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25 DE SETEMBRO DE 1997 4119

A Sr.ª Maria José Nogueira Pinto (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado José Junqueiro, creio que o embaraço é seu, porque os senhores apenas têm duas coisas: uma boa conjuntura económica e um bom ministro dos assuntos sociais. Não têm mais nada e é sempre isso que aqui trazem, porque, na realidade, nada mais podem trazer.
Em relação à conjuntura, vamos ver quanto tempo ela dura, e o facto de a não puderem estragar já é uma grande vantagem.
Em relação ao ministro, vamos ver se não o cansam, porque, de facto, usam-no muito e gastam-no muito.
Agora, quanto ao resto, felizmente o Sr. Presidente não lhe deu tempo, porque o senhor ia entrar por uma área que é, para nós, de grande vergonha - a da educação - e o senhor sabe isso muito bem.
No que toca às famílias de esquerda, a questão é completamente diferente. Antes de mais, porque elas estão no poder: uma está em Belém, a outra está em São Bento e outra está aqui - estão nos dois «São Bentos».
É óbvio que as guerras entre este triângulo são prejudiciais a Portugal. As guerras que aqui possamos ter, mais domésticas, mais caseiras, não afligem quem quer que seja. Foi por esta razão, Sr. Deputado, que eu trouxe aqui a questão das guerras, porque elas são muito prejudiciais a Portugal e ainda recentemente constituíram um enxovalho para Portugal, que pude presenciar e viver: é a guerra entre as famílias socialistas, que tomaram os três pontos do poder e não sabem agora o que fazer com ele.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, chegámos ao fim das declarações políticas.

Deram entrada na Mesa dois votos, um de pesar e outro de regozijo, que já foram distribuídos. Vamos começar pelo voto de pesar, que foi o primeiro a dar entrada.

Para a sua leitura, tem a palavra o Sr. Secretário.

O Sr. Secretário (Artur Penedos): - Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto n.º 77/VII - De pesar pelo falecimento de membros do Grupo Folclórico da Região do Vouga num acidente, apresentado pelo PSD, é do seguinte teor:
Provenientes de um Festival de Folclore na Bélgica, onde tinham ido representar a cultura popular portuguesa, o autocarro onde seguiam os membros e dirigentes do Grupo Folclórico da Região do Vouga sofreu um brutal acidente de que resultaram 10 mortos e 22 pessoas feridas.
A brutalidade do acidente, ao ceifar a vida de tantas pessoas com uma qualificada e intensa intervenção cultural e cívica na Região, desencadeou uma onda de pesar que extravasou o âmbito local.
O Grupo Folclórico da Região do Vouga tem um sólido percurso de trabalho cultural, de inventariação, recolha e divulgação de música e dança populares e soube mobilizar vontades para erguer uma obra meritória.
Constitui, por isso, destacado exemplo das potencialidades do trabalho associativo na área cultural e é factor indesmentível de progresso, solidariedade e cultura na região.
Da qualidade do trabalho que desenvolve falam os múltiplos e repetidos convites para actuações no País e no estrangeiro.
Tendo ficado de luto a Cultura Nacional, em especial a Cultura Popular e Tradicional, a Assembleia da República manifesta aos seus familiares, ao Grupo
Folclórico da Região do Vouga e à Federação Portuguesa de Folclore o seu mais profundo pesar pelos falecimentos de José Maria Marques, Arlindo Saraiva, Fernando Leal Pereira, Maria Celina Carvalhal, João Pedro Silva Lopes,
João Pedro Silva, José Ferreira Estima, José Joaquim Coelho Almeida, José Maria Moço Costa e José Marcelino Pinto.

A Assembleia da República faz votos de rápido restabelecimento a todos os feridos.

O Sr. Presidente: - Darei a palavra aos grupos parlamentares que a solicitem por três minutos.

Tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Roque Cunha.

O Sr. Jorge Roque Cunha (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Trouxe-nos aqui a obrigação de nos associarmos à dor que se abateu sobre todos depois daquele brutal acidente, em França.
A Assembleia da República, por imperativo de consciência, ao associar-se, está a fazer com que a cultura popular e o trabalho associativo destas pessoas seja enaltecido e, de alguma forma, a incentivar os que ficaram para continuarem o bom trabalho.

Tem a palavra o Sr. Deputado

O Sr. Presidente:

Aníbal Gouveia.

O Sr. Aníbal Gouveia (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Em nome da bancada do PS e como Deputado eleito pelo círculo eleitoral de Aveiro, quero associar-me a este voto de pesar por tão lamentável acidente e perdas de homens que realmente contribuíram, e muito, para a cultura portuguesa e da região do distrito de Aveiro.

Tem a palavra o Sr. Deputado

O Sr. Presidente:

Armelim Amaral.

O Sr. Armelim Amaral (CDS-PP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Quero também, em nome do Partido Popular e em meu nome pessoal, associar-me a este voto de pesar, tanto mais que sou vizinho deles e conheci pessoalmente dois dos falecidos. É tão simples como isto.

Tem a palavra o Sr. Deputado

O Sr. Presidente:

Octávio Teixeira.

O Sr. Octávio Teixeira (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Em nome da bancada do PCP, quero associar-me a este voto de pesar e lamentar que situações destes ocorram, vitimando pessoas que dão tudo por um ideal, no caso concreto tudo faziam em termos da cultura portuguesa, sem terem a perspectiva de com isso obterem proveitos materiais.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Sr. Presidente: - A Mesa também se associa aos votos expressos.

Srs. Deputados, vamos votar o voto n.º 77/VII - De pesar pelo falecimento de membros do Grupo Folclórico da Região do Vouga num acidente.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

A Câmara guardou, de pé, um minuto de silêncio.