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DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 50 1046

que funciona no mesmo departamento, em íntima colaboração com os respectivos centros:

Cabo Verde:

Inventário das estruturas de natureza, estudo das condições bioclimáticas do arquipélago, investimentos nacionais e estrangeiros e constituição das sociedades responsáveis pêlos empreendimentos projectados pura as ilhas do Sal (Sociedade Detosal), Boa Vista (Sociedade Altântico-Interplano) e Mato Turmaio).

S. Tomé e Príncipe:

Prospecção de estrutures e infra-estruturas existentes, viabilidade do melhoramento destas.

Angola:

Prospecções in loco ao longo dos seguintes eixos de desenvolvimento prioritário:

Luanda-Malanje;

Lobito-Benguela-Nova Lisboa-Silva Porto;

Moçâmedes-Sá da Bandeira.

Prospecção ao longo da estrada asfaltada que constitui a espinha dorsal de contacto entre os eixos considerados e entre estes e os territórios vizinhos e via de penetração de primordial importância para o turismo interno e regional africano. O critério obedeceu à conveniência de se fazer coincidir os eixos de arranque e os pólos de atracção dos mesmos com as regiões já dotadas de um mínimo de infra-estruturas ou, pelo menos, de estruturas de natureza de viável valorização a curto prazo.

Destas viagens de prospecção resultou o estudo da Primeira Fuso do Planeamento Turístico de Angola, cujo índice se passa a resumir:

Características geográficas e climatológicas;

Características Históricas e artísticas;

Características económicas (abastecimentos, mão-de-obra e investimentos);

Estado e evolução da população;

Transportes;

Equipamento hoteleiro (situação e crédito);

Caça;

Equipamento de acolhimento;

Equipamento recreativo;

Mercados (concorrentes e potenciais - interno, regional africano e extracontinental);

Promoção;

Estrutura dos serviços provinciais de turismo;

Arquitectura e urbanização.

Iniciam-se ainda este ano prospecções na região Calue-que-Ruacaná, ligadas ao plano de desenvolvimento do Cunene, tendo em vista o aproveitamento turístico da região.

Iniciativas de resultados imediatos:

Em 1969 realizou-se o primeiro cruzeiro turístico à província de Angola.

A iniciativa, para além de ter ultrapassado as melhores previsões, constitui uma prospecção do mercado metropolitano.

Em face dos resultados de tal prospecção, efectuaram-se no ano em curso dois cruzeiros (um metrópole-Angola e outro Angola-metrópole), conjugando-se o transporte dos mesmos através do fretamento de dois Boeing 707 da TAP.

O interesse do mercado metropolitano pode ser avaliado pêlos seguintes números:

Doze dias após o início da promoção, as inscrições foram encerradas, pelo facto de a capacidade do Boeing 707 se encontrar já ocupada.

Dirigiram-se à entidade organizadora (Agência-Geral do Ultramar) três mil pessoas.

Quatrocentas pessoas ficaram em listas de espera, número que se não ultrapassou por ter sido considerado mais do que suficiente para casos de desistências.

Situação actual nas províncias de Angola, Moçambique, Macau e Timor:

Angola dispõe actualmente dos seguintes mercados:

Interno;

Regional africano;

Extracontinente.

O primeiro começa a delinear-se e é constituído pelas populações das regiões planálticas e subplanálticas que procuram a orla marítima e as populações desta aquelas regiões, visando climas de compensação.

O segundo tem origem no Sudoeste Africano e tende a avolumar-se não só por razões de natural movimentação das suas populações em procura de condições climáticas e paisagísticas mais favoráveis, como ainda pelas medidas de promoção já programadas.

O terceiro, turismo de negócios, circunscreve-se a Cabinda, Luanda e Lobito.

As infra-estruturas existentes e a capacidade de abastecimento, especialmente no que se refere aos eixos de desenvolvimento prioritário já mencionados, se os considerarmos ao nível do nosso espaço africano, servem perfeitamente as actuais necessidades do turismo desta província, mesmo prevendo um razoável aumento nos próximos três anos. Exceptua-se, porém, a rede hoteleira, de elevadíssimas taxas de ocupação (90 por cento em Luanda, 70 por cento no Lobito e Benguela, 80 por cento em Sá da Bandeira, 75 por cento em Nova Lisboa, 80 por cento em Silva Porto, etc.), superiores às consideradas excepcionais pêlos padrões internacionais, e tarifas elevadas, o que traduz a falta de uma concorrência sã.

No entanto, prevê-se nos próximos dois anos um aumento, em matéria de capacidade hoteleira, de 1617 quartos, repartidos por 17 unidades, circunstancia que, certamente, normalizará a situação.

Moçambique, para além do mercado extracontinente, que se circunscreve quase exclusivamente ao "turismo de safari, rico mas reduzido, conta, como principal e crescente fonte de visitantes, com a República da África do Sul, a Rodésia, a Suazilândia e o Malawi. São estes mercados já tradicionais. Acresce ainda que f) isolamento em que actualmente se encontram os dois primeiros países citados e .os efeitos da promoção que neles tem vindo a ser efectuada são factores que muito têm contribuído para avolumar tais correntes.

Embora, de momento, só potencial, mas com grandes possibilidades de captação, aliás já objecto de diligências nesse sentido, Moçambique (dispõe ainda de outro mercado regional: Madagáscar.