O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1152 I SÉRIE - NÚMERO 35

Câmara, já aprendeu a responder sem dar resposta às questões que lhe são colocadas,...

Risos do PCP, do PSP e do CDS- PP .

... o que é um avanço bastante rápido e que se deve assinalar.
Não nos parece que esta solução, à da criação de um organismo próprio para a organização das conferências do festival, seja a miais indicada. Parece-nos que talvez se deveria explorar ás potencialidades do Instituto Português da Juventude. Mas, enfim, admitimos que, á avaliação feita pelo Sr. Secretário de Estado seja mais precisa do que a nossa e que o Instituto Português da Juventude não tenha capacidade para o fazer.
Há, todavia, uma questão que não foi respondida e que tem a ver com a correlação entre estas iniciativas e aquilo que é, e deve ser, a actividade prioritária do Governo e também do Instituto Português dá Juventude na área da juventude.
Isto é, nós temos á opinião - é têmo-la expressado muitas vezes - de que a Secretaria de Estado da Juventude e o Governo dão uma, maior importância às suas iniciativas próprias do que ao apoio ao associativismo, quando, em nossa opinião, devia ser precisamente o contrário. E estamos preocupados, porque nos parece que assim este á no a situação se complica ainda mais. É que, para além desta importância maior às suas próprias iniciativas, também temos uma importância desmesurada das iniciativas internacionais, que são importantes e significativas, não é isto que está em causa, em toda a actividade da Secretária de Estado da Juventude, quer própria, quer, de apoio ao associativismo. E é isto que nos preocupa.

Vozes do PS: - Isso não é verdade!

O Orador: - Portanto, o que quero, ouvir aqui é a garantia clara de que não vai haver prejuízo no apoio ao associativismo; já de si parco...

O Sr. Paulo Neves (PS): - Já foi dada três vezes!

O Orador: - O Sr. Deputado Paulo Neves deve estar a candidatar-se a algum lugar no Governo, pois está a querer responder às perguntas que estou a fazer.

Risos do PCP, do PSD e do CDS-PP.

O que quero saber é se ó apoio ao associativismo, quê já, de si não é de todo satisfatório, não vai ser prejudicado com todo este afã na realização de iniciativas internacionais, que são importantes,- e não é isto que está em causa,...

Vozes do PS: - Mas parece.

O Orador: nem quero que seja arremessada à nossa bancada, nem sequer à Assembleia da República, a ideia de que estamos aqui a desvalorizar a importância destas iniciativas -, mas pensamos que não é por aí que o Sr. Secretário de Estado deve começar mas, sim, pela necessidade de valorizar-se o que é mais importante: õ associativismo juvenil deste país.
Gostaria ainda que me respondesse à questão que há, pouco coloquei, e que vou voltar a colocar, em relação ao envolvimento do movimento associativo na, organização destas iniciativas: Pergunto: as verbas a utilizar para estas iniciativas são estritamente as que estão previstas para as questões internacionais ou vão, utilizar-se verbas de outros departamentos, de outras áreas, com prejuízo obviamente da actividade nelas previstas? Que conteúdo vai o Governo defender nestas iniciativas, porque não é uma questão de somenos importância? Se as iniciativas são importantes e significativas, se se vai decidir e discutir coisas importantes para a juventude mundial, logo para a juventude portuguesa, então por que é que o Governo não, nos diz o que vai defender e o que vai propor nessas iniciativas? Era por aqui que deveríamos ter começado, Sr. Secretário de Estado!
Finalmente, quero dizer que as iniciativas que, se irão realizar terão tanto mais valor quanto maior for a participação do movimento juvenil português e tanto. menor valor quanto maior, for a sua utilização para uma propaganda e visibilidade pública do Governo nesta matéria, à revelia daquilo que são os verdadeiros interesses, dos jovens e do seu movimento juvenil.
Assim, fazemos votos para que - e fiscalizaremos muito de perto, através da Assembleia da República - a motivação seja, sim, à participação do movimento juvenil, à realização de iniciativas positivas e de discussão, o que pode ser benéfico para os jovens deste país e dos outros que cá vêm participar, e não seja uma operação de marketing político, de propaganda, que não é de, todo a intenção que, queremos ver ria organização destas iniciativas.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente (Mota Amaral):- - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Sérgio Vieira.

O Sr. Sérgio Vieira (PSD): - Sr. Presidente, quero aproveitar esta ocasião para cumprimentar o Sr. Secretário de Estado da Juventude...

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - ... e desejar-lhe, sinceramente, êxitos e sucessos à frente da Secretaria de Estado da Juventude.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Sr.ªs e Srs. Deputados: A política de juventude é hoje, uma vez mais, motivo de discussão nesta Câmara devido à apreciação parlamentar requerida pelo CDS-PP, ou melhor, a incompetente, a incapaz e a Taxista política de juventude, com o alto patrocínio da espinhosa «governação rosa».

Protestos do PS.

Infelizmente, o actual quadro da política de juventude em Portugal não poderia ser mais desolador.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - É fraca, envergonhada e minimalista a actividade legislativa do Governo na área da juventude.

Protestos do PS.

Srs. Deputados, tenham um Pouco de calma, porque só agora comecei! Guardem as «baterias», porque ainda vem muito mais!

Risos do PSD.