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2156 I SÉRIE - NÚMERO 55

Rainha - Rio Maior, que ainda não arrancou e precisa de arrancar. Espero que o "outro lado" dê um contributo para esse arranque.
Os socialistas - falo para o "lado intermédio" -, que são, em princípio, a nossa alternância de governo, que pensam disto?

Risos do PCP.

Lembro-me que, em consequência dos seus preconceitos ideológicos, prejudicaram drasticamente o progresso do nosso país. Não me esqueço de que, há anos, um ministro socialista disso ao País que Portugal não precisava de auto-estradas e que o importante era convencer as pessoas a circular pelas estradas paralelas aos grandes eixos de modo a descongestioná-las.
Foi esta visão que fez com que o programa de grandes construções de vias rodoviárias estivesse quase paralisado durante vários anos e que, nomeadamente, as regiões do distrito de Leiria não tenham ainda hoje ao seu serviço a auto-estrada Lisboa-Porto, questão elementar do nosso progresso e do nosso futuro.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Esperamos que esta visão se tenha alterado em sentido positivo e moderno que os socialistas e demais partidos da oposição - embora, quanto aos demais, a minha esperança seja quase nula -, pelo menos neste ponto, dêem o seu contributo para a recuperação do tempo perdido e apõem a política de progresso do governo de Cacavo e Silva, que em boa hora deu o impulso que tardava à construção dos eixos rodoviários fundamentais, com destaque para a auto-estrada Lisboa-Porto e itinerários essenciais.
Trata-se de uma autêntica política de progresso nacional que as gentes de Leiria apoiam, assim como, sem sombra de dúvida, todas as gentes de todas as regiões de Portugal.
Nós que tanto criticamos o que está mal, aqui estamos para aplaudir e incentivar o que está bem. Mas com uma exigência: a de que o ritmo dos investimentos rodoviários (e outros ligados às comunicações, como, por exemplo, construções portuárias) aumente, seja ainda maior. E isto com uma promessa: a de que nos bateremos para que sejam dados ao Governo, pelo Parlamento, os meios de acção legais e financeiros correspondentes. A Assembleia da República não pode ser destrutiva, tem de ser construtiva para bem de Portugal e dos seus interesses, dos interesses autênticos das autênticas regiões.
Esta questão de a Assembleia da República deixar de ser destrutiva e passar a ser construtiva depende não só do contributo da bancada social-democrata como também do contributo das outras bancadas e, decerto, do Partido Socialista, que é, por definição, a nossa alternância.

Aplausos do PSD.

0 Sr. Presidente: - Srs. Deputados, o Sr. Deputado Horácio Marçal cedeu um minuto ao Sr. Deputado do PRD que se inscreveu para pedir esclarecimentos. Acontece, porém, que também estão inscritos, para pedir esclarecimentos, dois Srs. Deputados do PS. A Mesa cede um minuto a um dos Srs. Deputados do PS, e não mais.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente, de quanto tempo dispõe a bancada do PSD?

O Sr. Presidente: - O PSD dispõe de quatro minutos.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Então, até por uma questão de alternância, o tempo que o PSD dispõe é dividido ao meio em favor do PS.

Risos do PSD.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Silva Marques cede dois minutos ao PS, é isso?

O Sr. Silva Marques (PSD): - É sim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado José Seabra.

O Sr. José Seabra (PRD): - Em primeiro lugar, queria agradecer à bancada do CDS o tempo que me cedeu para eu poder formular o pedido de esclarecimento.
Ao Sr. Deputado Silva Marques devo dizer que estou de acordo e defendo a implementação de projectos rodoviários como instrumento de desenvolvimento das regiões.
Pois bem, Leiria é considerada como tendo a pior rede rodoviária do País. Sr. Deputado Silva Marques, é melhor informar-se porque talvez esteja de acordo com esta minha apreciação!... Aliás, isso já foi objecto de intervenções aqui produzidas tanto por mim como por um Sr. Deputado do PSD.
Muito directamente, pergunto-lhe: em vez de o Governo dizer o que vai fazer, por que é que não começa a fazer? Ou seja, por que é que não repara as redes rodoviárias do distrito de Leiria?
Em segundo lugar, como é que o Sr. Deputado consegue compreender que, tendo Leiria um dos nós rodoviários com maior número de acidentes, existam dezenas de postos de iluminação pública instalados nesses nós rodoviários que, há mais de um ano, não têm a electricidade ligada?

Vozes do PRD: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Horácio Marçal, para pedir esclarecimentos.

O Sr. Horácio Marçal (CDS): - Sr. Deputado Silva Marques, ouvi com muita atenção a sua intervenção e até fiquei na dúvida se deveria ou não pedir esclarecimentos ... , porque parece que o diálogo foi só entre o PSD e a "alternância". Até fiquei um pouco espantado por ver a generosidade do PSD ao ceder metade do seu tempo ao PS e não sei de que será sintoma essa generosidade, em termos futuros, nesta Assembleia ou até no Governo...

Risos do CDS.

O Sr. Miranda Calha (PS): - Está a adivinhar o futuro!

O Orador: - Relativamente às questões que o Sr. Deputado Silva Marques aqui levantou, devo dizer que, na verdade, Leiria tem muitas carências, mas