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5276 I SÉRIE - NÚMERO 109

Em segundo lugar quero agradecer as palavras de solidariedade que me foram transmitidas.
Quero ainda solidarizar me com o Sr. Presidente da República que apesar de estar a passar um transe muito difícil porque é muito difícil separar o que vai na alma e fazer o que obriga a, razão do Estado soube cumprir exemplarmente o seu papel de chefe supremo do País numa visita que era do interesse de todos os Portugueses. Estas palavras são devidas principalmente porquanto sabemos como soube representar melhor do que ninguém os interesses fundamentais que neste momento preocupam a vida política de Portugal.
Ao Sr Deputado Rui Gomes da Silva não há palavras que cheguem para lhe agradecer. Realmente só a comoção e lágrimas são possíveis para com um homem que tire de qualquer queimadura e tendo sido o primeiro a saltar para fora do avião arrisca a sua própria vida ao voltar a entrar no aparelho já em chamas queimando-se a si próprio em quase dávida de corpo e alma num acto de solidariedade para com os seus colegas. Bem haja ao Rui Gomes da Silva.
É bom que esse exemplo de solidariedade humana e cristã de um homem que soube sobrepor à sua própria vida, a vida dos seus colegas possa ser vivido por esta Assembleia.
Em terceiro lugar quero dizer que todos esses deputados estavam a cumprir uma missão da Assembleia da Republica como representantes do País num processo de trazer a paz para Angola. O Governo já o reconheceu e não vale a pena fazer criticas acerca do que o Governo fez antes e depois fiquem é que proibiu ou não quem e que permitiu ou não quem é que mandou ou não comissões pois o que interessa é que Portugal - o Portugal de sempre na África - esteja à altura das suas responsabilidades e através dos seus legítimos representantes saiba cumprir o seu papel de verdadeiro interprete e dialogante para com os povos cuja História é comum.
Nogueira de Brito Gomes da Silva João Soares todos os outros que se encontravam no Congresso da Jamba não foram representar os seus partidos amas sim o Pais num esforço incansável de trazer a paz para Angola para África Austral. Assim está neste momento a sofrer pelo que lutaram isto é por um serviço prestado a Portugal a Angola e à causa da paz mundial. Por isso mesmo não podemos aqui entrar nos pequenos diálogos ou seja saber se se tratava de uma missão partidária de uma missão pessoal ou de uma missão mandatada pelo partido. Isto é pequena política isto é politiquice isto é politiqueirice que não interessa a ninguém perante a dádiva do sacrifício de todos esses deputados principalmente daqueles que souberam ser ir o País com o sacrifício da própria vida e que perante o holocausto as chamas não proferiram até agora uma lamúria no sentido de saber se fizeram bem ou mal em ter ido.
Quanto aos inquéritos - porquanto é a comunicação social que os explora - é triste que é a nossa comunicação social não saiba distinguir um relatório provisório de um relator, de um relatório final. Não posso culpar o PSD o relator o presidente da comissão nem a Oposição por estar a dizer não país uma mentira.
Ouvi hoje às 8 horas o noticiário da «Antena 1 depois as 9 horas ouvi outras emissoras e li em alguns jornais que a comunicação social e já tinha conhecimento de conclusões do relatório da Comissão de Inquérito sobre o caso do ministro Miguel Cadilhe.
A Assembleia* da Republica e os seus deputados não tem culpa que os membros da comunicação social não saibam informar devidamente o País dizendo que esta é uma proposta do relatório que não corresponde à vontade da Assembleia mas unicamente ao do seu relator. Assinei o comunicado exactamente como uma critica àquilo que está a ser transmitido ao país para branquear a figura do ministro Cadilhe. Não sei porque a sentença ainda não está, dada a decisão ainda não está tomada e o acórdão não esta feito o que vira a ser aprovado. A maioria pode fazer passar o que quer será a maioria de consciência de cada um dos deputa dos que a essa decisão estará vinculado. Graças a Deus estes deputados são nossos terão que responder pelos seus actos políticos através da sua vida política pelo país fora perante o seu eleitorado os seus amigos e perante todos os que lerem os nomes. Daqueles que o absolverem ou o condenarem injustamente e por isso mesmo não farei hoje qualquer juízo de valor. Numa entrevista dada ontem a um semanário eu disse que o CDS ia propor no principio do ano político a publicação através da Assembleia da Republica de todos os inquéritos como e fez em relação aos chamados Livros Negros do Fascismo. Nós faremos os Livros Brancos da Democracia. E, com o mesmo dinheiro gasto em Livros Negros do Fascismo vamos tomar a deliberação de publicar todos os documentos todas as intervenções e tudo aquilo que foi dito no livro para que a opinião publica saiba se o relatório e os votos correspondem àquilo que está e foi apurado pelas comissões.
É a transparência como se faz em todos os países e por isso mesmo proporemos esta deliberação. Assim ninguém terá de temer juízos de alguém. A única coisa a temer são os juízos da opinião publica mas a Assembleia da Republica saíra reforçada no seu prestigio.
Era isto que queria dizer. Bem haja por tudo pelas palavras ditas em relação ao meu colega de bancada e o vosso colega de sempre Nogueira de Brito.

O Sr. Montalvão Machado (PSD): - Sr. Presidente peço a palavra para pedir esclarecimentos ao Sr. Deputado Narana Coissoró.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado pedir esclarecimentos é pouco ortodoxo. O Sr. Deputado pode usar a figura da defesa da honra e consideraçâo da bancada

O Sr. Montalvão Machado (PSD) - Com certeza Sr. Presidente: vou então usar a figura da defesa da honra e consideraçâo da bancada embora não seja meu costume fazê-lo.
Sr. Deputado Narana Coissoró ouvi o com toda atenção, que o Sr. Deputado merece ouvi as suas palavras como idas de inicio as suas palavras de agradecimento ao meu colega de bancada. No entanto a ultima parte da sua intervenção provocou-me um choque que me levou a perguntar a mim próprio se o Sr. Deputado Narana Coissoró era o que estava no exercício da palavra ou se era o que assinou este comunicado distribuído á comunicação social no qual se faz que o pretenso relatório da Comissão de Inquérito ao Ministério das Finanças ontem divulgado á comunicação social numa intolerável operação de propaganda política destinada a branquear o Sr. Ministro das Finanças é da exclusiva responsabilidade do PSD