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2428 I SÉRIE-NÚMERO 71

les que sabem do Governo para as empresas de nomeação pública! Senão; as pessoas são capazes de entender a nossa
,expressão reformas como reformar os políticos: aqueles que foram maus ministros, devem ser bons administradores. E não vale a pena fazer, sequer. esta experiência, porque até pode ser nociva e resultar em prejuízo de nós todos.

O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): - Bom esclarecimento!

O Orador: - A terceira e última questão é muito importante, Sr. Deputado Luís Queiró. Tendo em conta a sua particular sensibilidade em relação a esta matéria, gostaria de lhe perguntar o seguinte: V. Ex.ª sabe, com toda a certeza, que a Sociedade Parque Expo é uma sociedade de capitais unicamente públicos; sendo assim como é que V. Ex.ª interpreta esta anunciada aquisição pelo Governo, por 17 milhões de contos, de alguns edifícios da Parque Expo? Será o Estado 'a comprar ao Estado? Será o Estado a tapar "buracos" da sociedade? Será um qualquer buraco orçamental que nós não compreendemos, que nós não ouvimos? Será uma habilidade para tapar qualquer deficiência que, entretanto, se produziu nas contas da Parque Expo?
V. Ex.ª tem uma especial responsabilidade nesta matéria em relação a posições anteriores, perante a questão da Parque Expo e, portanto, é a si que faço esta pergunta. E gostava de saber, Sr. Deputado, se acha ou não que isto é, como penso que é, uma enormidade, no fundo, se concorda comigo.
Sr. Deputado, para concluir, devo dizer-lhe que não é V. Ex.ª o único que se queixa da falta de esclarecimento de algumas questões colocadas, como deviam ser, perante o Parlamento, com toda a lisura, com toda a abertura e com toda a honestidade, pelo comportamento do Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares. Eu também, há algum tempo atrás, fiz uma pergunta concreta.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, peço-lhe que termine, porque já ultrapassou o seu tempo.

O Orador: - Terminarei imediatamente, Sr. Presidente.
Eu também, há algum tempo atrás, fiz uma pergunta concreta, ou seja, perguntei se havia ou não evasão fiscal no caso da compra dos aviões da TAP. O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares brandiu aquilo que pensei ser um relatório e disse-me que mo iria enviar. Pedi directamente ao Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares esse relatório e ele disse-me que eu tinha de pedi-lo ao Sr. Presidente da Assembleia da República. Solicitei ao Sr. Presidente da Assembleia da República para pedir ao Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares esse relatório e, até hoje, já lá vão duas semanas, ainda não me chegou nada.
Veja bem, Sr. Deputado, como é que as questões, que ainda há pouco o Sr. Deputado do PS, na defesa da honra, disse que eram respondidas rapidamente, não o são, de facto!

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, garanto-lhe que o requerimento não parou na Mesa!

O Sr. Acácio Barreiros (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra para defesa da honra da minha bancada.

O Sr. Presidente: --Tem a palavra. Sr. Deputado.

O Sr. Acácio Barreiros (PS): - Sr. Presidente, deixo, evidentemente. ao Sr. Deputado Luís Queiró a resposta à única pergunta que foi feita sobre a Expo, que, obviamente, foi um pouco confusa, mas, com certeza, o Sr. Deputado saberá que o Sr. Ministro esteve hoje na Comissão respectiva a dar explicações. com o acordo total da parte dos Srs. Deputados do PSD que lá estavam, sobre o que é que significa a operação do Governo de aquisição de edifícios, sobretudo no que se refere à preocupação de ser garantida a vida do espaço da Expo depois de terminada a exposição. De facto, trata-se de uma medida absolutamente correcta transferir serviços de Ministérios para edifícios da Expo, permitindo, assim, manter com vida esse espaço.
Mas, enfim, Sr. Deputado Luís Queiró, a pergunta foi-lhe dirigida a si e é de fácil resposta. Pelos vistos, o PSD, em matéria de Expo, só pensou na festa, não pensou na valorização da cidade, e como é que, depois de terminar a Expo, se manteriam a animação e a valorização daquela zona.
Mas o que me leva a pedir a palavra para um protesto é que o Sr. Deputado Carlos Encarnação, ao fazer uma pergunta, dirigiu algumas acusações, que, de facto, não aceitamos.
Já agora, gostava de dizer-lhe, com toda a clareza, que, se ouvir no conjunto ou se tiver toda gravação da entrevista do Sr. Ministro,...

O Sr. Luís Queiró (CDS-PP): - Olhe que tenho!

O Orador: - ... o que o ele disse nessas jornadas foi que, dado o tipo das acusações, o local ideal para serem debatidas era através de uma iniciativa da Procuradoria-Geral da República,...

O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): - O único! O único!

O Orador: - ... porque não se trata de crítica política, que é perfeitamente legítima e que o Sr. Deputado, aliás, repetiu aí já várias vezes, sem que, da nossa parte, houvesse qualquer protesto em relação à legitimidade que o PP, o PCP ou qualquer outro partido ou mesmo o PSD têm de fazer críticas. Agora falar, como o PSD fez, de favorecimento ilegítimo dos grupos económicos, isso é uma acusação do foro criminal e não uma acusação política.
Se há acusação de favorecimento ilegítimo, pois actuem pelos métodos que existem na democracia, nomeadamente através da Procuradoria-Geral da República. Foi esse o desafio que foi feito ao PSD, que não teve coragem de levar até às últimas consequências as acusações que fez e veio depois com o inquérito.
O que faz o PSD, um partido que, depois de Tavira, já é o partido da infâmia e da calúnia, é agora também o partido da hipocrisia, porque vem agora pedir os inquéritos em situações que recusou na passado, quando tinha a maioria... Mas nós estaremos presentes nesses inquéritos e esperamos que neles se faça a avaliação serena e séria das situações e sobre-