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42 I SÉRIE — NÚMERO 8

enquanto Deputado, em 1991, disse e fez em relação a esta mentos próprios, tal como acontece com o Instituto Ca-matéria, na medida em que, em 1991, eu, enquanto Depu- mões. tado desta Casa, e mais 17 Deputados votámos contra o O Sr. Deputado sabe que o Instituto Camões suscitou Acordo, coisa que não aconteceu em relação a Deputados grandes expectativas? Recordo os 24 centros que iriam ser de outras bancadas que agora afirmam, veementemente, a criados e, quando nós chegámos ao Governo, havia coisa necessidade de mudar, de interferir, de alterar, de ressusci- nenhuma. Neste momento, está a fazer o seu trabalho. tar esse debate. Não sei que posição tomaram! Eu votei É mau que, por razões meramente de interesse político-contra na altura e agora estou aqui numa posição institu- partidário, estejamos sempre a minimizar o que fazemos. O cional a assumir e a assegurar, como me compete, os acor- trabalho que fazemos é um trabalho que não deve ser par-dos internacionais do Governo a que pertenço, indepen- tidário, nem sequer do Governo, é um trabalho do Estado, dentemente, até, de esse Acordo ter sido feito por um porque a língua portuguesa é importante demais para governo que suscitou a assinatura de um acordo prévio estarmos aqui sempre a esgrimir — e não quero dizer que ortográfico, governo, esse, a que V. Ex.ª, Sr. Deputado seja a esgrima contra a parede. Em continuidade com os Manuel Frexes, pertencia… trabalhos que foram feitos pelo antecedente, estamos tam-

bém a trabalhar com o mesmo objectivo de valorizar os O Sr. Manuel Frexes (PS): — Não, não! interesses e a presença da cultura portuguesa. Minimizar apenas por mera guerrilha política, Sr. De-O Orador: —Mas assegurou a continuidade…, e bem! putado, penso que não é muito estimulante. Quero dizer-lhe, Sr. Deputado, que no dia em que eu

sair do Governo, se, eventualmente, vier para esta Câmara, Aplausos do PS. jamais abordarei as questões em relação às quais geri no Governo. Voltarei para outras, porventura, serei até mais O Sr. Presidente (João Amaral): — Srs. Deputados, explícito na intervenção dessas áreas, porque, a não ser não havendo mais oradores inscritos para intervir, dou por assim, corro o risco de ser juiz em causa própria. encerrada a discussão da proposta de resolução n.º

V. Ex.ª colocou-me perguntas, designadamente a de 137/VII. saber o que fez o Governo em relação a este Acordo. Sr. A próxima sessão realiza-se amanhã, quinta-feira, às 15 Deputado, V. Ex.ª compreenderá que pertenceu a um horas, constando de um período de antes da ordem do dia, governo que suscitou a assinatura de um acordo prévio com um debate de urgência, requerido pelo CDS-PP, sobre ortográfico em 1986, que conseguiu que o Acordo fosse «Porto – Capital Europeia da Cultura 2001», e de um perí-assinado em 1990 e que depois, já quando V. Ex.ª partici- odo da ordem do dia, com discussão das propostas de pava de forma activa e dinâmica no governo, não conse- resolução n.os 140, 142 e 145/VII. guiu mais do que três ratificações. Srs. Deputados, está encerrada a sessão.

Pergunta-me o que é que nós fizemos, desde então. Olhe, Sr. Deputado, através de um trabalho diplomático Eram 19 horas e 45 minutos. importante e estratégico, conseguimos que fosse criada a CPLP e esta matéria está a ser dirimida nessa sede. Está a Entraram durante a sessão os seguintes Srs. Deputados: fazer-se um trabalho profundo, naturalmente com a parti- cipação de todos e não com um protagonismo especial de Partido Social Democrata (PSD): Portugal. Esta tessitura tem que ser feita com todos!

Diz o Sr. Deputado que não me compreende. Bom, é Eduardo Eugénio Castro de Azevedo Soares

preciso, talvez, um acordo fonético ou algo assim, porque Luís Manuel Gonçalves Marques Mendes

eu apenas disse que o que estava em causa era a alteração

dos prazos a que estávamos circunscritos para relançar este Faltaram à sessão os seguintes Srs. Deputados:

processo e concertarmos um vocabulário ortográfico, ten-

do em conta a normalização do léxico científico e técnico, Partido Socialista (PS):

porque essa é uma matéria essencial, como foi referido Carlos Alberto Dias dos Santos pelo Sr. Deputado António Braga. José Alberto Rebelo dos Reis Lamego

Nós temos que evoluir no sentido do dicionário, da José Carlos das Dores Zorrinho multimédia, porque é por aí que se travam as batalhas do Pedro Ricardo Cavaco Castanheira Jorge próximo milénio, se queremos defender a língua. Esta matéria está a ter a sua tramitação em sede dos acordos, Partido Social Democrata (PSD): das negociações e do entendimento que se estabeleceu ao nível da CPLP. António Paulo Martins Pereira Coelho

Em relação ao instituto internacional da língua portu- Domingos Duarte Lima

guesa, devo dizer que ele foi constituído já como inte- João Bosco Soares Mota Amaral

grante da CPLP. Estão em construção as instalações e a José Luís Fazenda Arnaut Duarte

sede será em Cabo Verde. Esperemos que ele se faça, porque existe vontade, existem trabalhos e desenvolvi- A DIVISÃO DE REDACÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL