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14 I SÉRIE — NÚMERO 10

ção e telecomunicações, o que permitirá, de alguma ter conseguido responder à parte que tem a ver com a forma, a sua modernização. Este troço, que é comum a linha regional do Algarve exclusivamente. mercadorias e a passageiros, tem uma grande incidência Essa matéria preocupa-me por, de todas, ser, com no serviço prestado tanto a passageiros como a mercado- certeza, aquela que pode apresentar maiores potenciali-rias, mas, neste caso, ele é ainda muito motivado para o dades de desenvolvimento futuro desde que haja inves-transporte de mercadorias na linha dos Granéis, ou seja, timentos, o que até agora, de todo, não têm acontecido, na ligação Sines/Pego e na da Auto Europa/Setúbal e em favor da região e das linhas Lagos/Tunes e, depois, também das Minas de Moncorvo para Setúbal. Faro/Vila Real de Santo António. Nesse sentido, Sr.

Assim, neste momento os investimentos são canali- Secretário de Estado, vou dar apenas dois ou três exem-zados para aqui exactamente pela sua incidência nos plos na área das mercadorias, do que a CP perde, neste dois segmentos, tanto no de passageiros como no de momento, no Algarve por falta de investimento clara-mercadorias. mente associado a esta questão.

Outra questão que me é colocada tem a ver com a li- Das minas de sal-gema, em Loulé, saem precisamen-nha Norte/Sul, o eixo Norte/Sul. Ora bem, o que está te cerca de 20 camiões TIR/dia, que não usam a linha previsto a prazo é que a linha do sul seja feita entre férrea por não haver esse investimento do ramal até às Lisboa/Rêgo e Faro, integrando nesta parte o troço do minas. eixo ferroviário Norte/Sul que está actualmente em Uma empresa cimenteira, a CIMPOR, importa o construção. Ainda não há decisões definitivas sobre esta combustível, carvão neste caso, da África do Sul, que matéria, mas o previsto é que, para que isto possa ser vai até Sines, por via marítima, mas, depois, irá aprovei-competitivo, ou seja para que a ligação ao Algarve, a tar os investimentos que estão a ser feitos no porto de partir do centro de Lisboa, possa ser competitiva com os Portimão, não indo utilizar, outra vez, a ferrovia. módulos de transporte concorrentes, o avião e o autocar- O aeroporto de Faro é mais um caso evidente. Sai, ro, o percurso deverá ser feito em duas horas e meia/três pelo menos, um barco de dois em dois dias do porto de horas. Sines para abastecer o depósito de combustível em Faro,

Nesta margem pensamos que há competitividade da que, depois, abastecerá o aeroporto de Faro. Penso que a ferrovia em relação aos módulos de transporte e que esta área das mercadorias é uma área fundamental, que o Sr. poderá vir a captar tráfegos. Há já investimentos que Secretário de Estado aproveitou para integrar, em rela-estão a decorrer, fundamentalmente no eixo Norte/Sul, ção ao circuito dos transportes de granel, e que, por isso, no valor de 60 milhões de contos para o próximo ano, justifica a electrificação, precisamente, do porto de Si-que, no fundo, são 25 milhões de contos para o reforço nes, Neves Corvo e Setil. Portanto, penso que aqui é da ponte 25 de Abril e 35 milhões de contos para as importante em termos de desenvolvimento. obras complementares. Em termos de passageiros, dou só dois exemplos, Sr.

Portanto, a prazo, prevê-se que o trajecto Lis- Secretário de Estado: a linha entre Faro e Olhão e as boa/Algarve possa ser feito em duas horas e meia/três paragens. Neste momento, vou dar-lhe o exemplo do horas. No entanto, ainda não está totalmente definido o apeadeiro de Alvalede. No princípio do século os com-tipo de material circulante a utilizar, mas uma das hipó- boios da CP paravam em Alvalede, localidade habitada; teses, que pode vir a minimizar o investimento, é a utili- neste momento, tal não se justifica porque aí não vive zação de pendulação activa,… rigorosamente ninguém. Por outro lado, quanto à linha

entre Faro e Olhão, há 30 autocarros por dia mas a CP O Sr. Presidente: — Sr. Secretário de Estado, peço- tem um comboio às 17 horas e 30 minutos, que não se

lhe que termine, pois já ultrapassou o tempo regimental. coaduna com as necessidades das populações. O Orador: — … que também permitirá fazer a liga- O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): — Bem lembrado!

ção directa Porto/Algarve com os mesmos tipos de com- boios. O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos adi-

cionais, por tempo não superior a 1 minuto, tem a pala-O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Secretário vra o Sr. Deputado Macário Correia.

de Estado. V. Ex.ª terá oportunidade de completar a resposta aquando das respostas aos Srs. Deputados Pau- O Sr. Macário Correia (PSD): — Sr. Presidente, Sr. lo Neves, Macário Correia, Nuno Abecasis, José Calça- Secretário de Estado dos Transportes, num minuto, da e Agostinho Moleiro, que se inscreveram para pedir colocar-lhe-ei duas perguntas breves. A primeira pren-esclarecimentos adicionais. de-se com uma preocupação relativa à ligação Lis-

Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Neves, que dis- boa/Algarve que, apesar de relacionada com o Ministé-põe, para o efeito, de 2 minutos. rio a que pertence, não será da sua tutela directa. Hoje,

tendo sido suscitada a questão do caminho-de-ferro, é O Sr. Paulo Neves (PS): — Sr. Presidente, Sr. também ocasião para formular um pedido de esclareci-

Secretário de Estado dos Transportes, aproveito a opor- mento a propósito da ligação rodoviária. tunidade da sua presença aqui no Hemiciclo porque, Este ano, três membros do Governo pronunciaram-se como Deputado eleito pelo círculo eleitoral de Faro, de modo distinto acerca da data em que ficará concluída como é óbvio, não posso deixar passar o facto de o Sr. essa ligação por auto-estrada: um falou em 1999, outro, Secretário de Estado, por falta de tempo evidente, não no ano 2000 e, outro ainda, referiu-se a uma data ante-