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2570 I SÉRIE - NÚMERO 77

cão é correcta, o período de antes da ordem do dia foi, por consenso, prolongado.
No momento em que reassumi a presidência V. Ex.ª estava a formular pedidos de esclarecimento ao Sr. Deputado Mota Torres, ao qual dei depois a palavra para responder.
Depois disso apenas se encontrava inscrito para uma intervenção o Sr. Deputado Júlio Antunes, com a qual terminaria o período de antes da ordem do dia.
Esta foi a informação que me foi transmitida.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Sr. Presidente, sendo assim, peço a palavra para exercer o direito de defesa da honra.

O Sr. Presidente: - Isso é outra coisa.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente, presumo que haverá consenso para que o meu colega de bancada faça de facto uma intervenção.

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Não há consenso, Sr. Deputado!

O Orador: - Se não há consenso, o meu colega não fará uma intervenção.
No entanto, quero dizer que há pouco demos consenso para o prolongamento do período de antes da ordem do dia por mais 15 minutos, para que outros colegas, nomeadamente o Sr. Deputado Mota Torres, fizessem os seus discursos.

or isso, seria lógico que agora houvesse consenso para que o meu colega fizesse uma intervenção, na sequência desse prolongamento.
Mas se não há consenso, o meu colega manterá o pedido de palavra para exercer o direito de defesa da honra.

Vozes do PS: - Claro! Deixem falar!

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Está bem!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, em face de todas as informações que obtive, a melhor solução é dar a palavra ao Sr. Deputado Guilherme Silva para exercer o direito de defesa da honra.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): -Sr. Deputado Mota Torres, as suas referências, tendentes a mostrar o brilho do Sr. Primeiro-Ministro, não podem deixar de ser consideradas ofensivas para mim próprio, quer como natural, quer como deputado pela Região Autónoma da Madeira, como para a minha própria bancada.

O Sr. Mota Torres (PS): - Isso não é verdade!

O Orador: - O Sr. Deputado Mota Torres insiste numa grave confusão.

O Sr. Primeiro-Ministro visitou a Região Autónoma da Madeira, esteve em vários concelhos dessa região e nenhum outro concelho ficou melindrado pelo facto de ele não ter visitado os paços do concelho. Esteve em vários concelhos da Região Autónoma da Madeira, como sabe, e a única câmara que visitou foi a do Funchal, porque foi aí que lhe foi concedida a cidadania honorária.
Portanto, não se percebe por que é que os demais concelhos não tiveram qualquer melindre nessa circunstância e só o de Porto Santo, que é um concelho socialista... O PS inventou, forjando e preparando previamente este incidente,...

O Sr. Silva Marques (PSD): - Muito bem!

O Orador: -... porquanto não formalizou qualquer convite ao Sr. Primeiro-Ministro para visitar os Paços do Concelho de Porto Santo.
Sr. Deputado Mota Torres, peco-lhe imensa desculpa, mas não me parece que seja minimamente razoável a sua posição de que, organizada a visita articuladamente com o Governo da Região Autónoma da Madeira e com outras entidades autárquicas -como sabe, foram feitas visitas a outros concelhos -, essa situação não obrigasse os responsáveis pelas autarquias de Porto Santo a veicularem um convite se efectivamente quisessem e tivessem vontade política de aproveitar o ensejo da presença do Sr. Primeiro-Ministro para tal visita.
Não o fizeram, o que significa que não tinham efectivamente gosto nem vontade política nesse sentido, pelo que, depois, inventaram este incidente, tendente a criar, da parte do Sr. Primeiro-Ministro, qualquer má vontade que não tem nem teve para com Porto Santo. Aliás, isso ficou demonstrado em toda a sua presença quer naquela ilha quer depois na ilha da Madeira.
Repito que, quer no Funchal, quer nos demais concelhos que visitou, não houve qualquer incidente com qualquer outro concelho pelo facto de não ter ido a nenhuma visita aos paços do concelho e à sede da autarquia.
Portanto, quando o Sr. Deputado Mota Torres refere que a comunicação social retractou a visita do Sr. Primeiro-Ministro de forma a revelar que não se tratou de uma visita com interesse e com brilho, devo dizer-lhe que, como V. Ex.ª, leio os mesmo jornais que se publicam na Madeira e não vi em nenhum nada que indiciasse ou mesmo retractasse qualquer incidente ou outro aspecto menor que fizesse com que esta visita não tivesse tido triunfo e êxito.

O Sr. Presidente: - Para responder, se assim o desejar, tem a palavra o Sr. Deputado Mota Torres.

O Sr. Mota Torres (PS): - Sr. Presidente, vou tentar não abusar da paciência da Câmara, porque...

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Já abusou!

O Orador: - Terei abusado, Sr. Deputado, mas foi em nome da seriedade que o fiz, com a condescendência do PSD, a quem já agradeci.
Respondendo ao Sr. Deputado Guilherme Silva, já que não se tratou propriamente de uma defesa da consideração, o que é compreensível porque não o ofendi, quero dizer que, de facto, o Sr. Primeiro-Ministro visitou outros concelhos que não exclusivamente o de Porto Santo. Acontece que o concelho de Porto Santo coincide com um espaço geograficamente limitado, rodeado de mar por todos os lados, pois é uma ilha...

Risos do PSD.