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110 I SÉRIE - NÚMERO 3

O Sr. Octávio Teixeira(PCP): - Muito bem!

O Orador: - Para o PCP são estas as razões essenciais que fundamentam o seu voto positivo na moção de censura. Ao sublinhá-las não queremos retirar significado ao que representará uma votação convergente de todos os partidos da oposição embora partindo de análises e de fundamentações parcialmente divergentes o artigo.
O Governo Cavaco Silva e o PSD estão tem queda eleitoral como claramente testemunham as eleições para o Parlamento Europeu e a generalidade das sondagens distanciando-se absolutamente e cada é mais do decore eleitoral de 1987. Apresenta-se-lhe um futuro sombrio para as presidenciais e as legislativas de 1991.
Nas eleições autárquicas estão colocados perante um quadro extremamente desfavorável e isolados dos mais importantes municípios do País não tendo conseguido concretizar com o PS as alianças desejadas e só tendo conseguido concretizar muito poucas com o CDS.
Uma votação unanime de toda a oposição não pode deixa de calar fundo no País pois mesmo sem ter eficácia institucional corresponde a um acto que tem neste momento atrás de si sem qualquer espécie de dúvida a maioria dos portugueses.

O Sr. Octávio Teixeira (PCP): -Muito bem!

O Orador: - O Governo não pode deixar de ter em conta esta situação. Esta situação não pode deixar de ter repercussões no próximo futuro da vida política nacional acelerando o recuo do Governo e incentivando o avanço das forças armadas.
Tudo isto se aplica a incomodidade o nervosismo a crispação o sectarismo e o autoritarismo do Governo do PSD que procuram sair das dificuldades através dos ataques a toda a oposição e sobretudo através da desgraça do espantalho do comunismo como é próprio das forças verdadeiramente de direita.
Paralelamente o Governo e o PSD lançam se na campanha propagandista de promessas e de medidas demagógicas de inaugurações e visitas ministeriais como nas suas campanhas de 1985 e 1987.
O País percebe que o PSD anda á procura do votos perdidos. Só que Cavaco Silva não é Indiana Jonas e os Portugueses perceberam o logro em que caíram em 1987.

Voz es do PCP: - Muito bem!

O Orador: - O debate da moção de censura na Assembleia da República é um episódio da censura popular profunda que se vem desenvolvendo no País nestes últimos anos.
Pela nossa parte procuraremos que repercuta fortalecido essa onda crescente que há-de assegurar a base e a história de uma alternativa democrática.

Aplausos do PCP:

Entretanto assumiu a presidência a Sr.ª Vice Presidente Manuela Aguiar.

A Sr.ª Presidente: - Para pedir esclarecimentos tem a palavra o Sr. Deputado Silva Marques.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente Sr. Deputado Carlos Brito: Quanto a questão do autoritarismo do seu camarada José Luís Judas numa entrevista o seguinte camarada Álvaro Cunhal é das grandes figuras políticas portuguesas pelo menos deste século só serão possíveis mudanças com o ritmo acelerado se elas corresponderem àquilo que nele e as pessoas que influencia que é quase o partido inteiro estiverem em condições de aceitar.
Se calhar com tanta influência nem o Sr. Deputado escapa. É quase o partido inteiro! Isto presumo eu. Não é a minha suspeição da sua autonomia. Este é um dado de reflexão pelo que aguardo uma reflexão da sua parte visto que abordou a importante questão do autoritarismo.
O segundo aspecto a ter com o controlo do poder local por parte do Governo com as privatizações do que é público por parte do Governo e até dar a corrupção.
Sr. Deputado Carlos Brito impressiona sem dúvida porque o seu programa é contra isso as privatizações legais desenvolvidas pelo Governo. A questão que coloco é esta não o impressiona a privatização por parte do seu partido sem qualquer cobertura legal da autarquia de Loures um bem público.

Protestos do PSD.

O que é isso pergunto eu Srs. Deputados de privatizar clandestinamente um bem público. Os Srs. Deputados por favor regressem a legalidade que é bem tempo!
Espero que o recurso do Sr. Deputado Carlos Brito - permita-me este toque de boa disposição - hoje tardio mas apesar de tudo hoje, mas vale mais tarde do que nunca á mitologia americana e o abandono daquela mitologia intragável da Sibéria que já o pronuncio do ...antes do inquérito de Loures.
Enfim Sr. Deputado Carlos Brito vou colocar-lhe uma pergunta em relação á qual gostaria de obter uma resposta clara de V. Ex.ª aliás no desenvolvimento do que foi afirmado em público pelo Sr. Secretário Geral (sem dúvida condenável do ponto de vista e não influencia) acabou de apresentar o mesmo ponto de vista, isto é, considerou que o que é bom para o poder local é bom para o poder nacional o que tem uma certa lógica. A coligação com o PS para Lisboa presume-se-me boa para o País o que sem dúvida dá uma tese que compreendemos coerente.
A pergunta que lhe faço para os senhores tem esperança- a vossa tese seria animada por uma esperança fundada - a alimentar esperanças de fazer coligação de Lisboa para o Governo de Portugal com este Partido Socialista.

Aplausos do PSD.

Entretanto assumiu a presidência o Sr. Presidente Vítor Crespo.

O Sr. Presidente: - Para responder tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Brito.

O SR. Carlos Brito(PCP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Silva Marques: Começo por notar um progresso significativo pelo quadro de perguntas por si formuladas. O Sr. Deputado passou-se de leste para oeste e até passou para Loures. Vê agora até ao nosso país