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440 I SÉRIE-NÚMERO 13

que se não estive presente foi porque não recebi o convite, nem fui mais informado.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Dá-me licença, Sr. Deputado?

O Orador: - Não, Sr. Deputado. Para ser insultado mais uma vez, não lhe dou a palavra.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Assim, não participei por força dessa informação prestada e não por desrespeito para com os trabalhadores da indústria naval, os quais tive sempre o máximo prazer e gosto em receber e atender. Inclusivamente está marcada para a próxima semana um encontro com os trabalhadores que fomentaram esse encontro para recebermos as conclusões finais.
Temos todo o interesse em saber as realidades que se lá passam: contudo, não podemos permitir que haja demagogia para. aproveitando os interesses e conclusões de um encontro, o Sr. Deputado vir aqui fazer as afirmações que fez.
Além disso, queria também salientar ao Sr. Deputado que as várias visitas que a Comissão já efectuou, nomeadamente à Lisnave e à Setenave, não foram feitas por iniciativa do PCP. mas sim por iniciativa de outros deputados que fazem parte da Comissão de Indústria. Energia e Transportes. E digo isto pelo seguinte: a indústria naval portuguesa debate-se com graves problemas - nós sabemo-lo e estamos conscientes desse facto -, mas não podemos permitir que a demagogia política de qualquer grupo parlamentar possa servir para aproveitamento político de uma situação que, de facto, é grave. Esta situação obriga-nos a um debate sério.
No entanto, sempre que se promove um encontro ou debate com comissões de trabalhadores e administrações das empresas nacionalizadas do sector, temos aqui presente toda a demagogia e verborreia que vem dessa bancada no intuito de atacar, não só o Governo, como todo os outros grupos parlamentares incluindo os da oposição.
É lamentável. Sr. Deputado. Não é assim que se conseguirão resolver os problemas do sector. Será, sim. através de uma análise coerente e séria, que exclua o insulto dos grupos parlamentares e dos próprios deputados.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Sr. Presidente, peço l minuto à Mesa para exercer o meu direito de defesa.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado exercerá o seu direito de defesa na próxima reunião, visto já estarem a ser tantas e tão numerosas as violações ao Regimento da Assembleia que a Mesa não se sente autorizada, a não ser que haja qualquer deliberação em contrário, a manter-se nessa via.
Tem havido imensa compreensão e o que se verifica é que a compreensão da Mesa acaba por ser explorada até ao infinito, sendo assim o Regimento acaba por ser sacrificado numa medida que à Mesa se afigura como excessiva.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Sr. Presidente, dá-me licença que interpele-a Mesa?

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Pedi 1 minuto à Mesa e o Sr. Presidente refere o infinito. Julgo que a diferença que vai entre o minuto que pedi e o infinito que o Sr. Presidente referiu é suficientemente grande para eu pedir a compreensão ao Sr. Presidente e à Mesa, de modo a não fazer prolongar este debate para a próxima sessão, de modo a que eu, rapidamente, até porque pedi apenas 1 minuto, possa dar a resposta que foi, aliás, inviabilizada quando o Sr. Deputado Amadeu dos Santos não permitiu uma segunda e muito breve interrupção à sua intervenção.
Limito-me a pedir esse minuto, insisto nesse minuto, naturalmente...

O Sr. Presidente: - Oh, Sr. Deputado, está a gastar mais tempo que o necessário...

O Sr. Sousa Marques (PCP): - É exacto, Sr. Presidente, já gastei 2 minutos.

O Sr. Presidente: - Pois. Sr. Deputado, a Mesa não pode permitir que aconteça tudo aquilo que se afaste da boa ordem dos trabalhos.
Penso que não se pode condescender em tudo. No entanto, dou-lhe a palavra desde que eu consulte a Assembleia - como vou fazer - e se a Assembleia não se opuser, o Sr. Deputado poderá usar o direito de defesa durante 1 minuto.
Alguém se opõe que o Sr. Deputado Sousa Marques use da palavra para utilizar o direito de defesa?

Pausa.

Por unanimidade o Sr. Deputado tem a palavra para exercer o seu direito de defesa.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Sr. Presidente, Srs: Deputados: Começo por agradecer a todos os meus colegas a compreensão que tiveram.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Dispensamos os agradecimentos!

O Orador: - Vou aproveitar este minuto para referir que o Sr. Deputado Amadeu dos Santos disse que se ofendeu por eu ter dito que «valia mais a pena estar calado».

O Sr. Silva Marques (PSD): - Desde que seja bem educado!

O Orador: - Não sei bem se isso é ofensa, mas em compensação acusou o meu grupo parlamentar e a mim próprio de usarmos uma forma de participação neste debate que não é legítima, que é demagógica, etc.
Vim aqui levantar problemas da indústria naval. O Sr. Deputado Amadeu dos Santos não levantou qualquer problema do sector. O Sr. Deputado Amadeu dos Santos confessou que os convites que foram dirigidos ao seu grupo parlamentar foram enviados para os deputados da Comissão de Indústria. Energia e Transportes que...

O Sr. Amadeu dos Santos (PSD): - Não...

O Orador: - Disse! Pergunto-lhe: porque é que não utilizou um desses convites?