande interesse com que apreciei o valioso parecer da Câmara Corporativa. Ao seu ilustre relator, Dr. Dias Rosas, dirijo, por isso, desta tribuna, uma palavra de merecido apreço.
E, antes de terminar, dou a minha aprovação na generalidade à proposta da Lei de Meios para 1967.
Tenho dito.

Vozes: -Muito bem, muito bem! O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão.
Tal como foi anunciado, amanhã haverá duas sessões, uma às 11 horas da manhã e outra à hora regimental.
A ordem do dia será a continuação da discussão na generalidade da proposta de lei de autorização das receitas e despesas para 1967.
Está encerrada a sessão.

Eram 18 horas e 20 minutos.

Sr s. Deputados que entraram durante a sessão:

Aníbal Rodrigues Dias Correia
Antão Santos da Cunha.
António Augusto Ferreira da Cruz.
António Calapez Gomes Garcia.
Augusto César Cerqueira Gomes.
Deodato Chaves de Magalhães Sousa.
Duarte Pinto de Carvalho Freitas do Amaral.
Henrique Ernesto Serra dos Santos Tenreiro.
João Duarte de Oliveira.
João Mendes da Costa Amaral.
José Coelho Jordão.
José Dias de Araújo Correia.
José Guilherme Bato de Melo e Castro.
José de Mira Nunes Mexia.
José Pinheiro da Silva.
José dos Santos Bessa.
Júlio Alberto da Costa Evangelista.
Júlio Dias das Neves.
Luís Folhadela Carneiro de Oliveira.
Simão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Agostinho Gabriel de Jesus Cardoso.
Alberto Pacheco Jorge.
Álvaro Santa Rita Vaz.
André da Silva Campos Neves.
António Magro Borges de Araújo.
Arlindo Gonçalves Soares.
Augusto Duarte Henriques Simões.
D. Custódia Lopes.
Fernando de Matos.
Francisco Cabral Moncada de Carvalho (Cazal Ribeiro).
Francisco Elmano Martinez da Cruz Alves.
José Henriques Mouta.
Manuel Henriques Nazaré.
Manuel João Correia.
Manuel José de Almeida Braamcamp Sobral.
Manuel Lopes de Almeida.
D. Maria Ester Guerne Garcia de Lemos.
Raul Satúrio Pires.

O REDACTOR - Leopoldo Nunes.

IMPRENSA NACIONAL DB LISBOA