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336 i SERIE— NUMERO 11

terial da Câmara. Ora, a verdade é que o PCP nunca deuresposta, tendo o Sr. Presidente da Câmara de Loureschegado mesmo a dizer que nAo dava esse esciarecimentoaos vereadores do PSD.

Corn esta minha intervencão apenas pretendo recordar

ao Sr. Deputado Jerónimo de Sousa que os vereadores doPSD foram, tal como os vereadores do PCP, eleitos pelopovo do concelho de Loures e que, portanto, tanto eucomo o men partido temos o direito de saber quais osmontantes que foram utilizados. Por isso, uma das questoes que gostaria de ver esciarecida d a de saber porque

é que ate hoje nunca foi dito qual o montante envolvidonas Festas do Avante, näo so no ano em curso como,

inclusivamente, no ano de 1988.Por outro lado, o Sr. Deputado teve o cuidado de dizer

que o comportarnento por parte da Câmara Municipal deLisboa foi tambdm idntico àqueie que a Câmra deLoures teve. Ora, em relaçao a essa sua afirmaçao possodizer que ate a cedência de terrenos no Alto da Ajuda

foi paga. E posso mesmo indicar a forma como isso

ocorreu: a verba fixada para pagamento da utilizacao

desse espaco era de 21 107 402$, o que correspondia aurn aluguer de longa duraçäo. E porque se tratou de umafesta que teve urna periodicidade de uma sernana, dequinze dias, ou de três dias, a Cãmara teve o cuidado defazer uma reduçao de 75%, o que correspondeu ao pagamento de urna verba de 5000 contos. Inclusivamente,

o PCP queria que isso fosse feito por prestacOes, masdepois fez uma proposta no sentido de pagar por intciro

O montante de 4000 contos pelo aluguer dos terrenos, oque pagou a Câmara Municipal de Lisboa em 22 deMarco de 1988.

Mas you mais longe, Sr. Deputado, pois, inclusivamente, posso dizer quc de toda a cedência de material quefoi feita a Festa do Avante nunca foi pago urn tostãosequer ao MunicIpio de Lisboa. Bern pelo contrãrio!o MunicIpio de Lisboa disponibilizou urn conjunto dcmaterial, desde os mastros, as bandeiras, as cadeiras e asbaias, que normairnente fazem a segurança do recinto,mas quem procedeu ao transporte e a montagem foi oPCP ..., provavelmente foi a Câmara de Loures!

Quando o PCP refere estas questoes esquece outrascoisas porque, de facto, tern uma grande dose de hipocrisia!

Alias, tenho pena de nib ter oportunidade para formular urn pedido de esclarecimento porque tinha muitacoisa para dizer ao Sr. Deputado! Quando V. Ex.a refcreque, inclusivamente, <>, porexemplo, na Câmara de Loures, V. Ex.a devia ter vergonha de fazer esse tipo de afirmacAo, pela simples razibo de que, como o meu colega Pacheco Pereira jd referiu, o sector cia habitaçibo social tinha consignado ccrcade 328 000 contos no orçamento eamarário e no piano deactividades deste ano.

Alias, o Sr. Deputado esqueceu-se de dizer que, porexemplo, para a reparticao dos clandestinos, que 6 urn dos<> sociais que se vive no concelho de Loures— porque näo nos podemos esquecer que vivem mais de110 000 pessoas naquele conceiho em bairros clandestinos —, o montante que estava previsto era de 12 000contos, quando, por exemplo, o ano passado, para a construçAo de urn canil, consignavarn no orcamento e no pianode actividades urna verba de 15 000 contos. Este ano paraa recuperaçibo de urn lago — nibo para a sua construçibo —

em Santo Antonio dos Cavaieiros estava consignada noorçamento e no piano de actividades urna verba de 12 000contos. Esta 6 a <> do Partido Comunista!

Aplausos do PSD.

Entretanto, asswniu a presidência o Sr. Vice-PresidenteFerraz de Abreu.

o Sr. Presidente: — A Mesa pareceu que esta intervençibo do Sr. Deputado foi mais urn pedido de esciarecimento do que, propriarnente, a defesa da honra. Destemodo, se se aceita esta interpretacibo, darei a palavra aoSr. Deputado Silva Marques, pois invocou tambérn adefesa da consideraçao, e so depois o Sr. Deputado JerOnimo de Sousa respondera ao pedido de esciarecimentodo Sr. Deputado JoAo Matos.

Tern a palavra, Sr. Deputado Silva Marques.

o Sr. Silva Marques (PSD): — Sr. Presidente, nãoaceito tomar a paiavra como pedido de esciarecirnento,pois pedi-a para usar do direito regirnental de defesa dahonra.

o Sr. Presidente: —0 Sr. Deputado nibo compreendeuo que en disse e que foi isto: <>.

o Sr. Silva Marques (PSD): — Muito obrigado peloesciarecimento, Sr. Presidente.

De facto, pedi a palavra porque o Sr. Deputado JerOnimo de Sousa disse que eu tinha menosprezado eamesquinhado a sua origern simples,

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Nibo disse nadadisso. 0 Sr. Deputado é que nibo ouve bern!

o Orador: — ... que vinha do meio puro e duro dafábrica

o Sr. JerOnimo de Sousa (PCP): — Eu nibo disse isso!

o Orador: — Esta foi a expressibo que o Sr. Deputadome imputou.

Sr. Deputado, posso discordar e discordo veementemente de V. Ex.a Tenho intervençOes acutilantes, no usoda liberdade de expressibo, contra os senhores, mas nurndebate politico absolutamente frontal. Seria incapaz defazer referências pessoais aos senhores. Alias, pessoalmente devo dizer-lhe que tenho origens humildes, populares, e isso orgulha-me muito.

Em segundo lugar, devo dizer-Ihe que os doutoresnunca me impressionaram, sobretudo Os <>comunistas, embora doutores, a dnica coisa que tm pararesponder aos seus adversários politicos 6 o insulto — hojee aqui mesmo isso se verificou —, pois urn <>nibo encontrou outra forrna de reagir a urn debate politico que ihe era proposto senibo através do insulto.

Sr. Deputado, eu seria o tiltimo a fazer referências asua condicäo ou origem social, pois, acirna de tudo, prezoo debate politico frontal e é isso que, de facto, por yezes, nOs nibo somos capazes de assurnir, mas especialrnente o vosso partido e rnuitos de vOs a titulo pessoal.