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3276 I SÉRIE - NÚMERO 1101

Governo aqui aprovado ou dos Planos de Desenvolvimento Regional que aqui também foi debatido amplamente que VV. Ex.ªs tanto criticaram porque não tinha havido esclarecimento público.
No fundo, VV. Ex.ª têm medo de verificar que Governo, tendo apresentado as suas promessas eleitorais e não obstante a dificílima situação económica internacional, toda a conjuntura tremendamente desfavorável - que, naturalmente, temos seus profundos reflexos na nossa economia - , está a conseguir cumprir com as sua promessas eleitorais e aqui preto no branco, na carta do Sr.
Primeiro-Ministro ela é apresentada aos portugueses.
VV. Ex.ª não querem que os portugueses estejam informados e se houve propaganda da carta, não foi feita pelo Governo mas pelos partidos da oposição quando dela começaram a falar tentando esconder aquilo que ela diz que é concreto e só vem provar que esse barco papel que V. Ex.ª acabou de fazer mostra bem o que é vossa ideologia uma ideologia de barco de papel que vai ao fundo na primeira, onda.

Aplausos ao PSD

O Sr. João Amaral (PCP): - O barco de papel é para meter o homem do leme!

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado João Amaral.

O Sr. João Amaral (PCP): - Sr. Presidente Sr Deputado Rui Carp. creio que ninguém conseguiria nem consegue bater o Sr. Presidente Isaltino Morais na capacidade que tem de fazer propaganda de si próprio. Portanto não vamos debater aqui essa questão!
Mas já que utilizou exemplos concretos vou responder-lhe com questões concretas, sendo a primeira a seguinte: o Sr. Deputado fala em prestar contas efectivamente, nesta fase final do seu mandato as câmaras de todos os partidos prestam contas do mandato que fizeram. O Governo, Sr. Deputado Rui Carp. com esta carta que aqui tenho em forma de barco para o homem do leme viajar não está a prestar contas, mas a fazer propaganda do chamado «Ganhar o futuro» e do rumo do Sr. Deputado Cavaco Silva. O que o Governo está a fazer, com esta carta é propaganda de um futuro que ele diz que há-de ser assim quando no presente a prestação de contas que podia fazer é de uma situação desastrosa do ponto de vista social, de um agravamento da crise económica permanente e de um processo de degradação da democracia
De facto, quanto a prestar contas1, o Governo vai muito mal. Quanto a fazer propaganda de um futuro imaginário para ganhar votos agora, tem a carta publicada nos jornais.

Vozes do PCP: - Muito bem!

Para uma intervenção tem a palavra o Sr. Deputado Rui Rio.

O Sr Rui Rio (PSD) - Sr Presidente, Srs. Deputados: O país tem assistido recentemente , ao particular ênfase que o Partido Socialista tem vindo a dar à política cambial que o Governo tem defendido e à situação do desemprego em Portugal.
São obviamente dois temas de inegável importância no panorama sócio-económico nacional e que por isso obtêm sempre grande conjunto de opinião política portuguesa.
É pois no sentido de repor algumas verdades sobre estas matérias que julgo ser de momento importante referir alguns breves reparos ao mundo do que sobre isto se tem dito.
No que concerne à política cambial por mais incrível que possa parecer, o Partido Socialista continua a pedir a desvalorização do escudo no quadro Sistema Monetário Europeu.
Para lá da falta de, imaginação o sistemático discurso no sentido da depreciação demonstra que se o PS fosse governo estava disposto timidamente a enveredar pelas solução mais simples, que é o mesmo que dizer, estava disposto a adiar o país.
Numa clara obsessão pela peseta o principal partido da oposição tem vindo a fazer cavalo, de batalha da relação da nossa moeda com a moeda espanhola. Se é verdade, que a peseta durante um longo tempo desvalorizou, também não é menos verdade que se confrontarmos o escudo com o marco responsável por 17% do comercio externo veremos que este se valorizou cerca de 15% desde Dezembro de 1991e que face ao conjunto das principais divisas mundiais, representativas de 95% do nosso comércio externo, o escudo desvalorizou, neste mesmo período cerca de 8%.
São números que não deixam margem para dúvidas, da

Acertada como tem sido seguida uma linha de rumo perfeitamente correcta. É difícil equilíbrio entre paridade com a peseta e a paridade com todas as outras divisas de capital importância para a nossa economia. Aliás mesmo num confronto com um cabaz de moedas instituído precisamente pelas três moedas que mais desvalorizaram a peseta a libra e a lira, chega-se à conclusão que a nossa moeda apenas se valorizou cerca de 35% desde 1991.
É todo este equilíbrio que tem ditado a estabilidade cambial da nossa moeda e a luta contra a inflação factores realmente decisivos para evitar o agravamento expressivo da nossa situação económica.
É pois precisamente neste quadro que a proposta socialista se cinge a desvalorizar ainda mais, numa clara política de adiamento ou seja um inequívoco facilitar do dia de hoje esquecendo o amanhã. Aliás seria interessante saber o que pensará a juventude portuguesa de propostas desta índole propostas que se calhar tem subjacente a ideia de que Portugal acaba para a semana.
Mas Sr. Presidente ligada a esta questão está também, naturalmente a questão do desemprego.
O PSD tem por diversas vezes afirmado que o considera de vital importância dado as suas fortes implicações sociais e económicas. Basta que haja um problema a resolver. Mas Srs. Deputados numa economia de mercado considera-se atingido o pleno emprego quando a taxa de desemprego se situa abaixo dos 4%.

O Sr. Octávio Teixeira (PCP) - Onde?!
O Orador: - É pois com este facto que temos de contar e não com utopias que nada significam perante a realidade.
Com efeito é verdade que em face da crise internacional que tem influenciado fortemente a nossa economia o desemprego tem tido tendência a aumentar. Só que os aumentos que ele sofreu e que sofrerá nada têm a ver com os números catastróficos que o Partido Socialista tem andado a impingir aos portugueses.
A falta de credibilidade do PS nesta matéria é bem patente quando o seu Secretário-geral afirma em Plenário
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