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4292 I SÉRIE - NÚMERO 87

O Sr. Vilela Araújo(PSD): - Sr.ª Deputada Isabel Espada, não resisto em recordar-lhe o início da intervenção do meu colega Luís Filipe Menezes.
V. Ex.ª começou a sua intervenção - recordando-nos que no próximo dia 18 o Governo, a sua política é o PSD seriam confrontados com o povo português. Nós estamos tranquilos e serenos, e essa tranquilidade e serenidade, não à vejo há partido de V. Ex.ª que foi obrigado à esconder se por detrás de outro símbolo para concorrer a essas eleições.

Aplausos do PSD é protestos do PRD.

Durante a sua intervenção, falou várias vezes na carência de enfermeiros de saúde pública em Portugal. Saberá V. Ex.ª, o que fez este Governo para tentar supria essa carência e algumas das dificuldades que invocou, nomeadamente a da deslocação? Saberá V. Ex.ª que, até Dezembro do ano passado, apenas em três das cerca de trinta escolas de enfermagem do País se seleccionava, à especialização em enfermagem e que, a partir de Dezembro, essa possibilidade se tornou extensiva a essas trinta escolas? De facto, penso que V. Ex.ª apenas veio aqui debitar um discurso; que está completamente desactualizado.
Pergunto-lhe, pois, se conhece esta diferenciação altamente qualitativa da possibilidade de formar especialistas em Portugal.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - para pedir esclarecimentos tem a palavra o Sr. Deputado Joaquim Marques.

O Sr. Joaquim Marques(PSD): - Sr.ª Deputada Isabel Espada, esta interpelação que hoje, aqui fazemos ao Governo, por iniciativa do PRD, é sobre política geral e incide, especialmente, na área da segurança social - está a incidir pouco - e na área da saúde.
Mas antes de ser, digamos, uma interpelação sobre segurança social e a saúde é uma interpelação de carácter geral. De factor não resisto a pensar alto aquilo que pensei quando estive a analisar o porquê desta interpelação do PRD, neste momento. Com efeito, o PRD , em termo dos próximos actos eleitorais, de eleições para o Parlamento Europeu, reservou-se o papel de uma vela apagada e não mais do que isso.
Mas, mais do que isso ainda, em termos de campanha para as eleições autárquicas e em termos de candidaturas autárquicas, o papel do PRD vai ser o de lâmpada fundida.

Risos.

...porque, de facto, é isso que acontece, é isso que resulta de notícias que vêm a público não desmentidas.

O Sr. Herculano Pombo (Os Verdes): - Então e a saúde dos portugueses?

O Orador: - O Sr. Deputado Herculano Pombo e o seu partido também estão a fazer e têm feito o papel de lâmpada fundida.

Risos.

O Sr. Herculano Pombo(Os Verdes): - O País está às escuras!

O Orador: - Está sim, Sr. Deputado Herculano Pombo!
Portanto, o PRD, nos últimos tempos, e em termos de intervenção política na sociedade portuguesa, reservou-se este papel: ou vela apagada ou lâmpada fundida. Por isso, interrogou-se e certamente alguns militantes interrogam-se: «O que é que fazemos agora se na campanha para as eleições europeias não vamos aparecer, nas campanhas para as autárquicas está prometido que não vamos aparecer...».Bom, juntaram-se, leram o Regimento e disseram: «Interpelamos o Governo!», dentro daquela lógica de que «interpelo logo existo!»

Risos.

Bom, e assim é! Estamos a fazer uma interpelação, é a terceira ou quarta vez que o PRD chama à colação nesta Gamara e interpela.
É pena que o PRD, que de acordo com a sua dimensão, parlamentar e desacordo com o Regimento da Assembleia da República tem relativamente poucas oportunidades de intervir, gaste as suas oportunidades em coisas desta natureza, porque isto não é mais do que uma mera repetição.
De qualquer forma, gostaria de lembrar à Sr.ª Deputada Isabel Espada que até há muito pouco tempo a farmácias - e eram os utentes os prejudicados - não tinham normalmente as contas regularizadas com o sistema de saúde, porque não havia, digamos,- uma gestão, cuidadosa desses dinheiros. E nessa altura os Srs. Deputados da Oposição e toda a população, em geral, criticavam que isso estivesse a acontecer. Agora, que esta situação está regularizada, a Sr.ª Deputada Isabel Espada critica porque essa situação está regularizada.
Sr.ª Deputada, V. Ex.ª, é favorável a que se retorne a três ou quatro anos atrás, de forma, a que os pagamentos a que as farmácias têm direito voltem a andar atrasados?

O Sr. Vidigal Amaro (PCP): - O Sr. Deputado está a criticar o Ministério da Saúde!

O Orador: - O Sr. Deputado Vidigal Amaro também tem o seu tempo, e tem-no não só aqui como também na Portela, na assembleia municipal. Agora estamos na Assembleia da República. Está bem?!

O Sr. Vidigal Amaro (PCP): - Mas o Sr. Deputado fez uma crítica ao Ministério da Saúde!

O Orador: - Por outro lado, a Sr.ª Deputada leu uns números de umas estatísticas da CEE relativamente aos valores gastos com a segurança social e a saúde em termos de produto interno bruto, mas apenas leu. E o que é que não os interpretou? Se tivesse interpretado - e isso é que é indispensável, temos de lê-los para, sobretudo, interpretá-los, não podemos ler por ler - verificaria que a classificação de despesas com a saúde e a segurança social, que normalmente constam dos países membros das Comunidades, é sensivelmente diferente da classificação dessas despesas e da respectiva relação com o produto interno bruto em Portugal. Por outro lado, Sr.ª Deputada, de formos fazer as contas correctamente, verificamos que, neste momento, a percentagem de despesas relativamente ao