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768 I SÉRIE - NÚMERO 22

tante mais, gostava de o ouvir defender um sistema que é o seu - tem todo o direito de o defender e o considerar bom em vez de o ouvir dizer «submissão, catástrofe e miséria». Dir-lhe-ei que me senti mal aqui porque fiquei a pensar se esta era a submissão característica do COMECON...

O Sr, César Oliveira (UEDS): - Do come e cala?

O Orador: -... já comprovada nas medidas políticas, económicas e financeiras seguidas na Polónia.
Naturalmente que, quando lhe ouvi falar em dívidas acumuladas, quando lhe ouvi falar em alargamento do mercado interno, quando lhe ouvi falar no reequilibro das contas com o exterior, fiquei a pensar que, neste .ponto concreto, o Sr. Deputado Octávio Teixeira ia propor...

O Sr. Silva Marques (PSD): - Vender vinhos e sapatos à Rússia!

O Orador: -... que o Governo português suspendesse o pagamento de juros e de amortizações ou que o Governo português renegociasse todos esses prazos como é prática da política do Leste. Que me conste as dívidas aos terríveis capitalistas deste «mundo ocidental» estão a ser negociadas e os juros, as reduções de juros e as amortizações, alargadas no tempo.
É esta a proposta que faz ou propõe que, por decreto, este Governo diga «eu nada devo e nada tenho que pagar»? É esta a proposta que faz ou propõe que, para todos estes alargamentos de mercados, para todos estes aumentos do poder de compra, para suster todos estes problemas de consumo, este Governo dteve decretar a lei marcial?

Risos.

Entre estas perguntas que lhe queria fazer tive de brincar um bocadinho com o Sr. Deputado Octávio Teixeira, porque fiquei extraordinariamente defraudado na medida em que gostava de ter ouvido a sua lição acerca da alternativa para o desenvolvimento económico e limitei-me a ouvir aquilo que vem escroto em montes de publicações vossas, em encontros de empresas públicas, não públicas, dos vários encontros que fazem!
Em relação ao Sr. Deputado Octávio Teixeira ficava-me por aqui.
Relativamente ao Sr. Deputado Joaquim Miranda não conhecia a propensão turística e fiquei impressionado quando ele disse esta máxima: «o Governo AD está na liquidação da galinha dos ovos de ouro.» Gostei... é bonito!

Risos.

O Sr. António Vitorino (UEDS):-Mas é um argumento de galinha!

O Orador: - Fiquei impressionado com o plano do Partido Comunista de «diversificar as fontes emissoras». Quero dizer-lhe que já Cook dizia o mesmo...

Risos.

O &. César Oliveira (UEDS): - Cook?

O Orador: - Sim Cook, um dos que, há mais de uma centena de anos, deu relevo ao turismo.

O Sr. César Oliveira (UEDS): - Julguei que era o David!

O Orador: - O Sr. Deputado disse mais: «dinamizar o turismo interno.»
Isto são máximas de décadas que só não são aplicadas nos países de Leste porque lá não é muito fácil as pessoas deslocarem-se para onde querem e lhes apetece.
Quando lhe ouvi falar na correcção da sazonalidade fiquei à espera que Portugal, que tem um Inverno ameno, passasse a ser uma zona privilegiada para os países de Leste que têm climas mais duros. Fiquei à espera que pudéssemos ter um mercado de turismo do Leste com o seu elevado poder de compra para podermos resolver os problemas da sazonalidade!

Aplausos e risos do CDS, do PSD e do PPM.

Aí espero bem que V. Ex.ª interfira.
Em termos de receitas de turismo, tendo em conta que os países de Leste não vivem uma crise económica, tendo em conta que os países terrivelmente capitalistas têm uma crise económica facto que leva a uma diminuição das receitas do turismo - peço os bons ofícios de V. Ex.ª e o seu parecer técnico para que essas receitas aumentem através dos países que não estão em crise.

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): - Pague a taxa!

O Orador: - Ao Sr. Deputado Silva Graça queria começar por lhe fazer um cumprimento. O Sr. Deputado começou a utilizar o termo «esbulho» em vez de «roubo».

Risos.

Fiquei, de facto, encantado porque é uma melhoria acentuada e porque «esbulho» é um termo bem mais bonito!

Risos.

Naturalmente que não vamos entrar numa discussão de finanças locais. Se eu bem me recordo, as nossas leituras acerca desse assunto são diferentes e inclusivamente neste mesmo Parlamento foi oferecida ao Partido Comunista uma máquina de calcular para verificar! que os cálculos das contas feitas: pelos governos AD, em termos de verbas para as finanças locais, estavam correctas e, se a memória me não falha, o Partido Comunista não aceitou a oferta dessa máquina... Possivelmente gosta mais de fazer as contas à mão!
Sr. Deputado, fiquei aqui com uma dúvida extraordinária que é esta: o que entende V. Ex.ª por um poder local democrático? Não existirá em Portugal um poder local democrático exercido por eleitos pelo povo português? Pretendia V. Ex.ª que as eleições fossem uma farsa e que as autarquias fossem geridas pelas comissões de trabalhadores? É este o seu conceito de poder local democrático?
Gostaria ainda de lhe fazer mais uma pergunta.
Inimigos confessos da democracia sabemos que somos, mas, Sr. Deputado, da sua democracia sou