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212 I SÉRIE - NÚMERO 6

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, já se providenciou no sentido de que esses Srs. Deputados possam vir votar quando se fizer a segunda chamada.
Srs. Deputados, vai então proceder-se à votação, que, como é normal, será iniciada pelos membros da Mesa.

Procedeu-se à votação.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, chegámos ao fim da chamada para a votação.
Enquanto se procede ao escrutínio, suspendo a sessão por 30 minutos.

Eram 16 horas e 50 minutos.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, está reaberta a sessão.

Eram 17 horas e 55 minutos.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, o resultado do escrutínio é o seguinte:

Eleição para Vice-Secretários:

Luís Abílio Conceição Cacito (PS): - votos a favor, 183; votos contra, 15; votos brancos, 12; abstenções, 17;
António Roleira Marinho (PSD): - votos a favor, 195; votos contra, 13; votos brancos, 4; abstenções, 15.

Eleição para secretários:

Leonel de Sousa Fadigas (PS): - votos a favor, 193; votos contra, 18; votos
brancos, 2; abstenções, 14; José Mário Lemos Damião (PSD): - votos a favor, 192; votos contra, 15; votos brancos, 5; abstenções, 15;
José Manuel Maia Nunes de Almeida (PCP): - votos a favor, 155; votos contra, 35; votos brancos, 10; abstenções, 29;
Manuel António Almeida de Azevedo e Vasconcelos (CDS): - votos a favor, 160; votos contra, 27; votos brancos, 10; abstenções, 30.

Eleição para vice-presidentes:

Carlos Cardoso Lage (PS): - votos a favor, 187; votos contra, 27; votos brancos, 2; abstenções, 11;
Manuel Pereira (PSD): - votos a favor, 178; votos contra, 29; votos brancos, 5; abstenções, 15;
José Rodrigues Vitoriano (PCP): - votos a favor, 137; votos contra, 55; votos brancos, 11; abstenções, 24;
Basílio Adolfo Mendonça Horta da Franca (CDS): - votos a favor, 174; votos contra, 26; votos brancos, 11; abstenções, 16.

Srs. Deputados, pelos resultados das votações que acabei de anunciar, proclamo todos estes Srs. Deputados eleitos para os respectivos cargos.

Aplausos gerais.

Eleição para Presidente da Assembleia da República.

Fernando Monteiro do Amaral (PSD): - votos a favor, 174; votos contra, 30; votos brancos, 1; abstenções, 22.

Aplausos do PS, do PSD, do MDP/CDE, da UEDS, da ASDI e do deputado António Gonzalez (Indep.).

Vou convidar o Sr. Presidente Fernando Amaral a ocupar o seu lugar na Tribuna, bem como o secretário Sr. Deputado Lemos Damião.

Aplausos gerais.

O Sr. Presidente (Fernando Amaral): - Srs. Deputados: Não só pela praxe estabelecida, mas, sobretudo, pelo respeito que vos é devido, impõe-se-me a obrigação de vos ocupar algum tempo com umas palavras breves.
A solenidade do momento que estou vivendo empresta a esta oportunidade ímpar o sortilégio de o dever fazer.

Por elas pretendo referir três aspectos:

O das razões pelas quais aceitei uma candidatura que não procurei;
O das minhas intenções no exercício do cargo em que acabais de me investir; e, por último;
O do arreigado desejo de ver realizada uma actividade parlamentar que mereça a consideração e o respeito do povo que somos.
Por vontade expressa do meu partido, confirmada pelo grupo parlamentar, a que tenho a honra de pertencer, foi aberto caminho à minha candidatura para o exercício das altas funções que estou assumindo.
Porque nunca a tivesse procurado não foram poucas as hesitações e os receios que senti quando comecei a ser apontado para o desempenho de tão subidas responsabilidades.
Aquelas e estas constituíam fortes e seguros motivos para enfrentar entusiasmos fáceis a que uma jugulada vaidade poderia ser tentada.
Porém, a delicadeza, a simpatia e a generosidade de muitos de vós, de todos os quadrantes políticos, foram-me dissipando as primeiras e fortalecendo a coragem para enfrentar as segundas.
Tantas foram aquelas manifestações que me não senti com reserva para recusar o privilégio de me submeter ao vosso sufrágio.

Fi-lo, então, com entusiasmo, com convicção, com fé:
Com entusiasmo, alicerçado na compreensão generosa dos meus pares;
Com convicção, nascida do profundo desejo de ser útil ao meu país, ao nosso parlamento, à democracia;
Com fé, pela inabalável certeza de que todos nós iremos fazer um continuado esforço para se conquistar cada vez mais a dignidade e o prestígio da actividade parlamentar.
Se falta esta certeza põe-se em causa o regime. Se falta aquela convicção, adormecida fica a vontade.