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9 DE NOVEMBRO DE 1996 15

rior. Ora, fiquei sem saber quando tal ocorreria porque fície ou que podem fechar», ou seja, trata-se daquelas não sei qual deles fala verdade. que podem fechar se não forem exploradas de outra

Depois, em relação à ferrovia, ouvi alguns autarcas e maneira, e, finalmente, «linhas a manter», e estamos especialistas em transportes pronunciarem-se sobre uma perante um erro porque deveria ser «linha a manter». opção técnica mas gostava de conhecer a opinião do Sr. Secretário de Estado, isto é intolerável. O Alente-Governo a respeito da viabilidade ou não do metro ligei- jo não pode existir em termos ferroviários só porque, ao ro de superfície, aproveitando a infra-estrutura ferroviá- sul, por força da tal deriva, se encontra o Algarve, o que ria remodelada que, no troço central do Algarve tem deixo à sua consideração. maior utilização urbana, ou seja, entre Faro, Olhão e Tavira e, eventualmente, Albufeira. O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos adi-

cionais, por tempo não superior a 1 minuto, tem a pala-O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos adi- vra o Sr. Deputado Agostinho Moleiro.

cionais, por tempo não superior a 1 minuto, tem a pala- vra o Sr. Deputado Nuno Abecasis. O Sr. Agostinho Moleiro (PS): — Sr. Presidente, Sr.

Secretário de Estado dos Transportes, qual o seu enten-O Sr. Nuno Abecasis (CDS-PP): — Sr. Presidente, dimento face à hipótese de, paralelamente à melhoria da

Sr. Secretário de Estado, o Sr. Deputado Paulo Neves linha do sul, ser também incrementada a linha que passa colocou marginalmente uma questão sobre a manuten- pelo interior alentejano, nomeadamente a que vai do ção de locomotivas. Isso trouxe-me à ideia uma estrutura Barreiro a Vendas Novas, Casa Branca, Beja e Funchei-importantíssima existente no Barreiro com aptidão tec- ra? É evidente que esta linha serve o interior dos dois nológica muito evoluída que, tanto quanto soube, estava distritos mais ao sul do Alentejo, Évora e Beja, bem em curso de desactivação. Sucede, porém, que essa como as minas Neves Corvo, em alternativa. oficina faz a manutenção de locomotivas exactamente Um outro aspecto a que quero referir-me e que me iguais às do caminho-de-ferro de Angola e de Moçam- foi transmitido pelos utentes alentejanos diz respeito à bique. Sempre me pareceu que podia ser uma instalação falta de coordenação entre o horário dos barcos e dos preciosa para a cooperação desejável entre a CP e os comboios ou vice-versa. Também importa falar na qua-caminhos-de-ferro de Moçambique e de Angola, até lidade das carruagens do intercidades que, de facto, como reforço da viabilização da CP mas com vantagens divergem pouco, excepto no preço, das do inter-regional evidentes e muito reais em termos de cooperação para o e, finalmente, da insegurança sobretudo nos comboios desenvolvimento dos caminhos-de-ferro em África. nocturnos em relação aos idosos e às mulheres.

Sabe o Sr. Secretário de Estado se essa hipótese foi Por último e porque a Administração anterior se es-encarada ou se, mais uma vez, vai desactivar-se um queceu, deixando-as degradarem-se, quero referir-me às activo de altíssimo valor nacional e até internacional? chamadas casas de guarda, casas de passagem de nível,

que foram abandonadas e que, como património nacio-O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos adi- nal, deviam ter sido conservadas. Espero que este Go-

cionais, por tempo não superior a 1 minuto, tem a pala- verno o faça, uma vez que o anterior não o soube fazer. vra o Sr. Deputado José Calçada. Trata-se de património nacional pelo que é preciso de-

volvê-lo às populações, o que poderá ser conseguido O Sr. José Calçada (PCP): — Sr. Presidente, Sr. através de uma acção social que pode ser fundamental.

Secretário de Estado dos Transportes, estas coisas da rodovia e, particularmente, da ferrovia no que concerne Vozes do PS: — Muito bem! o Alentejo, levam-me sempre a pensar que a natureza e, no fundo, a deriva dos continentes foi extremamente O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o feliz e pródiga para com o Alentejo. Imagine o Sr. Sr. Secretário de Estado dos Transportes. Secretário de Estado que, na deriva dos continentes, o Algarve tinha ficado ao norte do Alentejo, o que, em O Sr. Secretário de Estado dos Transportes: —Sr. bom rigor, em termos de placas tectónicas, não era Presidente, começo por responder ao Sr. Deputado Pau-impossível. Se tal tivesse sucedido, e ainda bem que lo Neves, cujas perguntas respeitantes à linha regional não, Sr. Presidente (quero comungar com a Câmara esta do Algarve coincidem, de certa forma, com as colocadas minha emoção), o Alentejo não possuiria provavelmente pelo Sr. Deputado Macário Correia. Como é sabido, no uma estrada e, então, ferrovias, era coisa que, de todo futuro, a linha do sul passará a constituir uma ligação em todo, para os seus habitantes as conhecerem, teriam entre Lisboa e Faro, o que faz pensar na utilização que de ir, pelo menos, ao Fogueteiro. vão ter os ramos marginais de Tunes para Lagos e de

Esta introdução que, só aparentemente revela bom Faro para Vila Real de Santo António. humor, Sr. Secretário de Estado, serve para perguntar- Actualmente, é verdade que o comboio apresenta, lhe qual é a sua ideia em termos de linhas do sul. Tenho em relação à rodovia, vantagens competitivas em muitos à minha frente um mapa sobre essa matéria, que, suspei- dos trajectos e, nalguns deles até, o percurso em cami-to, até foi publicado num órgão de comunicação social, nho-de-ferro demora metade do tempo gasto pelo auto-onde posso ler, a vermelho, «linhas encerradas no Alen- carro. No entanto, devido à qualidade do serviço presta-tejo», que, apesar de serem muitas, não foram os senho- do pelo caminho-de-ferro, a quota de mercado é baixís-res que as encerraram; a azul, «linhas que podem vir a sima e os comboios são pouco frequentados. ser exploradas por sistemas ligeiros tipo metro de super-