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9 DE NOVEMBRO DE 1996 13

vestimento feito em 1996, já por este Governo, foi muito Por isso, regozijamo-nos com a instalação da linha significativo em termos de equipamento. Para esse efei- férrea na travessia do Tejo, mas perguntamos se, afinal, to, no Porto, reforçámos a verba para equipamento em este investimento apenas vai servir como linha suburba-160 000 contos e esse esforço terá de ser prosseguido no na, de ligação de Lisboa à outra margem, continuando, próximo ano, uma vez que estas faculdades têm necessi- como estava previsto, os passageiros da linha do sul a dades muito específicas de equipamento e têm uma ter de fazer o transbordo para outras composições, para relação de docência e de ocupação de espaços a nível de poderem atravessar a ponte sobre o Tejo quando vierem equipamento muito apertada relativamente à relação do Algarve. docente/discente/equipamento. Regozijamo-nos com o anunciado período de pré-

Estamos, portanto, preocupados em colocar as duas candidaturas para o concurso de electrificação e sinali-instituições — a do Porto e a de Lisboa — nas melhores zação da linha do sul, que, numa primeira fase, fechará o condições e, depois, voltar-nos-emos, seguramente, para itinerário de Granéis, entre o porto de Sines/Ermidas-a de Coimbra. Sado/Setil, até à central do Pego e depois também às

minas de Neves Corvo, por ser fundamental para as Aplausos do PS. economias dessas regiões e fazer a integração da política de transportes com a actividade produtiva e transforma-O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, a próxima per- dora em termos competitivos. Mas por isso mesmo pen-

gunta será formulada pelo Sr. Deputado Paulo Neves, do samos que seria de continuar o investimento e adequá-Grupo Parlamentar do Partido Socialista, e refere-se aos lo, para ser rentabilizado, no transporte de passageiros investimentos a realizar na rede ferroviária da linha do até Faro. Caso contrário, pergunto: que composições sul e regional do Algarve. Será respondida pelo Sr. usaremos de Lisboa até Ermidas e no restante percurso Secretário de Estado dos Transportes. até Faro? Serão composições a Diesel ou eléctricas, com

Para formular a sua pergunta, tem a palavra o Sr. composições tradicionais ou introduzem-se os comboios Deputado Paulo Neves. pendulares, de forma a permitir fazer ainda a ligação à

cidade do Porto? O Sr. Paulo Neves (PS): — Sr. Presidente, Sr. Para terminar e sobre a linha regional do Algarve,

Secretário de Estado dos Transportes, mais vezes do que Lagos/Tunes e Faro/Vila Real de Santo António, é im-seria desejável, identificámos a política de transportes portante saber se este Governo já decidiu sobre a opção com as infra-estruturas rodoviárias. Esta situação só que vai tomar: manter a circular as composições adqui-encontra justificação pelo protagonismo que, nesta área, ridas na década de 50, com as locomotivas mais antigas sempre se quis evidenciar no passado. Protagonismo da CP que, para atingir a velocidade máxima, levam excessivo que levou à estagnação na definição de uma quase 10 minutos, consumindo três vezes mais combus-verdadeira política integrada de transportes, que incluís- tível do que as mais recentes e com uma manutenção se as vertentes ferroviária e portuária e que contribuísse, que custa 10 vezes mais, ou pensa também aqui investir efectivamente, para um desenvolvimento sustentado da para rentabilizar a exploração do módulo ferroviário. economia dos transportes e das regiões do nosso país. Estou certo de que também aqui se cumprirá o objec-

De entre todos, foram os investimentos nas infra- tivo de optar pela modernização do serviço, como até estruturas e na exploração dos serviços ferroviários do agora tem sido opção política deste Governo. sul do País que mereceram um maior esquecimento e abandono, fazendo com que, hoje, seja necessário um Vozes do PS: — Muito bem! esforço muito superior para se vencer o atraso estrutural de décadas neste sector e para que se adeqúe às necessi- O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o dades actuais de transportes de mercadorias e de passa- Sr. Secretário de Estado dos Transportes. geiros em termos competitivos com outros meios de transporte. O Sr. Secretário de Estado dos Transportes (Gui-

Sr. Secretário de Estado, a rede principal dos cami- lhermino Rodrigues): — Sr. Presidente, Sr. Deputado nhos-de-ferro portugueses liga, a sul, a cidade do Barrei- Paulo Neves, dado o número de questões ser bastante ro a Évora e a Faro, onde se desenvolvem redes com- vasto e ter apenas 3 minutos para responder, vou tentar plementares e secundárias de interesse regional, em que fazê-lo telegraficamente. os investimentos públicos se tornam fulcrais e são Começo por referir que a linha do sul, actualmente urgentes, para que se atenue o desequilíbrio manifesto entendida, é a linha Barreiro/Tunes/Faro e engloba tam-da quota de mercado dos transportes ferroviários com o bém, numa parte do seu percurso, o itinerário dos Gra-módulo rodoviário, que, neste momento, já significa néis, que é fundamentalmente dedicado ao transporte de mais de 90% no transporte de passageiros e 70% na mercadorias. captação do transporte de mercadorias no nosso país. No que diz respeito aos investimentos da linha do

Sendo que o esforço do PIDDAC, na área da ferro- sul, diria que eles são neste momento fundamentalmente via, irá somar, em 1996 e 1997, mais de 250 milhões de motivados e canalizados para um troço comum da rede contos, é fundamental saber que acções, que prioridades dos Granéis, que é a linha dedicada a passageiros, e irão ser tomadas para recuperar a competitividade em visam no essencial a modernização do troço entre Pinhal segurança e conforto da exploração comercial ferroviá- Novo e Funcheira. Neste momento, os investimentos ria do sul do Tejo, essencialmente na linha Lisboa/Faro. nesta linha são à volta de 6 milhões de contos e desti-

nam-se fundamentalmente à sua electrificação, sinaliza-