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88 I SÉRIE - NÚMERO 4

Aquilo que tenho para lhe dizer é que hoje mão ouvi nada que fosse critica ao Governo - aliás apenas tenho de reconhecer que se V. Ex.ª foi uma sombra no campo técnico e no campo de coragem esteve ao nível de si próprio. É preciso ter coragem para fazendo uma interpelação a um Governo que tem dados para apresentar vir dizer generalidades pois pouco mais adiantou do que isso. A única coisa de que foi capaz foi provocar um enorme distanciamento entre a intervenção que fez e a do Sr. Ministro das Finanças.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - O que V. Ex.ª aqui fez foi pura e simplesmente apresentar generalidades fugir às, questões fixando se apenas na questão da inflação num chavão que ou ontem pela primeira vez é que é o dos dois impostos e um ordenado aliás fica bem ao Partido Socialista fazer de vez em quando umas manobras de diversão e uma inovação que foi a dos fundos salariais de investimento.
Fora isto V. Ex.ª fugiu às questões. O que aqui veio fazer foi
simplesmente assumir a coragem e dal as minhas homenagens -ide vir aqui fazer uma intervenção que competiria ao líder do Partido Socialista que não veio fazer a porque travar uma batalha derrotado à partida e é «muito difícil V. Ex.ª teve a coragem de desempenhar essa tarefa que lhe foi incumbida de defesa do Partido Socialista.

Vozes do PS: - Essa agora.

O Orador: - Aliás esta interpelação veio em má altura VV. Ex.ªs marcaram na há dois meses atrás quando o que os jornais traziam eram anúncios e alvíssaras para encontrar o líder do vosso partido e à vossa acção política.
Quando hoje aqui chegaram VV. Ex.ªs apresentaram se como o aluno que vai a exame e que ma altura do mesmo só estudo um capítulo. Esse aluno tem o secreto desejo de que o professor lhe faça perguntas relacionadas com aquele capítulo que estudou mas quando as perguntas se referem aos outros generaliza e tenta desviar a conversa para aquele capítulo que estudou.
Peço-lhe pois que não fuja à pergunta que lhe vou fazer. Tanto ontem como hoje ouvi críticas sobre a questão da inflação e em relação a esta questão uma das razoes que o Sr Ministro apontou - foi a evolução da procura. Portanto à expansão da procura deveu-se também a inflação.
Gostaria de saber o que o Sr. Deputado João Cravinho faria para refrear essa evolução da procura. Seria refrear os salários? Aumentar os impostos? Refrearia expansão económica? Esta continua a ser a política do Partido Socialista? Então se é o chamado nivelamento por baixo. A nós não nos serve esse figurino! Queremos um nivelamento por cima.

Vozes do PSD: - Muito bem!

A Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Carvalhas.

O Sr. Carlos Carvalhas (PCP): - Sr. Deputado João Cravinho no fundamental estamos de acordo com o quadro que aqui foi traçado pelo Partido Socialista. Parece nos justo e realista e sobre esta questão não vou adiantar-me.

O Sr. Vieira de Castro (PSD): - Sobre essa questão tudo bem!

O Orador: - Também nos parece justa a sua afirmação de que esta economia andará deriva e certa mente que também estará de acordo comigo quando digo que o Governo tem uma estratégia. Ora sobre esta questão coloco lhe a seguinte pergunta qual a diferença no plano estratégico entre o Partido Socialista e o Partido Social Democrata quando o PS acordou na Comissão de Revisão Constítucional uma revisão da parte económica que do ponto de vista estratégico coincide com a estratégica do PSD em elementos fundamentais?

Risos do PSD.

É evidente Sr Deputado João Cravinho que não acompanho aqueles que dizem que entre o PS e o PSD há uma diferença de marketing isto é quanto mais são
semelhantes mais o marketing os procura fazer diferentes. Não acompanhamos isso! Sabemos perfeitamente que o Partido Socialista é democrático e que tem diferenças em relação ao PSD.
A questão que lhe coloco tem a ver com o plano estratégico quando a ossatura económica - definida na Constituição da República - é posta em causa e quando as ameaças do domínio do poder económico sobre o poder político são visíveis com essa negociação.

Vozes do PCP: - Muito bem!

A Sr.ª Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Marques Júnior.

O Sr. Marques Júnior (PRD): - Sr. Deputado (João Cravinho peço desculpa por me meter nesta coisa de iniciados que é esta coisa de economia de inflações de percentagens para um lado è percentagens para outro. De facto cada vez mais esta questão é de iniciados e quem ouvir o Sr. Ministro das Finanças então fica perfeitamente iniciado.
Comparando o que disse o Sr. Ministro das Finanças como que disse o Sr. Deputado João Cravinho penso que o Sr. Deputado João Cravinho foi mais real e concreto. Parece-me evidente que disto tudo há uma coisa que os trabalhadores portugueses e a população em geral sabem é que existe de facto no concreto na mercearia ou no supermercado uma perda de poder de compra.
O Sr. Deputado João Cravinho fez uma afirmação que me deixou verdadeiramente aterrorizado isto talvez por eu não ser um dos iniciados em economia. Disse que tinha havido uma verba de 300 milhões de contos (retirados aos salários. Ouvi bem Sr. Deputado João Cravinho? Pode explicar-me isto por favor.

A Sr.ª Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Guido Rodrigues.

O Sr. Guido Rodrigues (PSD): - Sr. Deputado João Cravinho o teor da sua intervenção foi anormalmente demagógico. Após ter lido e ouvido algumas das suas