O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

4 DE FEVEREIRO DE 1999 1591

O Sr. Presidente: - Uma vez que está terminado o debate, tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. António Saleiro (PS): - Sr. Presidente, faço a defesa da honra tendo em atenção o facto de que o Sr. Deputado Lino de Carvalho falou aqui nos boys
alentejanos. Gostaria, pois, de saber a quem é que se re- Risos do PCP.
feria ou a que serviços é que se referia, se, por exemplo, ao Parque Natural do Guadiana, onde, naturalmente, estão pessoas nomeadas por este Governo - nunca iria, com certeza, o Sr. Deputado dizer que o Dr. Cláudio Torres é um boy, parto do princípio de que não queria dizer isso...
Portanto, tenho de levantar a questão. Gostaria também de responder a uma questão concreta.
Quando o Sr. Deputado se refere ao Plano e à razão pela qual ele foi apresentado agora, devo dizer que foi precisamente porque se chegou à conclusão de que é no Alentejo que há a média mais elevada de desemprego. Por isso é que se fez o Programa. Nemm poderia ser por outra razão tinha de ser por essa.
De qualquer modo, houve aqui uma questão que o Sr. Deputado quis subestimar e que foi a questão da auto-estrada, até parece que nem a quer... Se não a quer, diga!
Não tem grande interesse...? Se calhar também não quer o eixo Sines/Sevilha, possivelmente também não quer Alqueva, nem a zona franca de Beja, enfim, tantas outras coisas que poderíamos apresentar...
Sr. Deputado, ao dizer que não tem havido rigorosamente nada feito por este Governo também está a culpar um pouco as autarquias, e está a culpá-las porque sabe perfeitamente que tem sido de mãos dadas com as autarquias - e este Governo conseguiu fazê-lo - que se têm feito muitas obras. Os Srs. Deputados sabem isso perfeitamente, portanto, não vale a pena iludir a questão. Até no combate ao desemprego o problema se tens resolvido. Mas, se tem havido problemas nos programas específicos do Alentejo, por onde é que estes têm entrado? Os programas específicos do Alentejo têm entrado, Sr. Deputado, quer queira quer não, pelas autarquias e com as autarquias! Não venha aqui dizer ou dar a entender que nada tem sido feito, porque, no fundo, não está a penalizar apenas o poder central mas também o poder local, o que penso ser injusto.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Lino de Carvalho para dar explicações, se assim o entender.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Sr. Presidente, como viu, parece-me que não ofendi a honra de ninguém...

O Sr. Presidente: - Isso é normal, sem prejuízo da evocação frequente da figura.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - O que parece é que o Sr. Deputado Saleiro se arrependeu tardiamente de não ter decidido fazer pergunta alguma. Porque parece que ele era de Beja e os Deputados que o antecederam são de Évora... Por isso ainda veio fazer perguntas a tempo e horas. Está bem!
Sr. Deputado António Saleiro, só duas notas: onde foram criados os "tachos" ou os jobs job the boys?
O Sr. Deputado não se sentiu atingido... não?! No Proalentejo, as CCP, Sr. Deputado, o senhor lembra-se de um...

Protestos do Deputado do PS António Saleiro.

O Sr. Deputado lembra-se de um actual vice-presidente da CCR que, quando foi eleito, nomeado de surpresa, fez uma entrevista a dizer: "Bom, reconheço que não tenho currículo, mas esta nomeação é muito boa para o meu currículo futurou?

Pois olhe, eu lembro-me, não digo é o nome!

Mas o PEDISA, a Administração Regional de Saúde, a CCR, são apenas alguns exemplos, Sr. Deputado.

Já agora, quanto à auto-estrada para o Algarve, o Sr. Deputado está de acordo com o traçado que ela tem, tão longe de um traçado que poderia ser promotor de um desenvolvimento do interior alentejano, designadamente, lembro-lhe, do concelho de que o Sr. Deputado foi Presidente da Câmara tantos anos? Está de acordo com isso, Sr. Deputado?! Não sei se está!
E, Sr. Deputado, onde está a rede regional hospitalar e onde está o Hospital Regional que o Partido Socialista prometeu nas eleições? Ainda não os vi, Sr. Deputado!
Quanto à zona franca de Beja que o Sr. Deputado tem vindo aí a felicitar, está aqui o Sr. Ministro das Finanças e penso que é altura do Sr. Ministro revelar se, de facto, o Governo está de acordo com uma nova zona franca de Beja, para sabermos se isso não passa por mais uma "operaçãozita" pré-eleitoral para marcar o lugar na lista.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Mafalda Troncho (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Para que efeito Sr.ª Deputada?

A Sr.ª Mafalda Troncho (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra para uma interpelação.

O Sr. Presidente: - Espero que seja! Faça favor, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Mafalda Troncho (PS): - Sr. Presidente, gostaria apenas de deixar aqui claro que é com muita pena que verifico que a postura do PCP não se tem modificado, postura, aliás, que foi igual quando se tratou de Alqueva: o PCP sempre defendeu o Alqueva quando 0 Alqueva não era possível e, quando passou a ser possível, o PCP passou a dizer que o Alqueva para nada servia.

Aplausos do PS

O Sr. Presidente: - Já dois Srs. Deputados pediram para usar da palavra para interpelações à Mesa, mas eu não vou deixar que interpelações deste género se multipliquem. Não me levem a mal, mas não posso fazer isso, nem ao Sr. Deputado Lino de Carvalho nem ao Sr. Deputado António Saleiro. Não dou a palavra para a interpelação. Lamento muito! A menos que me digam qual é o problema de funcionamento dos trabalhos ou de declarações da Mesa que justifiquem a interpelação. Sé me disserem, terei muito gosto em dar a palavra. Diga, Sr. Deputado Lino de Carvalho...

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Sr. Presidente, eu ainda não disse para que é que pedia a palavra!

O Sr. Presidente: - Então diga, se faz favor.