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I SÉRIE-NÚMERO 57 2114

Aplausos do PS.

Entretanto, assumiu a presidência o Sr. Vice-Presidente João Amaral.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, inscreveram-se os Srs. Deputados Pedro da Vinha Costa e Sílvio Rui Cervan.
Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro da Vinha Costa.

O Sr. Pedro da Vinha Costa (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Baptista, acho que o senhor conseguiu o «milagre da aceleração», isto é, em pouco mais de 10 minutos, fez-nos uma visita guiada à cidade virtual. Falou-nos dos projectos que existem, falou-nos das ideias que existem e foi-nos desenhando os estaleiros que existiriam não fora o facto de os senhores estarem muito preocupados com a cidade virtual e pouco com a cidade real.
De qualquer forma, Sr. Deputado Pedro Baptista, por muito que tal possa surpreendê-lo, concordo consigo em algumas coisas que disse e, pela raridade do acontecimento, não posso deixar de registá-lo com muito agrado.
Por exemplo, estou totalmente de acordo consigo na crítica que faz à TAP, à respectiva tutela e ao Governo relativamente ao vergonhoso comportamento da transportadora aérea nacional. Concordo com as palavras muito críticas que usou quanto ao tratamento dado pela TAP ao norte do País e, muito particularmente, à cidade do Porto.
Já agora e a propósito, permita-me que lhe diga que o aeroporto do Porto tem nome; chama-se Aeroporto Francisco Sá Carneiro, para grande orgulho das gentes do Porto. Aliás, presto homenagem a um camarada seu, Narciso Miranda, que foi quem apresentou a proposta no sentido de ser dado o nome de Francisco Sá Carneiro ao até então chamado Aeroporto de Pedras Rubras. V. Ex.ª, evidentemente, não sabia disso e tenho muito gosto em esclarecê-lo.
Continuando, deixe que lhe diga, Sr. Deputado, que estas coisas têm de ser vistas com muita calma e muita seriedade.
Ora, V. Ex.ª veio falar-nos de obras que vão começar, de projectos que estão no papel e que foram encomendados, de ideias que foram apresentadas, a maior parte das quais já algumas 10 vezes, umas vezes como sendo ideias novas, outras como sendo ideias renovadas.
De qualquer maneira, quero expressar aqui uma preocupação e perguntar-lhe se não tem idêntica preocupação.
É que, a propósito da Cimeira Ibero-Americana, nós, PSD do Porto, várias vezes tivemos ocasião de levantar a questão e de alertar os responsáveis autárquicos para um facto que- muito nos, preocupava e que era o de que verificámos que havia algum desleixo na prontidão com que as obras iam sendo feitas. Estávamos a ver que elas iam sendo adiadas e, portanto, estávamos preocupados porque sabemos que, nestas coisas, quando é necessário terminá-las a tempo terminam, mas, evidentemente, terminam à custa de maiores sacrifícios, de maiores incómodos para a população e, também, à custa de mais dinheiro.
Assim, fico preocupado - e sei que, certamente, V. Ex.ª também estará preocupado - ao ver que algumas das obras de que V. Ex.ª falou, que têm vindo a ser apresentadas há tantos anos, já podiam ter «passado do papel para a rua», já podiam estar a ser feitas. Evidentemente, V. Ex.ª acusa o PSD de ter algumas responsabilidades nesses atrasos e até aceito que algumas pessoas do PSD

as têm porque não aceitaram que o metropolitano tivesse «rosto», tivesse «nome», tivesse uma paragem na Rua Rainha Santa Isabel...

O Sr. José Saraiva (PS): - Uma vergonha!

O Orador: - É este o tipo de coisas sobre as quais o PSD levantou questões a seu tempo.
Mas, Sr. Deputado, os senhores estão no Governo há três anos, estão na câmara municipal há 10 e não percebo por que «carga de água» algumas das coisas não puderam ser feitas.
Como dizia, Sr. Deputado Pedro Baptista, V. Ex.ª certamente também estará de acordo com a preocupação de evitar que a população do Porto possa ser largamente penalizada com a necessidade de acabar as obras, não em função das necessidades das populações mas, sim, dos interesses particulares, pessoais e políticos de alguns dos protagonistas deste processo.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (João Amaral): - Sr. Deputado Pedro Baptista, o Sr. Deputado Sílvio Rui Cervan desistiu do pedido de esclarecimento mas, entretanto, tinha se inscrito o Sr. Deputado Pimenta Dias. Quer responder separadamente ou no fim?

O Sr. Pedro Baptista (PS): - Prefiro responder já, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (João Amaral): - Então, tem a palavra, para responder, mas há que gerir bem o tempo de que dispõe para fazê-lo.

O Sr. Pedro Baptista (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro da Vinha Costa, muito obrigado pelas suas considerações, tanto mais que, praticamente, não contestou nada do que eu disse. Limitou-se a dizer que, para V. Ex.ª, há uma certa diferença entre o que considera virtual e o que já é bem real.
Portanto, se V. Ex.ª ainda se mantém desconfiado, como tem dado mostras nestes últimos anos desde que tive o prazer de conhecê-lo, em relação à efectividade do início das obras de construção do metro e se ainda tem o mesmo espírito que tinha o anterior presidente da distrital do PSD, do Porto quando, em 1993, dizia que o projecto do metro do Porto não passava de um bluff político, se V. Ex.ª
ainda está nesse mundo virtual e não consegue entrar no mundo real, convido-o a aparecer, na próxima segunda-feira, em Campanhã, às 11 horas da manhã - e, do meu ponto de vista, não fará mais do que a sua obrigação de Deputado! -, para assistir ao início das escaváções para as obras do metro do Porto.
No entanto, depois do que tenho vindo a conhecer acerca de V. Ex.ª quanto à questão da realidade e da virtualidade, tenho um pouco a desconfiança de que, daqui a quatro ou cinco anos, V. Ex.ª há-de andar a passear no metropolitano do Porto, talvez comigo e até com o nosso amigo comum, Dr. Luís Filipe Menezes, e, mesmo' assim, ainda será capaz de pensar que anda em cima daquelas bicicletas que levam três pessoas. Em relação a isso, meu caro amigo, Sr. Deputado Pedro da Vinha Costa, não posso fazer absolutamente nada!
Agradeço-lhe, ainda, o apoio que me deu quanto à questão da TAP. No entanto, sabendo que sou Deputado do