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1 MARÇO DE 1973 4681

melhoraram-se as pensões atribuídas aos pensionistas do Estado.
Não se alcançou, certamente, o desejado; nunca se alcança...
O funcionalismo público ficou ainda aquém do das actividades privadas.
É uma realidade infeliz; mas realidade é também o evidente esforço, a intenção do Governo, de prosseguir na elevação e dignificação do funcionalismo público.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Os factos falam por si.
Julgo desnecessário mais palavras, mais considerações, mas impõe-se ainda um sentido agradecimento ao Governo, a S. Exa. o Ministro das Finanças, a S. Exa. o Presidente do Conselho, Prof. Marcelo Caetano.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem! Muito bem!

O Sr. Homem Ferreira: - Sr. Presidente: Da parte dos meus eleitores, tem provocado estranheza, suposições e, até, recriminações, o meu silêncio parlamentar, apesar de constituir um benefício e um alívio para esta Assembleia, cujo "calendário de emoções" parece estar quase esgotado e cuja atenção não deve ser ferida e fatigada, sem razões fortes e motivos importantes.
Vejo-me, assim, na incómoda e paradoxal situação de pedir desculpa por não falar e, sobretudo, de pedir desculpa por falar.
Espero redimir-me com a brevidade do que tenho hoje para dizer e que se refere ao encontro, de há dias, entre o Ministro Rui Sanches e uma qualificada representação da região do vale do Vouga, integrada pelos governadores civis de Aveiro e Viseu, presidentes dos municípios e respectivos Deputados.
No decurso dessa reunião, e após o relato do problema das comunicações rodoviárias e ferroviárias que afecta, agudamente, toda aquela zona, o Ministro reconheceu a urgência de se rasgar uma rodovia moderna, capaz de proporcionar uma ligação eficiente entre as duas cidades. E anunciou, publicamente, encontrar-se elaborado o estudo do anteprojecto da nova estrada Aveiro-Viseu, no troço entre Albergaria e a capital da Beira Alta, prevendo-se uma redução do actual percurso da ordem dos 30 por cento, ou seja de 15 km.
A obra importará em 300 000 contos, terá o seu início em 1974, devendo ficar concluída em 1977.
A seca eloquência dos números revela o alcance do empreendimento e dispensa adjectivos, até porque o facto já foi objecto de intervenções dos Srs. Deputados Vaz Pinto Alves e Fausto Montenegro, que sublinharam, com relevo merecido, as soluções preconizadas e que as entidades superiores vão promover.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Recebi, porém, o encargo expresso de assinalar, nesta Assembleia, o júbilo das populações aveirenses abrangidas pela decisão do Governo e em cujo peito se acendeu a esperança de ver vencida a carência de comunicações, rápidas e fáceis, que vinha, de há muito, a estrangular as potencialidades económicas da região e a emparedar os seus anseios e aspirações de progresso.
Dentro deste quadro, a nova rodovia não é, apenas, mais uma artéria indispensável à vida do País.
Será, acima de tudo, um essencial elo de ligação à grande estrada do futuro que os povos do vale do Vouga estão empenhados em percorrer.
Não quero, finalmente, calar o interesse e o tom impressionante de que se revestiu a conversa informal e aberta em que - precedendo e excedendo o tema do encontro - o ilustre titular da pasta das Obras Públicas traçou o panorama geral das comunicações do País, esquematizando as perspectivas, as dificuldades e preocupações deste sector e demonstrando estar perfeitamente à altura das responsabilidades que lhe estão confiadas.

O Sr. Cancella de Abreu: - Muito bem!

O Sr. Pinho Brandão: - V. Exa. dá-me licença?

O Orador: - Faça favor.

O Sr. Pinho Brandão: - Quero associar-me às palavras de justiça que V. Exa. acaba de proferir e de homenagem ao Sr. Ministro das Obras Públicas e das Comunicações, engenheiro Rui Sanches.
Quero também dizer a V. Exa. que essa via que se projecta construir, entre Aveiro e Viseu, é da mais absoluta necessidade, tanto mais que, como V. Exa. sabe, está resolvido, segundo suponho, a criação de uma Universidade na cidade de Aveiro, e estou certo de que a grande parte da população escolar que vai frequentar essa futura Universidade será constituída por população escolar de Viseu. Impõe-se, portanto, mais do que nunca, a construção de uma rodovia fácil e rápida, entre Viseu e Aveiro.
Quero ainda assinalar o interesse da justiça que assiste à construção da continuação da estrada n.° 326, entre Arouca e S. Pedro do Sul, que também foi anunciada pelo Sr. Ministro das Obras Públicas e das Comunicações, nessa reunião a que V. Exa. fez referência.
Muito obrigado.

O interruptor não reviu.

O Orador: - Por princípio, não enfileiro, nem comungo, na teoria de agradecimentos e nas doses maciças de louvores e vénias, em que esta Câmara costuma ser tão abundante e tão pródiga, em face do Poder.

Vozes: - Muito bem! Muito bem!

Vozes: - Não apoiado!

O Orador: - Mas quem, como eu, tem a profissão de pedir justiça, não pode fugir ao impulso de a tributar quando é merecida e devida.
E é, precisamente, uma singela palavra de apreço que, em nome das gentes de Aveiro, aqui quero dei-