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1413 | I Série - Número 35 | 05 de Janeiro de 2001

 

gico para a empresa e, mais uma vez, enganou e faltou ao respeito de todos os guardenses.
Por isso, o Partido Social Democrata exige o apuramento das responsabilidades, doa a quem doer.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Até quando será necessário protestar na rua, aparecer nos telejornais ou ter destaque nas primeiras páginas dos jornais, para que os problemas da pediatria e da saúde, na Guarda, sejam resolvidos?
Até quando será necessário sofrer e morrer para que os problemas do IP5, do IP2 e das estradas regionais da Guarda sejam resolvidos?
Até quando o distrito da Guarda será discriminado, prejudicado, e marginalizado pelos governos socialistas do Engenheiro António Guterres?
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Ao contrário do que o Presidente da República afirmou e, certamente, referindo-se ao Partido Socialista da Guarda, o PSD e a Guarda não estão mudos.
O PSD e a Guarda reclamam, sim, uma nova política para bem dos guardenses, para bem do País. O PSD e a Guarda reclamam uma acção política solidária. O Partido Social Democrata persistirá, de forma coerente, séria e responsável na defesa dos interesses dos guardenses.
Pela nossa parte, não desanimamos e continuaremos a lutar pela valorização do distrito da Guarda e das suas gentes.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Para pedir esclarecimentos inscreveram-se os Srs. Deputados Bernardino Soares, Carlos Santos e Victor Moura.
Tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Ana Manso, as questões que aqui trouxe têm, sem dúvida, importância e, desde logo, a questão específica dos cuidados de saúde no distrito da Guarda assume um relevo ainda maior.
É que o distrito da Guarda figura em último lugar no que diz respeito ao investimento hospitalar, isto é, ao financiamento e aos meios adjudicados às estruturas hospitalares no nosso país.
É que o distrito da Guarda figura em último lugar no que diz respeito ao número de médicos por habitante e, também, no índice de colocação dos médicos nas unidades de saúde.
É que trata-se de um distrito que já arca com o peso da interioridade, que suporta o custo da desertificação que as sucessivas políticas, quer dos governos do PSD, quer dos do Partido Socialista, têm vindo a acentuar, dependendo ainda mais, por esse motivo, da existência de cuidados de saúde de qualidade por forma a fixar a população e a promover o desenvolvimento.
É que, independentemente de muitas outras questões fundamentais para o desenvolvimento de uma região, a existência de cuidados de saúde de qualidade, com acesso fácil para todos os cidadãos, com profissionais e instalações à altura, é um instrumento fundamental para fixar a população, para desenvolver a região e para promover a qualidade de vida dos que lá vivem.
É por isso que é especialmente preocupante a situação de duas unidades hospitalares do distrito da Guarda que visitámos há poucos dias, os hospitais de Seia e da Guarda.
No que diz respeito ao hospital de Seia, é de valorizar e salientar o esforço dos respectivos profissionais, já que o mesmo não tem listas de espera, estando mesmo a conseguir resolver o problema das listas de espera existentes em outros hospitais, e abriu novas especialidades, mas, como resposta a este esforço, continua a existir, por parte do Ministério da Saúde, uma completa indefinição absolutamente inaceitável no que diz respeito à construção de novas instalações hospitalares.
A verdade é que, na anterior Legislatura, o governo determinou a elaboração de um estudo para decidir entre a construção de um novo hospital ou a remodelação do velho edifício existente, que data de 1930. A verdade é que a actual Sr.ª Ministra já determinou que se fizesse um novo estudo sobre a matéria, mas apenas foi dado conhecimento público do estudo da ARS, o qual concluiu pela necessidade da construção de um novo hospital, até num outro local com melhores acessos.
Tanto no que diz respeito a este hospital como ao da Guarda, são igualmente inaceitáveis as carências em recursos humanos que se verificam, quer ao nível das especialidades médicas, designadamente da pediatria, quer ao de outros profissionais, o que põe em causa a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde que são prestados à população do distrito.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Sr.ª Deputada Ana Manso, há ainda outros pedidos de esclarecimento. Deseja responder já ou no fim?

A Sr.ª Ana Manso (PSD): - No fim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Assim, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Santos.

O Sr. Carlos Santos (PS): - Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Ana Manso, acho que não falou da Guarda e, antes de formular-lhe a minha pergunta, apetece-me dizer-lhe uma coisa. A intervenção que V. Ex.ª fez nesta Câmara é o pior serviço que, até hoje, vi ser prestado ao meu distrito.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Sr. Artur Torres Pereira (PSD): - Não apoiado!

O Orador: - Vou explicar-lhe por que digo que é o pior serviço, Sr.ª Deputada! Com amigos destes, a Guarda não precisa de outros!
Sr.ª Deputada, fala V. Ex.ª de acessibilidades, de pólos de desenvolvimento, da saúde. Acaso não terá sido durante os governos do PS que se fizeram mais centros de saúde naquele distrito do que na vigência de todos os governos do vosso partido? Eis uma pergunta para V. Ex.ª me responder.

Vozes do PS: - Muito bem!