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676 I SÉRIE - NÚMERO 20

Região Autónoma da Madeira quanto às receitas porque é de receitas que este debate trata, e há um compromisso com o eleitorado, que não é apenas um chavão, é um compromisso ombro a ombro, compromisso taco a taco, porque espaço é também um problema de insularidade.
Temos sido imaginativos, temos sido insistentes e persistentes, mas não temos sido impertinentes.
Se me permitem um pequeno intervalo calmamente diria que alguém perguntou a um campeão de boxe, como é que ele tinha resistido a tantos combates e tinha sido, na realidade, o grande campeão. E ele disse: basta resistir um segundo mais do que o nosso «adversário»!
Este adversário, no caso presente, está por todas as razões de companheirismo, entre aspas. Nós não somos campeões de nada, mas aprendemos essa receitas nos círculos das ilhas.
Que estas minhas palavras, para a Oposição, nada signifiquem de divisionismo. Na nossa bancada, há cada vez mais vozes de entendimento quanto ao combate que fazemos neste debate.
A título de exemplo, seja-me permitido citar «a ética de Salomão» do Presidente do Grupo Parlamentar do PSD, deputado Montalvão Machado; seja-me permitido citar o saber ouvir e o saber fazer, o fair play do deputado Rui Machete; seja-me permitido citar a capacidade de diálogo do deputado f Mário Raposo; seja-me permitido citar a imaginação, a inovação a capacidade prospectiva que foi trazida a esta Assembleia pelo deputado Pedro Roseta; seja-me permitido citar o irrequietismo por vezes manifestado pelo deputado Carlos Coelho e pela Juventude Social Democrata; seja-me permitido citar ainda um ministro exigente que fala de obra feita que se vê; seja-me permitido citar um Secretário de Estado que diz que são inteligentes as propostas vindas dos deputados da Região Autónoma da Madeira.
Srs. Deputados da Oposição, não aproveitem qualquer expressão de divisionismo. É porque, como se diz em gíria coimbrã - cidade onde muitos de nós estudámos - «inter amigos nom habere geringonças»!

Risos.

Há um defeito que as autonomias têm e que eu denuncio: é que em política é extremamente perigoso ter razão demasiado cedo. Terá sido o caso das autonomias da Madeira e dos Açores.
De qualquer modo, passará a vermelho a luz avisadora dos tempos disponíveis e não disporei de tempo para concluir a exposição.
Seja como for, por falta de andamento a nossa exposição ficará «coxa» neste momento. Mas antes coxa do que mentirosa, porque «mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo» e o que dissemos não é mentira.
Apesar de tudo, em relação a esta proposta de aditamento, ficamos não com esperança - a esperança é muito lírica quando se trata de números e de cifras -, mas com uma expectativa. E como executivo que também fui, não digo talvez.
Entretanto, reassumiu a Presidência o Sr. Presidente Vítor Crespo.

O Sr. Presidente: - Para uma interpelação à Mesa, tem a palavra o Sr. Deputado Nogueira de Brito.

O Sr. Nogueira de Brito (CDS): - Sr. Presidente, com este entusiasmo madeirense, verifiquei que a Mesa não pôs à votação uma proposta de aditamento aos n.ºs 3 e 4 do artigo 44.º, apresentada pelo CDS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, votá-la-emos.

O Sr. Vieira de Castro (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra para um pedido de esclarecimento ao Sr. Deputado Carlos Lelis.

Risos.

O Sr. Presidente: - Embora faça parte do mesmo grupo parlamentar, julgo que nada impede que peça esclarecimento.
Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Vieira de Castro (PSD): - Sr. Presidente, peco-lhe imensa desculpa pois a figura regimental que invoquei não seria, com certeza, a do pedido de esclarecimento. Assim, peco-lhe que faça o favor de considerar que vou fazer uma intervenção sobre esta proposta de aditamento.

O Sr. Presidente: - Então, tem a palavra para uma intervenção, Sr. Deputado Vieira de Castro.

O Sr. Vieira de Castro (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Estive de acordo com tudo o que disse o meu colega e particular amigo, Sr. Deputado Carlos Lelis.
A única divergência que poderá ter-se registado, e que não tem nenhuma importância, diz respeito ao tempo gasto pelo Sr. Deputado para apresentar a proposta que terá excedido em dois ou três minutos o que, porventura, teria sido necessário.
Enfim, dado que ainda há muitas outras propostas para apresentarmos e debatermos, vamos ter que fazer uma gestão do tempo ainda mais rigorosa. Mas como o Governo tem vindo a ensinar-nos a gerir tudo rigorosamente, o tempo também o será.
Acerca desta proposta de aditamento, diria que se relaciona com o problema da situação financeira das regiões autónomas. Ora, é intenção do Governo produzir legislação específica, a muito curto prazo, sobre esta matéria, pelo que - e só por isso - entendemos que esta proposta não deverá ter o nosso voto favorável, porquanto este e outros problemas serão tratados noutra iniciativa legislativa.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Gameiro dos Santos

O Sr. Carneiros dos Santos (PS): - Sr. Presidente, não é para uma intervenção; tinha-me escrito para um pedido de esclarecimento ao Sr. Deputado Carlos Lelis.

O Sr. Presidente: - Tem, então a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Gameiro dos Santos (PS): - Sr. Deputado Carlos Lelis, gostei muito de o ouvir e queria dizer-lhe que o Partido Socialista votará favoravelmente a proposta de aditamento que acabou de apresentar.
A dado passo da sua intervenção, V. Ex.ª referiu