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1410 | I Série - Número 35 | 05 de Janeiro de 2001

 

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Se quiser responder desde já, tem a palavra o Sr. Deputado António Martinho.

O Sr. António Martinho (PS): - Sr. Presidente, vou já responder a esta questão.
Sr. Deputado António Abelha, sobre a calendarização, não há como consultar a resolução do Conselho de Ministros n.º 171-A/2000. As coisas são feitas com transparência e ela está lá. Todos gostaríamos que o IP3 já estivesse construído e sei que o Sr. Deputado é da mesma opinião.
Quanto ao abandono, Sr. Deputado António Abelha, residindo V. Ex.ª em Chaves, deixe-me apenas lembrar que este Governo quis fazer auto-estradas a nível nacional, mas também quis que o gás natural beneficiasse todo o País, tendo sido Chaves a primeira cidade do interior a dele beneficiar.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Tem a palavra, também para um pedido de esclarecimento, o Sr. Deputado Adão Silva.

O Sr. Adão Silva (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado António Martinho, veio V. Ex.ª trazer, hoje, ao Plenário, um elemento de relevante importância, não apenas para Chaves, não apenas para o distrito de Vila Real, mas, como disse, e muito bem, para todo o País e, particularmente, para toda a região Norte do País.
Também me quero congratular, sinceramente, com o facto de vermos que uma obra tão importante e tão necessária para o desencravamento do Interior Norte do País, finalmente, parece que vai avançar - parece que vai avançar! E, por isso, nada mais me pode dar alegria, sendo eu também um transmontano, tal como V. Ex.ª.
No entanto, V. Ex.ª fez uma afirmação que me deixa um pouco preocupado: disse que com a realização do IP3 e a materialização da A7 fica assim traçado o eixo prioritário que faz a ligação entre o Norte de Portugal e a Europa.
Ora, Sr. Deputado, esta sua afirmação deixa-me preocupado, não porque não seja importante este eixo - é, com certeza!...

Risos do Sr. Deputado do PS António Martinho.

V. Ex.ª está a rir porque percebe onde quero chegar. Quero chegar à noção de que, finalmente, fica claro que o Governo andou a sofismar e a tentar, de algum modo, camuflar um abastardamento, uma secundarização do eixo do IP4. Até aqui, era muito claro para todos nós que o IP4 era, de facto, o eixo prioritário que ligava a região do Interior Norte do País e que desencravava esta região para o Litoral e para a Europa. Ficamos a saber que agora não é assim. Agora, o IP4 mantém-se, quietamente, no plano secundário.
Sr. Deputado, agradeço-lhe sinceramente a explicitação que fez da tribuna, porque só agora se faz «luz no meu espírito», que me explica a sensação de abandono e de condições precárias do IP4 e que me leva a ver bem a sensação de desinteresse em relação à duplicação do traçado do IP4 entre Amarante e Quintanilha.
Por último, gostaria de salientar a «via sacra» que é o facto de este Governo socialista não ser capaz de acabar o IP4, construindo a ponte de Quintanilha e 1,5 Km que faltam de ligação entre as duas nações.
Sr. Deputado, gostava, pois, que me esclarecesse se há, ou não, esta secundarização do IP4, porque os transmontanos pensam que há e V. Ex.ª veio aqui dizer «assim seja».

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Sr. Deputado, peço-lhe para concluir.

O Orador: - Para concluir, gostaria de dizer que espero sinceramente que não haja mais «Lobos» que nos tirem o desejo de desenvolvimento equilibrado no distrito de Vila Real.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Tem a palavra, para responder, o Sr. Deputado António Martinho.

O Sr. António Martinho (PS): - Sr. Presidente, respondo conjuntamente aos restantes pedidos de esclarecimento.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Tem, então, a palavra, para formular um pedido de esclarecimento, o Sr. Deputado Fernando Costa.

O Sr. Fernando Costa (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado António Martinho, começo por manifestar solidariedade pela sua satisfação dado o norte transmontano ir, finalmente, ver uma obra muito importante. Tem razões de sobra para estar satisfeito, apesar deste atraso. E tem, ainda, uma dupla razão para estar satisfeito: é que o norte transmontano vai ser servido pelo IP3 com características de auto-estrada, sem pagar qualquer portagem, o que creio ser justo e importante para o desenvolvimento daquela região.
Porém, gostaria de o advertir do seguinte: não tenha muita esperança no arranjo, na melhoria das vias paralelas e alternativas, pela razão clara de que aquilo que foi prometido, nos mesmos termos, às vias do Oeste está praticamente por fazer.

O Sr. Casimiro Ramos (PS): - Já está feito!

O Orador: - O Sr. Deputado Casimiro Ramos, porque é do Oeste, devia ter a obrigação de conhecer a estrada da Dagorda para Peniche e a de Óbidos para Rio Maior. O senhor está a tomar «o todo pela parte», porque foi feito um arranjo - o arranjo do troço Bombarral/Torres Vedras -, do qual o senhor, como Deputado, e o Governo se deviam envergonhar, visto que, apesar de se terem gasto 1,5 milhões de contos, pouco ou nada melhorou as condições da estrada.
Mas, estava eu a dizer ao Sr. Deputado António Martinho para moderar as esperanças que tem, porque, a acontecer no Nordeste Transmontano aquilo que está a acon